Trinta

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– Já sei do seu segredo, agora me diz seu sobrenome. – Rafaella suplicou.

– Ganho o que em troca? – Gizelly perguntou e Rafaella a olhou franzindo os olhos.

– Chantagista de uma figa. – Rafaella disse, retirando outra amostra de sangue de Gizelly.

– Bicalho. – Gizelly disse, vendo Rafaella a fitar confusa. – Este é meu sobrenome.

– Jura? – Rafaella perguntou e Gizelly assentiu. – Desculpe estar fazendo isso de novo, só preciso me certificar de que o ar não está te contaminando. – Rafaella disse, acariciando os cabelos de Gizelly antes de remover a agulha de seu braço.

– Devo descansar? – Gizelly perguntou e Rafaella assentiu. – Vai me preparar algo gostoso para comer? Você prometeu. – Gizelly disse, sentindo-se um pouco tonta devido a quantidade de vezes que Rafaella havia retirado sangue dela aquele dia.

– Vou preparar sim. – A maior disse. – Não vou mais tirar seu sangue esta semana. Odeio te ver pálida desse jeito. – Rafaella disse e Gizelly sorriu.

– Estou te conquistando, Kalimann. Tenho certeza. – Rafaella riu e puxou Gizelly pela mão, ajudando-a a ir até o trailer dela e logo a colocou em sua cama.

– Durma, logo eu volto. – Rafaella disse e Gizelly assentiu, fechando os olhos pelo evidente cansaço. – Vou te preparar algo forte mais tarde. – Rafaella disse. – Ela se abaixou ao lado da cama e ficou encarando Gizelly por alguns segundos.

Um sorriso invadiu seu rosto de pura gratidão. Gizelly estava lhe ajudando em troca de nada. Por livre e espontânea vontade. A mão da maior foi, involuntariamente, até os cabelos de Gizelly, acariciando e sentindo os fios sedosos entre seus dedos. Ela se inclinou e roçou seus lábios nos da menor. Como sentia falta daquele toque. Ocorrera uma única vez, mas ela jamais pôde tirar aquele beijo de sua mente.

Sem pensar muito ela pressionou os lábios nos de Gizelly, sentindo a textura macia antes de se afastar e voltar para o trailer científico.

A primeira coisa que fez foi digitar o nome "Gizelly Bicalho" na tela de seus arquivos.

Gizelly Bicalho, 25.

Não pareado (a).

Sexo indefinido.

Desaparecido (a)

Será que haveria mais desaparecidos pelo mundo afora? Rafaella pensou.

Rafaella procurou sua própria ficha e alterou os dados sobre ela e Bianca, no quadro vazio, que antes o nome da outra garota ocupava, Rafaella se atreveu a colocar o nome de Gizelly.

Genética compatível.

Rafaella sorriu ao ler aquilo, Claro que não tinha nada demais, até porque no de Bianca dava o mesmo resultado, aquilo só servia para mostrar que com o cromossomo faltante seria muito fácil a reprodução.

Ela balançou a cabeça quando viu o que estava fazendo. Não podia! Não deveria estar romantizando uma vida com Gizelly, afinal, aquilo implicaria em uma leva considerável de problemas.

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Parece que tem alguém rendida!

O último pênis - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora