POV CATARINAO computador em meu colo estava aberto no portal da escola atual de Valentina, eu lia suas notas e as considerações dos professores. Eram só elogios, minha filha tinha notas excelentes pelo que li. Suspirei fundo e fui tirada dos meus pensamentos com o meu telefone tocando.
Igor filho ligação on:
-Oi mãe. – A voz suave do meu filho invadiu meus ouvidos.
-Oi meu amor, como está?
-Tô bem e por aí? – Ele sabia o que estava acontecendo, e desde então estava tentando me convencer ao contrário. – Já fez as pazes com a Tina?
-Não estamos brigadas, Igor. – Bufei antes de responder. – Sua irmã precisa entender que eu quero o que é melhor pra vocês.
-E você acha que o melhor pra ela é mudar de escola mais uma vez? Fazendo ela se encaixar mais uma vez? Mãe, você sabe como a Tina tem dificuldades para se relacionar. – Igor dizia e eu ouvia com atenção. – Dá uma aliviada né?
-Filho, eu tô tentando colocar sua irmã no caminho certo, ela precisa ter foco. – Rebati mais uma vez. – Eu quero que ela coloque na cabeça que fotografia não vai levar ela a lugar nenhum.
-Ok mãe, mas mudar ela de escola eu acho que é uma medida muito drástica. – Ele suspirou pesado. – Pensa melhor?
-Vou pensar nas suas palavras. – Me ajeitei na cama. – Você chega na parte da tarde?
-Sim, já comprei minha passagem.
-Uma pena que não vou conseguir te curtir direito – Eu viajaria amanhã de manhã e ele chegaria tarde. – Beijo filho.
-Beijo dona Catarina, espero que faça a coisa certa. – Igor brincou, antes de nos despedir.
Assim que desliguei o celular encarei a tela do computador de novo, minha cabeça estava cheia e eu não sabia qual providência tomar.
Eu devo ter vivido três meses em uma única semana, pois aconteceu tanta coisa. Vanessa e eu assumimos o caso e pra nossa surpresa o nosso cliente recebeu uma ordem de prisão, esse era o motivo da gente ter que ir para Penedo amanhã cedo. Minha relação com Valentina não estava nada agradável, e a vaga no colégio Samaritano ainda não havia saído.
Mas o que mais estava me tirando do sério, era o gelo que Vanessa resolveu me dar, ela conversava comigo apenas o necessário, desde a nossa discussão na sala dela. Isso estava me tirando do sério e eu não sabia explicar o motivo. Respirei fundo e desci até a cozinha pra tomar uma água.
Voltei para o quarto me acomodando na cama, porém antes de apagar o abajur, meu telefone indicou novas mensagens. Era Vanessa confirmando o horário que sairíamos.