Onze

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Gizelly estava sentada em uma das cadeiras do balcão enquanto comia seu cereal. Seus olhos se ergueram ao ouvir a voz de Rafaella e, de repente, a porta foi aberta.

Os olhos pretos de sua amiga piscaram em confusão e então Rafaella a empurrou para dentro, fechando a porta logo em seguida.

– Essa é a Gizelly que te falei. – Rafaella disse, vendo Manu sorrir logo em seguida.

– Hey, girl. – Ela cumprimentou. – Desculpe se estou parecendo o projeto de um fantasma mortificado. É que pensei que Rafaella estivesse delirando. – Disse. – Me chamo Manu. – Estendeu a mão, sentindo o aperto suave de Gizelly.

– Gizelly – Disse, mesmo sabendo que a outra já sabia seu nome.

– Caramba, Cabeçuda, quando você disse que ela era gata eu realmente achei que você havia fumado barro, mas ela superou as expectativas. – Os olhos castanhos foram para Rafaella, enxergando a garota enrubescer ao ter sido descoberta.

– A Rafa me acha bonita? – Gizelly perguntou sorrindo surpresa. 

– Menina, esse foi só um dos elogios. – Manu disse rindo, fazendo Rafaella corar ainda mais.

Rafaella pigarreou e se aproximou do balcão, colocando cereal em um prato para ela também.

– Eu iria fazer ovos mexidos, mas vejo que se adiantou. – Rafaella disse e Gizelly assentiu.

– Desculpe invadir sua despensa. Meu estômago estava me matando mesmo. – Gizelly disse e Rafaella negou com a cabeça. 

– Não tem problema algum. – Rafaella disse, vendo os olhos castanhos lhe fitarem e um sorriso nascer em seus lábios. – Cereal, Manu? – Rafaella ofereceu, desviando seu olhar de Gizelly.

– Nunca recusarei comida na vida. Sinto ser pecado. – Manu disse e Gizelly riu ato, fazendo Rafaella sorrir involuntariamente ao ouvir aquele som.

– Gostei de você. – Gizelly comentou.

– Todo mundo gosta, mas sinto muito, sou muito bem comida por minha namorada. 

Gizelly corou instantaneamente.

– Eu não quis dizer nesse sentido. – Ela disse baixo e Rafaella riu baixinho.

– Por que se sou linda? – Manu perguntou boquiaberta, como se tivesse se sentido ofendida, deixando Gizelly ainda mais constrangida.

– Ela só está brincando, Gizelly. – Rafaella disse, tocando sutilmente em seu antebraço no intuito de tirá- la de seus pensamentos.

– Oh. – Gizelly disse e Manu sorriu.

– Então, você terminou mesmo com a Bia? – Manu indagou e Rafaella assentiu.

– Sim.

– E como ela reagiu?

– Ficou um pouco chateada, mas entendeu bem. Ela não me amava também, era carnal, tenho certeza. – Rafaella disse e Manu assentiu.

– Terminou em hora boa. – Manu disse, sorrindo sugestivamente para Gizelly.

– Não seja inconveniente, Manu, por favor. – Rafaella exigiu e Manu assentiu. – Faremos nossas pesquisas hoje? – Rafaella perguntou, indo até os fundos do trailer e voltando com um notebook nas mãos. Gizelly acompanhou cada movimento seu quase sem piscar, não deixando o fato ser despercebido por Manu.

– Com certeza. – Manu disse.

– Hora de trabalhar. – Rafaella disse sorrindo, ligando o notebook concentrada, sem perceber o par de orbes castanhas analisaram minuciosamente cada detalhe seu.

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Manu já chegou fazendo a ponte.

O último pênis - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora