Três

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Rafaella se aproximou temerosa, porém valente o suficiente para ter sua arma apontada para a garota. Conforme chegava mais perto, via que ela vestia roupas femininas, porém bem largas nas peças de baixo. Rafaella não entendeu, no entanto, não achava que tinha algo a ver com isso.

– Por que está roubando nossa comida? – Rafaella questionou firmemente, sentindo a brisa fria da noite acariciar seu rosto e o vento fazer seus cabelos esvoaçarem.

– Eu sentia fome, perdão. – A garota proferiu. – Antes de vocês chegarem eu tinha que andar vários e vários quilômetros por dia para achar comida. – Confessou, encarando Rafaella. Estava escuro, todavia Rafaella era capaz de enxergar as orbes avelãs lhe encararem.

– Por que não pediu ajuda?

– Eu... não podia. – A mulher voltou a repetir, fazendo Rafaella assentir, embora não houvesse entendido a razão.

– Está sozinha? – Indagou mais uma vez.

– Sim. Há muitos anos. – Ela disse, fazendo Rafaella morder o lábio inferior.

– Se eu abaixar esta arma, promete não fazer nada estúpido? Estou em um grupo de mulheres armadas, qualquer estupidez e não hesitarão em atirar em você.

– Eu não quero machucar ninguém, senhorita. Perdoe-me se assim fiz parecer. – A garota alegou, passando segurança para Rafaella através de seu tom de voz. – Tem onde dormir? – Rafaella questionou, vendo a garota negar.

– Durmo em árvores por aí.

– Me acompanhe, você dormirá em uma cama macia hoje. – Rafaella pediu, vendo o medo transparecer nos olhos castanhos.

– Não quero que ninguém saiba da minha existência. 

Rafaella franziu o cenho.

– E por quê?

Perguntou curiosamente.

– Só... não quero.

– Não vamos te machucar, prometo. – Rafaella disse, vendo a morena franzir a boca em uma visível dúvida. – Você precisa comer algo concreto, há quanto tempo não come algo direito?

– Não sei. – A garota respondeu seriamente e Rafaella deu um passo lento à frente.

– Como se chama?

– Você primeiro. – A garota disse na defensiva e Rafaella riu.

– Certo. Me chamo Rafaella – Se apresentou. – E você?

– Gizelly. – A garota finalmente disse seu nome.

– Então Gizelly, vem comigo? Você estará segura conosco. – A garota nada respondeu e Rafaella deu mais um passo à frente. – Do que tem medo?

– Tem... – Ela começou hesitante. – Muitas de vocês aí? – Perguntou e Rafaella pensou um pouco.

– Somos cinco, contando comigo. – Replicou. – Você poderá tomar um banho, comer e dormir em uma cama esta noite, não há razão para temer.

– Certo. – Ela respondeu assustada e Rafaella abriu um sorriso, acenando com a cabeça para a moça segui-la.

Convidar uma estranha para dentro de seu trailer seria estúpido? Não quando ela não apresenta perigo algum, mas mesmo assim Rafaella se perguntava o que havia dado nela para realizar tal convite.

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Por hoje é só!

Quais as primeiras impressões? 👀

O último pênis - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora