Trinta e quatro

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– Está gostoso assim? – Rafaella perguntou e Gizelly assentiu.

– Delicioso.

– Manu costuma odiar. – Rafaella respondeu rindo e Gizelly discretamente se permitiu analisar a beleza da mulher sentada do outro lado do balcão.

– Eu prefiro com menos açúcar, igual você faz. – A menor disse e Rafaella subiu seu olhar, sorrindo singelamente e enrubescendo levemente.

– Por que me olha assim? – Rafaella perguntou e Gizelly meneou a cabeça.

– É que você é muito bonita. – Gizelly disse sinceramente. – Não estou acostumada com esse grau de beleza.

– É porque não deveria ter tido um espelho por perto. – Rafaella disse sorrindo e Gizelly se levantou, dando a volta no balcão sem jamais sair da vista de Rafaella.

– Não resisti. – Gizelly sussurrou, parando bem na frente de Rafaella e virando sua cadeira para ficarem cara a cara. A maior prendeu seus olhos nos lábios de Gizelly por pouco tempo, pois Gizelly se enfiou no meio das pernas de Rafaella, prensou seu corpo contra o da outra garota e a puxou para um beijo doce, devido ao pudim de pão que comiam. Rafaella envolveu seus braços ao redor de Gizelly e arrastou as unhas em sua nuca, sentindo o corpo se acercar ainda mais ao dela, se fosse possível.

Com um gemido de satisfação baixinho, Rafaella encerrou o beijo e deu um selinho demorado na garota.

– Sabia que você é a primeira pessoa que beijo mais de uma vez? – Gizelly perguntou e Rafaella abriu a boca surpresa.

– Estou tirando todas as suas virgindades? – Rafaella brincou, mas logo corou ao perceber o que teria, implicitamente, sugerido.

– Parece que sim. – Gizelly disse sorrindo. Ela sentiu vontade de fazer mais uma de suas brincadeiras, mas a que passou por sua mente seria muito desrespeitosa, então se calou.

O barulho de três batidas da porta fez Gizelly se afastar.

– Já vai! – Rafaella gritou e logo deu um tapa na bunda de Gizelly. – Vá vestir uma roupa para cobrir essa bunda grande. – Ela disse baixo e rindo, Gizelly obedeceu.

– Intimidade é uma arma perigosa. – Gizelly brincou enquanto se afastava.

– Já descobri tudo, Rafaella. Como pôde fazer isso comigo? – A voz de Manu quando Rafaella abriu a porta era carregada de dor.

– Do que... está falando? – Rafaella perguntou, sentindo todo o sangue de seu corpo se concentrar em seu rosto.

– De você se juntar com a Gizelly para fazer sobremesas e não me convidar. Que espécie de amiga é você? – Rafaella soltou o ar que nem sabia que prendia e riu.

– Hoje eu fiz pudim de pão. Você odeia. – Rafaella disse e Manu negou com a cabeça.

– Você nunca faz só pudim de pão. – Manu disse e Rafaella sorriu.

– Tem razão. Fiz bolo de chocolate para mais tarde.

– Bem, "mais tarde" chegou. – Manu disse e Rafaella colocou a cabeça para dentro do trailer apenas para ver que Gizelly já estava vestida.

– Entre, lombriguenta. – Rafaella disse finalmente e Manu sorriu, invadindo o local apressadamente.

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Oi :)

Sem revisão 😘

O último pênis - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora