Dezenove

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– São três anos de trabalho perdido, Rafaella, três anos. – Marcella disse irritada.

– Eu realmente sinto muito. Gizelly não sabia. A culpa foi minha, na verdade. Quis brincar um pouquinho e não expliquei que...

– Não defenda esse ser humano. – Marcella disse quase vermelha de raiva. – Eu mal posso olhar para ela.

– Sinto muito. – Gizelly disse, se escondendo atrás de Rafaella ao ver Marcella dar um passo à frente.

– Eu não quero você aqui dentro. – A morena disse furiosa. – Três anos jogados no lixo.

– Talvez não prestasse o que estava fazendo. Às vezes estão procurando no lugar errado. Três anos e não deu em nada, não me parece algo produtivo. – Gizelly disse inocentemente e Rafaella fechou os olhos ao ver Marcella prender a respiração.

– Gizelly cale-se. – Rafaella pediu baixo.

– Dê o fora. Anda! Já! – Marcella gritou, apontando a saída para Gizelly. – E você trate de limpar tudo isso.

– Ela está me ajudando, estou machucada. – Rafaella disse, vendo Marcella suspirar e se aproximar mais de Gizelly.

– Veja bem... – Marcella disse, afastando Rafaella e apontando o dedo no estômago de Gizelly. – Você tem até o amanhecer para ajudá-la e depois dê o fora. – Ela disse e Gizelly assentiu freneticamente.

– Ela parece um monstro assustador. – Gizelly disse assim que Marcella saiu dali. – E olha que tem uma carinha fofa. – Rafaella gargalhou ao ouvir aquilo.

– Ela sabe ser assustadora. – Rafaella disse, se virando para Gizelly. – E também sabe interromper momentos... – Gizelly, que olhava para a porta até então, voltou a olhar para Rafaella.

– Ah é? – Gizelly perguntou, sentindo seu corpo tremer de ansiedade e de medo ao mesmo tempo, afinal estava entrando em um jogo perigoso.

– Sim, se lembra onde havíamos parado? – Rafaella perguntou, mordendo o lábio inferior e Gizelly suspirou.

Que se danasse o mundo, que idiota evitaria beijar aquela mulher linda?

– Bem aqui. – Gizelly disse com a voz ligeiramente mais rouca, prensando Rafaella na bancada antes de acariciar seu rosto e colar suas bocas.

Rafaella gemeu de satisfação ao sentir a língua de Gizelly invadir sua boca e fincou os dedos na camisa dela, puxando mais o corpo de Gizelly para perto de si. A maior manteve o espaço suficiente para Rafaella não sentir nada ali embaixo, mas quando Rafaella arranhou suas costas por cima da blusa ela se afastou lentamente.

Não correria o risco de as coisas esquentarem e seu membro dar sinais de vida.

Rafaella deu-lhe mais um selinho e olhou em volta.

– Vamos porque ainda temos trabalho. – A maior disse sorrindo e Gizelly assentiu.

Pela primeira vez ela se sentiu estranhamente triste por não poder ir mais a fundo com alguém.

E não era sobre a falta de sexo que ela estava se lamentando.

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Oi :)

Veio aí o primeiro beijo.

O último pênis - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora