Quatro

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Rafaella estava recostada no sofá, com as pernas esticadas, uma por cima da outra, e com os braços cruzados enquanto esperava Gizelly sair do banho. Mil perguntas se passavam em sua cabeça, mas não encontrava resposta para nenhuma. O clique da fechadura a fez sair de seus devaneios e erguer o rosto.

Somente ali, no claro, pôde analisar a garota melhor. Ela era incrivelmente linda, pele bronzeada, olhos castanhos mais penetrantes do que parecia no escuro; os cabelos eram pretos e ela era dona de lindas curvas.

Ela vestia uma camisa larga de dormir comprida, que Rafaella havia lhe emprestado e um short de seda, fresquinho. O que mais chamou a atenção em Rafaella foi que a garota ainda segurava a toalha em frente ao seu corpo.

– Pode deixar no banheiro. – Rafaella disse, porém a garota a ignorou, se encostando atrás do pequeno balcão de madeira que havia no centro do lugar. Só então ela soltou a toalha, pendurando-a em uma das cadeiras dali.

– Obrigada por me deixar dormir no seu trailer hoje. – Gizelly disse e Rafaella assentiu.

– Não se preocupe com isso.

– Eu posso dormir no sofá sem problema nenhum. – Ela disse, vendo que tinha uma cama mais ao fundo, protegida por uma pequena cortina que estava enlaçada naquele momento.

– Não. Eu não vou dormir aqui, vou dormir com Bianca, então pode usar a cama. – Rafaella disse e uma interrogação se formou na testa de Gizelly.

– Quem...

– Minha namorada. – Rafaella disse, vendo Gizelly assentir. – Por que estava nos espionando?

– Olha só, me desculpe por isso. – Gizelly pediu ligeiramente ruborizada. – Não foi nada pessoal, eu só estava... com fome.

– Certo. – Rafaella disse, ainda de braços cruzados. Ela havia requentado a comida para Gizelly comer antes de tomar um banho e se surpreendeu com o tamanho da fome dela. – Você foi pareada com alguém? – Uma pequena expressão de pavor dominou o rosto de Gizelly.

– Eu não sei. – Disse baixo.

– Me diz seu sobrenome. – Rafaella pediu, se levantando e se aproximando do balcão. – Eu posso ver isso para você. Temos os dados de todos. – O corpo de Gizelly enrijeceu e ela negou com a cabeça. – Prefiro... não saber. – Gizelly falou, piscando lentamente e Rafaella assentiu, dando de ombros.

– Tudo bem. – Disse singelamente. – Eu combinei com você de não falar para as minhas amigas que está aqui, mas se for ficar por um longo tempo eu não poderei esconder. Elas são espertas. – Rafaella disse.

– Elas não... me machucariam, não é?

– Não. Elas são do bem. – Rafaella assegurou e Gizelly sorriu com o canto dos lábios.

– Então tudo bem. – Disse, um pouco insegura do que dizia.

Ela deveria ficar? Ou fugir no meio da noite ou pela manhã? Não sabia o que faria, porque realmente estava cansada de fugir, porém o medo de ficar ainda era enorme.

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A bixinha da Gizelly... será que vai ou fica?

O último pênis - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora