Eu vou tentar

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POV VANESSA

Não quero acreditar que o Fluminense passou essa vergonha dentro do Maracanã. Estávamos ganhando de um a zero, abrimos o placar e deixaram o Flamengo virar. Eu estava completamente indignada e pra piorar tudo, Fernanda, Luiza e Valentina não paravam de rir da minha cara.

-EU SEMPRE TE AMAREI! ONDE EU ESTIVER, EU TE AMAREI. OH MEU MENGO! – As três cantavam abraçadas enquanto seguíamos para a saída.

O nível de álcool em meu sangue já estava mais baixo, dando espaço para a minha irritação. Olhei para o lado e Catarina se segurava no riso.

-Nada engraçado. – Parei de andar e a encarei.

-Desculpa, mas é impossível não rir. – Ela soltou a gargalhada que estava presa me fazendo sorrir também. – É só um jogo.

-Não é só um jogo. – Bufei irritada. – Perder de virada para esses urubus não é nada legal.

-Ok, vou parar de rir. – Ela tentou se conter, me fazendo abrir um sorriso de lado. – Agora desfaz essa sua cara amarrada, pelo menos sua namorada está feliz.

Olhei pra Fernanda, que se divertia com as meninas. Nós duas nunca rotulamos nada e Catarina merecia saber disso, estamos começando de novo, quero deixar tudo muito claro.

-Não somos namoradas.

-Como não? – Catarina franziu a testa.

-Somos amigas de longa data, e acabamos nos envolvendo romanticamente, porém não rotulamos nada.

-E porque não? Vocês fazem tudo de namoradas, vocês combinam. – Ela sorriu sem graça e abaixou a cabeça.

-Acho que não é o momento. – Coloquei as mãos no bolso de trás da calça jeans.

-Espero que encontrem juntas o momento certo. – Ela suspirou e o Igor se aproximou.

-Mãe, o pai me ligou, ele está esperando a gente pra jantar. – Estou acreditando que ela e o marido estejam se reconciliando e isso é mais um balde de água fria em mim. – Vamos?

-Vamos, filho. – Ela o segurou pelo braço. – As meninas vão conosco?

-Não, a Duda precisa ir pra casa e a Lu vai com ela. – Igor explicou. – Podemos deixá-las em casa antes?

-Pode deixar que eu levo elas. – Me ofereci, pois era meu caminho. – Vou passar pela tortura de ser zoada pelo caminho toda.

-Vai ser um sacrifício. – Catarina debochou segurando o riso. – Coitadinha.

-Palhaça. – Revirei os olhos e sorrindo em seguida.

-Você bebeu, Vanessa. – Catarina mudou a expressão. – Não deveria dirigir assim.

-A Fernanda vai dirigir, não se preocupe, ela não bebeu. – Respondi parando na saída. – A gente se vê amanhã?

-Claro! – Catarina me olhou nos olhos. – Temos muito o que conversar sobre o caso do Rogério.

-Não quero pensar nos problemas que nos aguarda amanhã. – Suspirei pesado.

-Aproveite o resto do domingo, Vanessa. – Ela se aproximou para se despedir com dois beijinhos no rosto. – Agradeço pelo convite, me diverti bastante.

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