Quarenta e quatro

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Gizelly prendeu a respiração quando sentiu Rafaella se aconchegar mais em seu corpo, fazendo-a acordar de seu sono e perceber que sua ereção matinal estava presente.

Como sempre nos últimos dias, ela se levantou, escovou seus dentes, tentou "esfriar" sem membro, porém acordar com Rafaella se esfregando em seu pênis era o suficiente para ele ficar duro por muito tempo.

Desistindo, como em toda a manhã, ela voltou para a cama, se inclinou e distribuiu beijos pelo pescoço de Rafaella antes de passar um braço ao redor do corpo da maior e tentar voltar a dormir,

Ela contou mentalmente até dez e o murmúrio que esperava aconteceu, Rafaella bocejou e se aconchegou mais em seus braços. Era uma rotina cada passo matinal antes de Rafaella acordar, mas cada manhã após as orbes verdes se abrirem era um pouco diferente.

– Bom dia... – Rafaella murmurou, se virando para ela após dizer isso e arrastando os dentes na pele de seu pescoço. – Essa noite fez frio, não fez?

– Senti calor. – Gizelly disse, sentindo Rafaella rir e se sentar, se espreguiçando.

– Você é calorenta. – Rafaella disse. A maior se levantou e passou por cima de Gizelly, indo para o banheiro. Quinze minutos depois ela voltou de banho tomado. – Vá colocar uma roupa porque já já vamos na grande cidade.

– Estou de roupa. – Gizelly disse e Rafaella franziu os olhos.

– Uma cueca e um sutiã não vale. – Rafaella disse e Gizelly aquiesceu. – E já pedi para dormir com uma camiseta, pelo menos.

– Gosto de descansar meus peitos em suas costas. – Gizelly brincou se sentando e Rafaella a olhou feio. – Desculpe.

Rafaella se aproximou da cama e se sentou, olhando para Gizelly antes de passar os dedos nos cabelos da menor tentando arrumar seus cabelos desgrenhados.

– Você fica linda concentrada assim. – Gizelly disse de repente e Rafaella sorriu.

– Não quero que mencione que você é intersexual enquanto estivermos lá, nem se for só para mim. Aquele lugar é mais movimentado do que estamos acostumadas. – Rafaella disse e Gizelly assentiu. – A menos que queira que todas saibam.

– Não. Prometo me comportar. – Gizelly disse sorrindo e Rafaella assentiu, se inclinando, tocando seus lábios nos de Gizelly suavemente.

– Acho que me apeguei a você... – Rafaella sussurrou de olhos fechados, inalando o cheiro de Gizelly enquanto pincelava seu nariz pela pele do rosto dela.

– Espero que sim. – Gizelly disse, puxando Rafaella para um abraço. – Porque eu não consigo me imaginar por aí sem você.

– Está apaixonadinha, Bicalho? – Rafaella brincou, arqueando uma sobrancelha, mas por dentro seu coração disparava feito louco.

– Não. – Gizelly disse, fazendo Rafaella tentar esconder a decepção ao ouvir aquela simples palavra. – Estou apaixonadona, sabe? Totalmente na sua. Nada de"inha", o que eu sinto é muito maior do que isso.

– Sério? – Rafaella perguntou totalmente sem reação. Não esperava por aquilo, mas não podia negar que já sonhara com algo assim em suas mais ocultas fantasias.

– Posso ser brincalhona, mas eu não brincaria com uma coisa dessa, Rafaella. Eu gosto mesmo de você. – A mão da menor removeu uma mecha que caía sobre o rosto de Rafaella antes de descer sua mão e acariciar seu rosto. – E ainda vou te conquistar. – Rafaella riu ao ouvir aquilo.

Não era possível que Gizelly não visse a forma boba que Rafaella a olhava todos os dias.

– Hey, não ria. Estou falando sério! – Gizelly alertou. – Eu vou tentar ser menos bobona para te provar que posso ser levada a sério, Rafa. Você ainda vai gostar de mim.

– Eu não ri porque achei que estivesse brincando, eu ri porque eu já gosto de você, Gizelly. – Rafaella confessou. – Eu só consigo pensar em você e não acredito que não tenha percebido como eu te olho.

– Achei que fosse tesão. – Rafaella sorriu e se inclinou, encaixando seus lábios nos de Gizelly.

– Também, assumo. – Rafaella disse e Gizelly sorriu genuinamente.

— Então você gosta de mim e eu de você. Podemos fazer uns filhinhos já que esse mundo precisa. Que tal começarmos agora? – Gizelly perguntou, puxando Rafaella para seu colo, fazendo-a sentir seu membro excitado.

– Proposta muito tentadora, Bicalho, mas precisamos ir. – Rafaella disse se levantando. – Vá se vestir, vai?

– Tudo bem, mas a noite a gente conversa disso. – Gizelly disse e Rafaella negou.

– Que tal se não conversamos à noite? – Rafaella perguntou em tom provocativo. – Chega de joguinhos, eu quero você.

– Falar isso nesse tom de voz não ajuda meu estado catastrófico. – Gizelly disse, sentindo seu pênis pulsar de desejo.

– Deixa eu te ajudar com isso então. – Rafaella disse, sorrindo maliciosamente antes de se abaixar em frente à Gizelly.

– Deus me ama. – Gizelly murmurou fechando os olhos ao sentir o que Rafaella havia começado a fazer.

[...]

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Será que vem aí?

O último pênis - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora