Capítulo 48

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Maria da Silva

Quando acordei já eram dezoito horas, sai do quarto e ouvir risadas, quando cheguei na varanda vejo o Otávio com a Beck e Oliver conversando, e sorrir para a cena o Otávio realmente é o homem que eu sempre pedi para ter, ele sempre está preocupado com a Beck e quer ser presente na vida dela, a minha menina merece um pai.

O Oliver está  morando aqui,  agora que a Helena está no interior cuidando da tia dela que está doente, o Otávio não ficou confortável em deixar ele sozinho na mansão e o Oliver ficou bem feliz, o meu namorado também entrou com o processo para transferir a mãe dele para cá.

— Oi mãe, vem também — a Beck me chamou e fui até ela.

— O que vocês estão conversando? — perguntei e o Otávio sorriu

— Eu queria saber como está indo as coisas na escola, e acabamos que agora estamos falando sobre adolescência, o que eu fazia quando tinha a idade deles. — o Otávio respondeu.

— Eu também quero saber — falei me sentando do lado da minha menina.

— Eu tive uma adolecencia tranquila, eu trabalhava na Ferrara pela tarde e estudava pela manhã...

— E vivia grudado na Grazi, eu gostava dela, ela me dava doces me leva para sair, ela e o Afonso pena que ela sumiu. — o Oliver falou.

— A irmã mais velha do Rodrigo? — a Beck perguntou.

— Sim, foi assim que eu conhece o Rodrigo como o Oscar nunca gostou de mim e sempre deixou bem claro que eu não sou nada dele, o Otávio sempre cuidou de mim, mas lá na mansão eu não podia chamar ele de pai nossa quantas vezes o Oscar me bateu porque me pegou chamando o Otávio de pai, e sei que o Otávio via em um dilema ser meu pai ou o meu irmão, mas eu sempre soube que se o Otávio estava por perto eu estava seguro, e por isso eu não saia do pé dele, aí a Grazi sempre leva o Rodrigo para nós brincarmos antes enquanto eles estudavam ou se agarrava... — quando o Oliver falou isso eu olhei de cara fechada para Otávio e ele olhou para o Oliver.

— Amor faz muito tempo — Otávio falou.

— Eu não falei nada.

— Maria, e você também ia para várias festas? — o Oliver me perguntou.

— Não, eu não ia — responde.

— Maria, você teve quantos namorados antes do Otávio? — o Oliver perguntou

— Eu só tive um namorado antes do seu pai...

— O Pool, eu não gostava nada dele, ele um metido, e falso, e ele implicava com tudo — a Beck falou.

— É, foi uma péssima escolha, ele não aceitava que eu tinha uma filha, e ainda era um safado.

— Ainda bem que você namorou com ele se não nós nunca teríamos nós conhecido — o Otávio falou sorrindo.

— Mas como foi a sua adolescência Maria? — o Oliver perguntou.

— Eu não tive uma adolescência normal, eu não ia a festas, eu trabalhava nós finais de semana para ajudar o vovô e a vovó ainda era responsável por tudo, a minha avó tinha uma saúde frágil, o vovô estava sobre carregador, a Jack era uma criancinha, e a Beck era a minha bebezinha boazinha, eu levava ela para a escola e ela fica tão comportada, eu e o Victor ficamos empurrando a Beck de um lado para o outro, o Victor era o meu único amigo, ele é como um irmão sempre esteve comigo quando precisei, mas eu não ia em festas, nem namorava, eu mal saia de casa.

— Nossa, não me parece uma adolescência legal — o Oliver falou

— E é tudo por minha culpa, eu quem deveria ter morrido — a Beck falou e ia se levantar mas na mesma hora eu a segurei

— Nunca mais repita isso, ouviu, nunca mais repita, você foi um presente, e nada é culpa sua, já te falei nós não sabemos o motivo, por ela ter ido, mas você meu amor foi um presente lindo que ela me deixou, e eu faria tudo de novo, porque eu te amo — falei puxando-a para mim.

— Eu não sabia que você não tinha amigos na época da escola — ela falou triste.

— Eu era meio estranha na época, e meu universo era diferente das outras garotas, eu não pensava em garotos, ou festas, e todo mundo achava que eu e o Victor tínhamos um relacionamento, eles pensavam que ele era o pai da Beck, eu não me encaixava no mundo delas, por isso que amo que você tenha bons amigos, e se divirta, eu quero que você tenha a melhor adolescência do mundo, mas deixa eu te lembrar uma coisa, eu não tenho idade para ser avó, me entendeu, você pode se divertir, mas não faça nada que vocês possam se arrepender, nós dois estamos aqui por vocês então qualquer coisa venham conversar — falei e os dois sorriram e a minha bonequinha me abraçou.

— Mãe, eu tenho juízo

— Eu sei, e agradeço muito por isso — falei beijando sua cabeça.

— Amor, quem te deu mais trabalho a Beck ou a Belinha? — o Otávio perguntou.

— Está é fácil, a sua filha...

— Qual das duas? — ele perguntou me fazendo sorrir.

— A Belinha quase não dormia, e eu tinha que está sempre com ela nos braços, era difícil fazer qualquer coisa, já a Beck eu tinha que acorda-la para comer a noite ela dormia cinco horas seguidas era o bebê, mais calmo do mundo, quase não me dá trabalho.

— Então, os genes do choro vêm da minha família porque o Oliver era um chorão, ele chorava muito, e como eu pedi para colocar o berço dele no meu quarto eu  acordava sempre com os choros dele e dava a mamadeira ou trocava a fralda.

— A filha é minha e ela não tem nada meu, sério Otávio, você foi muito egoísta — falei e  ele começou a rir.

— Desculpa amor, mas ela tem o seu talento, ela tem o seu sorriso, e ela tem a sua marca de nascença — o Otávio falou

— Eu super te entendo Maria, tipo eu não pareço com a minha mãe nem com o Oscar, o Otávio é o mais parecido com a mamãe o Otto com o Oscar e eu pareço ser adotado — o Oliver falou

— Você é a cara da vovó, a mãe da mamãe ela era finlandesa você é a cara dela — o Otávio explicou

— Eu fiz teste de DNA com a Belinha só por ela ser loira e do olho caro — falei e todos olharam para mim de boca aberta.

— Você está brincando né mãe? — a Beck perguntou.

— Não estou não, eu pensei que tinham trocado ela na maternidade, aí quando deu positivo eu fiquei, mais aliviada, eu amei ela assim que a vi algo em mim sabia que ela era minha, mas fiquei em dúvida, e não podia levar a filha errada para outro país.

— Só podia ser você meu amor — o Otávio falou me puxando para um beijo.

— Mas e vocês como anda as namoradinha ou namoradinho — falei sentada no colo do Otávio.

— Amor, eles não têm idade para namorar são só duas crianças.

— Mas eles tem para dá uns beijinhos, como anda o coração.

— Batendo — eles falaram juntos e revirei os olhos.

— Estou falando sério, não tem nenhuma pessoa que vocês acham interessante?

— Mãe, pai — os dois falaram

— Acho que eles não querem falar nada — o Otávio falou no meu ouvido.

— Você também não colabora — falei e ele beijou meu pescoço.

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Continua...

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