Vinte e dois

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Gizelly poderia tentar fugir novamente, porém a forma que Rafaella lhe olhava paralisada a fez se questionar se deveria tentar ficar em algum lugar pela primeira vez na vida.

– Não conta para ninguém, por favor. – Gizelly pediu baixinho e Rafaella deu um passo em sua direção.

– Você… – Seus olhos ainda estavam focados entre as pernas de Gizelly. – Tem um pênis. – Falou incrédula. – Como isso é possível?

– Eu sou inte...

– Eu sei que é intersexual. – Rafaella disse a cortando. – Digo, como é possível que esteja viva sendo que tem um pênis, quando todos os outros que possuíam um faleceram?

– Eu... não sei. – Gizelly disse, dando de ombros.

– Por que não me contou? – Rafaella indagou. – Oh meu Deus, por isso agia estranho daquela forma, céus.

– Minha mãe disse que eu deveria me esconder, que me usariam em experimentos e injetariam agulhas; que eu ficaria fraca e me roubariam os dias bons. Disse que vocês poderiam inclusive me matar, brigando igual cachorros por um pedaço de carne e danificando a carne no processo. – Gizelly disse e logo suspirou. – Por favor, não conta, Rafaella.

– Gizelly, você pode ser a nossa salvação. – Rafaella disse. – Veja como algo bom, você pode nos ajudar. –  Falou animada. – E eu jamais deixaria que te fizessem mal, deveria saber disso.

– Sabe que a maioria dos intersexuais são estéreis, não sabe? – Gizelly perguntou nervosamente e Rafaella assentiu.

– Mas temos uma chance com você. Você tem os cromossomos XXY, temos a chance de reconstruir todo o processo de uma forma mais rápida. – Rafaella disse, correndo para os braços de Gizelly e a abraçando empolgada. Sentiu-se enrubescer quando sentiu o pênis de Gizelly cutucar seu ventre. Sentiu o quão dura ela estava.

– Desculpe. – Gizelly disse sem jeito.

– Tudo bem. Vai nos ajudar? – Rafaella perguntou e Gizelly fez uma careta.

– Vou ser usada como rato de laboratório? – A menor perguntou assustada.

– Podemos começar por um exame de sangue, apenas para constatar que você não está contaminada. – Rafaella sugeriu e Gizelly baixou o olhar, visivelmente confusa. – Hey, não contarei a ninguém por agora, se é isso que teme.

– Jura? – Gizelly perguntou e Rafaella assentiu.

– Sim. Será que você poderia, hm, tentar pôr para dormir seu companheiro? Temos que ir para o trailer científico, mas assim... – Rafaella disse apontando para o membro de Gizelly. – Creio que se alguém nos vir descobrirá seu segredo.

– Estou tentando, Rafaella, mas do jeito que você está encarando entre minhas pernas não colabora muito para ele se acalmar. – Gizelly confessou e Rafaella corou.

– Desculpe, é que ainda não consigo acreditar. – Ela disse, desviando os olhos para um ponto qualquer. – Eu pensei que os intersexuais fossem bem pequenos.

– Geralmente são. – Gizelly disse. – Por alguma razão eu nasci quase na média.

– Eu não precisava saber que seu pênis tem quase dezessete centímetros. – Rafaella disse, fechando os olhos envergonhada.

– Dezoito para sermos mais exatas. – Gizelly disse rindo. – E você ficou encarando ele enquanto está bem visível seus sinais de vida, não vejo constrangimento em você saber o tamanho.

– Gizelly! – Rafaella disse com veemência, não resistindo em dar mais uma olhada. O membro marcava certinho no short de Gizelly, deixando apenas a cor para a imaginação de Rafaella. – Dê um jeito de acalmá-lo porque precisamos ir.

– Vou tomar um banho frio e volto já já. – Gizelly disse e Rafaella assentiu, não conseguindo evitar dar uma checada no belo traseiro de Gizelly novamente. Aquela mulher era linda demais para não ser apreciada, pensou Rafaella.

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Rafa descobriu o grande segredo da Gizelly 😂

O último pênis - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora