Capítulo 63

822 85 3
                                    

Otávio Ferrara

Acordei em um quarto branco não entendi nada quando ia me levantar uma enfermeira me deitou novamente falando alguma coisa em francês que neste momento não consegui entender, mas fiquei tentando lembrar porque eu viria parar no hospital, mas a última coisa que lembro e de uma dor de cabeça horrível e ter quase caído no corredor, mas aí a Sabrina me ajudou me deu um remédio para dor e não lembro demais nada.

— Maria — falei com dificuldade a minha voz não queria sair. — Maria — a chamei novamente e a enfermeira olhou para mim.

— A sua noiva está bem, mas ainda não pode vê-la — será que tinha algo no champanhe pensei.

— O que aconteceu? — perguntei e o médico entrou no quarto do hospital.

— Boa dia senhor Otávio, como o senhor está se sentindo? — ele perguntou olhando para minha ficha.

— Parece que fui atropelado por um caminhão, meu corpo inteiro dói, mas doutor o que aconteceu? e a minha noiva, o que aconteceu? — perguntei e ele olhou para mim.

— O senhor aparentemente foi envenenado, fizemos uma lavagem estomacal, as dores são normais, o senhor teve uma convulsão, mas sua noiva fez os primeiros socorros, só que infelizmente o stress e o nervosismo acarretaram em um aborto espontâneo, a sua noiva passa bem neste momento, ainda não acordou, mas está estável — ele falou e não entendi nada como assim envenenado, aborto nada fazia sentido, ele me examinou, mas estava em estado de choque, quando o médico saiu a enfermeira trouxe a minha avó toda histérica que correu até a mim e me abraçou.

— Quando ligaram do hospital eu não acreditei, ainda bem que você está bem — ela falou beijando o meu rosto. — O que aconteceu? O médico me falou que você foi envenenado e que a Maria sofreu um aborto espontâneo, eu nem sabia que ela estava grávida.

— Acho que nem ela sabia, vovó, por favor fica com ela, eu não posso, ela se faz de forte, mas ela precisa de um colo de mãe _ falei e minha avó assentiu.

— Mas o que aconteceu? quem pode ter te envenenado? — ela perguntou. — A polícia a princípio pensou na Maria, mas ela nunca faria uma coisa desta com você ela te ama e vocês parecem estarem tão felizes juntos, quem você acha que fez isso filho?

— Sabrina, só pode ter sido ela, foi quem me deu a taça para o brinde, e foi ela que me deu um remédio para dor de cabeça — falei e ela me olhou com os olhos arregalados.

— Você tem certeza a Sabrina é meio louca, mas é uma boa garota, ela mora conosco desde que tinha 7 anos, é como se fosse da família não imagino ela fazendo algo assim — ela falou e eu segurei sua mão.

— Quem mais séria vovó, ela está louca desde o momento que comecei a namorar com a Maria, ela está obcecada.

— Pior é que você tem razão, ela está muito esquisita, e piorou quando você pediu a mão da Maria em casamento — ela falou e mudou a expressão do nada. — Você precisa prestar uma queixa, ela podia ter te matado  — minha avó falou.

— Eu vou fazer isso, mas primeiro preciso conversar com a Maria, por favor vai saber dela, a coisa mais importante deste momento para mim é ela, preciso ter certeza de que ela está bem, por favor vai ver ela — supliquei a minha avó que sorriu e beijou a minha testa.

— Eu já vou, mas filho não esqueça que vai ficar tudo bem, isso as vezes acontece não foi sua culpa, a culpa não é dela isso acontece, eu também já passei por isso, eu sofri dois abortos espontâneos, antes de ter a Ofélia, sei o quanto dói principalmente, porque você queria muito outro filho, mas vocês vão ter outras chances — ela falou e beijou a minha testa e saiu fiquei ali por um momento sozinho e me viu um flash.

Uma cinderela para o CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora