– Você deveria se sentar. – Gizelly disse, vendo Rafaella se mexer inquieta, provavelmente seu tornozelo estava doendo.
– Não vamos acabar nunca se eu ficar parando. – Rafaella disse e Gizelly suspirou.
– Me perdoa? Eu não deveria ter mexido no que não é da minha conta. – Gizelly pediu. – Eu só queria mais bolhas. – O riso tanto tempo escasso ecoou dentro do lugar. Era de Rafaella, quem se abaixou e, se rendendo à dor, se sentou no chão, encostando-se na bancada.
– Você precisava ver sua cara de desespero. - Rafaella disse, vendo Gizelly se sentar ao seu lado no chão e jogar espuma em seu rosto.
– Não ria de mim. – Gizelly disse com veemência, porém esboçava um sorriso. – Não fui eu quem gritou feito uma mulherzinha.
— Qual o problema nisso? Eu sou uma mulherzinha. – Rafaella disse sorrindo antes de jogar espuma no rosto de Gizelly.
Se arrependeu quando viu Gizelly abaixar a cabeça e levar uma mão até os olhos.
– Oh, meu Deus, perdão. – Rafaella pediu, vendo os olhos de Gizelly ficarem mais irritados e ela mal conseguir abri-los. – Não passe a mão, piorará. Espere aqui. – Rafaella pediu, se levantando e indo, mancando, até o lado de fora, voltando em instantes com um balde nas mãos.
A maior se sentou ao lado de Gizelly novamente e retirou um pano fino lá de dentro, se inclinando e o passando com delicadeza nos olhos da menor, segurando seu rosto com a outra mão.
– Não volte a pôr as mãos nos olhos. – Rafaella pediu docemente, afundando o pano na água limpa antes de passá-lo outra vez nos olhos de Gizelly com cuidado. Gizelly relaxou o corpo instantaneamente ao sentir a dor indo embora.
Os olhos castanhos finalmente se abriram, ainda meio irritados, porém sem resquícios de sabão e Rafaella suspirou ao fitá-los tão de perto.
– Está melhor? – Rafaella perguntou, passando a outra ponta do pano na testa de Gizelly, impedindo de cair mais espuma em seus olhos.
– Sim, obrigada. – Gizelly proferiu, sentindo o pano deslizar por todo o seu rosto. A menor prendeu a respiração quando viu Rafaella fitar sua boca, contornando, vagarosamente, seus lábios com o pano.
– Novinha em folha. – Rafaella disse, um pouco mais baixo do que o normal ao perceber que, subitamente, se sentia nervosa.
— Esqueceu de limpar aqui. – Gizelly disse em um quase sussurro, pegando o pano e o deslizando pelos lábios de Rafaella antes de aproximar ainda mais seu rosto do dela e fitar seus olhos verdes, que a olhavam de forma intensa e penetrante.
Rafaella engoliu em seco e, por impulso, umedeceu os lábios, vendo Gizelly imitar o gesto e logo em seguida fechar os olhos. A maior sentiu seu coração acelerar ainda mais ao agir sem pensar, roçando seus lábios nos de Gizelly e fechando seus olhos para se entregar ao momento.
– Acho bom ser sério, porque se você me bipou essa hora da noite à toa... – A voz de Marcella invadiu o ambiente, parando ao ver a bagunça que estava o lugar e Rafaella se assustou, abrindo os olhos e indo para trás rapidamente.
Marcella não pôde ver o quase beijo, pois elas estavam atrás da bancada e, bem, Rafaella deu graças a Deus por isso.
– Que merda houve aqui? – Rafaella ouviu Marcella perguntar e sabia que levaria um sermão daqueles.
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Quase...
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O último pênis - Girafa
FanfictionQuando, por algum motivo misterioso, todos os homens são infectados por um vírus fatal, só restam mulheres no mundo. Os poucos homens que sobreviveram ficaram definhando, o que levou as mulheres a matarem cada um deles para evitar o sofrimento. Cont...