𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑳𝑰𝑰𝑰

235 21 36
                                    


~ Maria

Saí do banheiro e o que vi ao atravessar a porta inevitavelmente mexeu comigo. Sunny e Tom dormiam como dois anjos. Ele conseguiu colocá-la de volta em seu cochilo, mas acabou dormindo junto. Parei ali por algum tempo observando a cena, pensando em como durante muito tempo aquilo foi tudo que eu sonhei. Apesar das palavras de Tom que ainda ecoavam em minha mente, vê-los juntos era como se tudo estivesse completo com todas as lacunas preenchidas.

Enquanto eu me vestia, senti que estava sendo observada, olhei pelo reflexo do espelho e Tom obviamente estava de olhos abertos, mas quando me virei, ele rapidamente fechou seus olhos.

- Tom Kaulitz, eu sei que você está acordado! - Falei jogando nele uma almofada que havia na poltrona ao meu lado, o vendo tirar a mesma de seu rosto e revirar os olhos sorrindo enquanto se levantava.

- Me desculpe, eu não consegui evitar. - Falou, sorrindo. - É que mesmo depois de todo esse tempo... - Pausou sua fala, enquanto se levantava e vinha até mim. - Você ainda é a mulher mais linda que eu já vi. - Completou, parando em minha frente, afastando uma pequena mecha de cabelo que caía sobre os meus olhos enquanto olhava fixamente para eles.

- Tom... - Falei com a voz trêmula, olhando para o rosto daquele que apesar dos anos passados ainda fazia meu coração errar as batidas e minha respiração acelerar.

- Me desculpe por ter sido tão babaca no nosso último encontro, eu não quis dizer aquilo. - Suspirou. - Quer dizer, você me deu tudo que eu precisava quando nem eu mesmo sabia. - Disse Tom, aproximando ainda mais nossos rostos.

Apesar de querer me afastar dele, meu corpo sabia que lá no fundo, ali era exatamente o lugar em que eu queria estar. Tom estava com uma de suas mãos em meu rosto enquanto nos olhávamos completamente perdidos nos olhares um do outro. Quando enfim fechamos nossos olhos e estávamos tão próximos à ponto de sentir o calor das nossas respirações, alguém bateu na porta.
Senti Tom enrijecer e imediatamente suspirar profundamente ainda de olhos fechados, ele andou até a porta e quando abriu, virou-se para mim revirando os olhos.

- Vim saber se vocês estão bem e confortáveis. - Disse Adrian parado na porta.

- Sim, Adrian. Estamos todos bem e confortáveis, obrigada pela preocupação. - Tom respondeu, batendo a porta e deixando Adrian para fora.

- Tom! - Falei, franzindo a testa e balançando a cabeça em reprovação.

- Mamãe. - Disse Sunny, com a voz arrastada de quem havia acabado de acordar assustada.

- Me desculpe filha, eu não quis te acordar. - Disse Tom, aproximando-se de Sunny, enquanto eu arregalei meus olhos e balancei a cabeça em negação para ele.

- O Tom já estava de saída, meu amor. Não é Tom? - Perguntei, olhando para ele com uma expressão séria.

- Claro, eu preciso ver onde estão minhas malas. - Respondeu me olhando confuso.

- Filha, vai indo até o banheiro que eu já te encontro, vou me despedir do nosso amigo Tom e vou até lá para te dar banho, depois disso podemos descer para conhecer esse lugar tão legal, combinado? - Falei, piscando um olho para a pequena que assentiu com a cabeça e correu animada até o banheiro.

Empurrei Tom até a porta e ele ainda me olhava confuso, claramente esperando que eu dissesse o que havia de errado.

- Tom, você não pode chamá-la de filha assim. - Falei, vendo seu olhar ficar ainda mais confuso.

- Mas ela é minha filha. - Respondeu, arqueando a sobrancelha e balançando a cabeça.

- Sim, mas precisamos saber se você está pronto para ser pai, antes de contar isso para ela, ok? - Falei.

𝗪𝗛𝗘𝗡 𝗜 𝗟𝗢𝗦𝗘 𝗠𝗬𝗦𝗘𝗟𝗙 | 𝗧𝗢𝗠 𝗞𝗔𝗨𝗟𝗜𝗧𝗭Onde histórias criam vida. Descubra agora