Segundo lugar

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POV VALENTINA

O tempo passou rapidamente e o bendito dia do vestibular chegou. Não posso dizer que não estava nervosa, pois eu sei que se não fosse bem nessa prova, teria consequências com a minha mãe, e ainda por cima tem a pressão do desempenho do meu irmão, que passou em primeiro lugar.

Acordei antes mesmo do despertador, tomei um banho quente pra tentar amenizar o meu grau de ansiedade. Me vesti, dei uma última conferida nas coisas que precisava levar. Respirei fundo e no momento que iria sair do quarto, meu pai bateu na porta.

-Posso entrar? – Ele prolongou alguns dias da sua visita, para esperar o grande dia da minha prova.

-Oi pai. – Sorri e ele se aproximou me abraçando.

-Ansiosa?

-Um pouco. – Nos afastamos para nos olharmos.

-Vai dar tudo certo. – Sorri sem humor. – Lembre-se de que você é muito mais que uma nota em um pedaço de papel.

-Fala isso pra minha mãe. – Meu pai acariciou meu rosto e beijou minha testa.

-A sua mãe também sabe do seu valor. – Suspirei pesado. – A Catarina enxerga a vida de um jeito mais duro, ela teve que se moldar assim.

-Não quero ter essa conversa agora, pai. – Ele assentiu e me soltou do abraço.

-Tudo bem, vamos descer, a Luiza tá lá embaixo. – O encarei espantada.

-A Luiza? – sai do quarto apressada. – Por que ela não subiu?

Desci as escadas correndo e encontrei Luiza conversando com a minha mãe enquanto as duas arrumavam a mesa do café da manhã. Assim que nossos olhares se encontraram, ela abriu um sorriso enorme em minha direção.

-Oii. – Luiza se aproximou, mordendo o lábio inferior. —Bom dia.

-Oi, não sabia que viria, porque não subiu? – Me aproximei, beijando seu rosto.

-Vim desejar boa sorte. – Luiza tinha um sorriso sapeca nos lábios. – Preparada?

-Com você vindo me desejar boa sorte, eu estou preparada pra qualquer coisa. – Ela ruborizou as bochechas e pude notar meus pais nos olhando. – Vamos tomar café?

Luiza acenou e nos acomodamos pra tomar café. O papo era animado, falamos de tudo um pouco para que eu não me sentisse tão nervosa. Meu irmão me dava algumas dicas e minha mãe dizia que não era tão difícil assim. Luiza passou o tempo todo de mão dada comigo e isso parecia ser a única coisa que me acalmava naquele momento.

-Vamos? Tá na hora. – Meu pai encarou o relógio.

-Filha, boa sorte. – Minha mãe me deu a mão por cima da mesa.

-Obrigada. – Minha voz saiu sem muito humor.

-Boa sorte, Teco. – Igor repetiu o gesto.

-Valeu Tico. – Sorri pro meu irmão.

Seguimos até a porta e Luiza seguia com a mão entrelaçada à minha. Assim que chegamos até o carro, Luiza me puxou para um abraço e sussurrou em meu ouvido.

-Eu acredito em você, sei que você vai se sair bem. – Eu ouvia tudo com um frio gostoso na barriga. – Não deixe que uma prova qualquer defina quem você é, entretanto, vá lá e mostre que o primeiro lugar deste vestibular é seu. Te amo meu amor.

-Te amo, Lu. – Sussurrei de volta e nos soltamos.

{Uma semana e meia depois...}

Wildest DreamOnde histórias criam vida. Descubra agora