Otávio Ferrara
Já tínhamos feito a queixa, todos tinham sido ouvidos, estava com as minhas garotas, quando um homem chega feito um louco e o conheço, na verdade o conheci a muito tempo, o cara era o Vicente Ermírio de Morais, já foi amigo da minha mãe, ele veio direto até nós, a Beck estava deitada com a cabeça no peito da Maria ainda chorando e o Zé estava do seu lado estacando o sangramento do nariz.- Quanto vocês querem para tirar a denúncia? - ele perguntou chegando próximo de nós.
- Suborno é crime - falei olhando para ele que voltou a olhar pra Bernarda e para o Zé, e olhei para a Maria esperando que ela entendesse que era para filmar.
- Me dê o preço de vocês - ele falou olhando para Maria vi a raiva no seu olhar ela ia responder, mas me intrometi.
- Já prestamos a queixa, e vou fazer tudo que tiver ao meu alcance para ver seu filho pagar pelo que fez com a minha filha - falei e ele olhou para mim com desprezo, ele tentou me puxar para o canto mais não conseguiu.
- Você sabe quem eu sou? eu sou um
Ermírio de Morais - ele falou com uma postura de poder.- E você sabe quem meu sou? - perguntei, mudando a minha postura ele acha que pode simplesmente me amedrontar.
- Não, mas quer que eu adivinhe - ele falou com um meio sorriso. - Um assalariado, que quer bancar o justiceiro, se não tirar a queixa quem vai apodrecer na cadeia é você - ele falou achando que tinha ganhado e desta vez eu o puxei para o canto.
- Eu sou um Muller Ferrara - o olhar dele mudou completamente. - Seu filhinho mexeu com a família errada, eu vou garantir que ele não faça com nenhuma menina o que ele tentou fazer com a minha filha, não vou medir nem esforços nem dinheiro até ver o seu filho pagando pelo que ele fez, não tem dinheiro de papai no mundo que vai pagar, pós o delegado já me garantiu que ele não sai nem com fiança, já que não é a primeira denúncia - falei voltando para perto das minhas garotas, o policial chamou a Maria por ser a responsável e a Beck me surpreendeu com um abraço.
- Já está tudo bem filha, nunca vou deixar ninguém te machuca, eu estou aqui para te proteger agora - falei beijando sua testa a abraçando apertado.
- Eu tive muito medo - ela falou chorando.
- Eu também tive, mas eles não te machucaram né? - perguntei.
- Não, eles passaram mexendo comigo, mas o Zé os cortou eu não imaginei que ele quiser... - ela falou chorando e né abraçando.
- Eu prometo que vou sempre te proteger - falei e só aí notei que estava chorando também.
- Já fomos liberados - a Maria falou se aproximando e vejo o Zeca correndo para o irmão. O caminho até em casa foi em silêncio absoluto, assim que entramos a Maria foi com a Beck para o quarto e foi quando eu vi um serzinho me olhando assustada.
- A Beck está bem? - ela perguntou
- Sim meu amor, a Beck está bem, ela só levou um susto, você já comeu? - perguntei e ela fez que não com a cabeça, peguei ela e fui até a cozinha dei a janta dela e fiz um para a Beck na bandeja.
- Papai o que aconteceu, a mamãe também está triste. - ela perguntou tomando a sopa, não consegui comer, não desce nada agora.
- É que a mamãe se assustou, mas agora já está tudo bem, só que a Beck ,ela precisa de muito, mas muito mesmo amor e carinho, você pode dar isso a ela? — perguntei e ela sorriu
- Posso sim papai, mas a onde está o dodói da Beck? - aqueles olhinhos verdes tão puros me pergunta e não sei como explicar, está maldade do mundo para a minha filha de 4 anos.
- De amor que ela sara, agora tome sua sopinha para levarmos para a Beck um pouco de comida e darmos o que ela precisa - falei e ela afirmou com a cabeça.
— Mas o que aconteceu papai?
— Uns homens malvados tentaram machucar a sua irmã...
— Mas você defendendo ela como fez comigo?
— Sim meu anjo.
Depois que a Belinha comeu lavei o seu pratinho, peguei a bandeja bati na porta e elas deixaram entrar assim que entrei às duas estavam deitadas juntinhas na cama.
- O papai trouxe sopinha para você Beck, tem também um pedaço de pudim, um sanduíche e um suco de laranja - a Belinhalinha falou e correu até às duas se jogando do lado da Beck e a abraçando.
- Obrigada, mas eu não quero - ela falou abraçando a Belinha.
- Não precisa comer tudo, tome só a sopinha -falei e a Maria pegou o pontinho com a sopa da bandeja que estava nas minhas mãos e voltou pra elas, coloquei na escrivaninha a bandeja
— Vem meu amor, só um pouquinho - ela falou fazendo aviãozinho e ela começou a comer aos poucos, a Belinha estava agarrada dela e ficou assim até ela tomar toda, fiquei de longe só as assistindo não sabia o que podia fazer
- Otávio, eu vou dormir com elas hoje — a Maria falou e sorrir.
- Então vamos trocar de quarto a cama é maior e cabe vocês três tranquilamente - falei pegando a Paulinha de cima da cama
- E o papai vai ficar sozinho? - a Belinha perguntou
- Não se preocupe minha princesinha, agora podemos assistir Barbie, você também gosta Beck? - perguntei e ela deu um sorrisinho
Deixei as três na cama e tomei um banho, eu nunca fui violento e nem sei como sair sem nenhum machucado, mas não sei explicar eu peguei um carinho pela Beck como se ela fosse minha irmãzinha, minha filha não sei só sei que ela faz parte da minha família.
Quando voltei para o quarto a Belinha me chamou para deitar do lado dela e assim ficamos Maria, Beck, Belinha e eu, juntos na cama assistindo Barbie escola de princesas até adormecemos.
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Continua....
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Uma cinderela para o CEO
RomanceOtávio Ferrara um grande executivo de 30 anos o orgulho da família Ferrara, ele é formado em administração e direito e está sendo preparando pela sua avó para assumir o império Ferrara, tem um relacionamento aberto, mas o que ele não sabia e quem um...