Quarenta e cinco

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– E que tal estas? – A vendedora perguntou para Rafaella e Gizelly, que tinha seus braços ao redor da maior e escondia seu corpo atrás dela. Não que mostrasse algo, a calça que ela usava era a feita por sua mãe, mas o receio de se estar em um lugar onde havia mulheres para todos os lados a fazia se esconder atrás de Rafaella.

– Hmmm... – Rafaella murmurou, demonstrando que estava pensando. – Estas três são apertadas demais. Deixe estas aqui que são mais largas para ela experimentar. – Rafaella disse, apontando para as calças. Estavam em uma loja de roupas na grande cidade.

– Ela tem receio de calças apertadas? – A vendedora perguntou sem saber que Rafaella queria calças mais largas na frente somente para esconder seu segredo. – Muitas mulheres têm vergonha de mostrar suas curvas, mas estas calças dão um formato maravilhoso para todo o corpo.

– Entendo, mas você vai preferir aquelas, não é, Gizelly? – Rafaella queria que Gizelly falasse e opinasse, mas a garota se sentia um animal perdido no meio do zoológico.

– Certo, por aqui. – A mulher disse mostrando o provador e Gizelly a olhou temerosa.

– Vai ficar linda em qualquer uma delas. – Rafaella disse antes de se inclinar e dar um selinho em Gizelly. – Te espero aqui. – Gizelly assentiu e seguiu a vendedora.

– Formam um lindo casal. – A vendedora disse gentilmente.

– Obrigada.

– Não vai querer mesmo estas três? – A vendedora perguntou e Gizelly negou.

– Sabe como é isso de esposa ciumenta, não é? A última vendedora que me ofereceu calças apertadas na frente de Rafaella foi servida no jantar para minhas cadelas. – A mulher piscou horrorizada e Gizelly segurou o riso antes de pegar as roupas e entrar no provador.

Assim que Gizelly saiu do provador, tendo escolhido três calças para si, encontrou Rafaella na sessão de camisas.

– Gostei de três, Rafa. Ficaram lindas. – Gizelly disse sorridente e Rafaella retribuiu o sorriso.

– Agora camisas. Fique à vontade. – Rafaella disse abrindo os braços na sessão.

– Você é rica ou algo assim? Está me deixando comprar tudo o que quero sem nem perguntar preço. – Gizelly perguntou.

– Não sou rica, mas as descobertas que fiz me renderam uma estabilidade financeira boa. – Rafaella replicou e Gizelly assentiu.

– Posso comprar um vestido? Sempre sonhei em usar um, mas minha mãe só me deixava usar as roupas feitas por ela.

– Compre o que você quiser. – Rafaella disse.

– Obrigada de novo. – Gizelly agradeceu antes de enlaçar seus braços ao redor do corpo de Rafaella, a abraçando.

– Aquela vendedora é estranha. – Rafaella sussurrou. – Ela não para de me olhar desde que você entrou no provador. – Gizelly olhou na direção da mulher e viu que era a vendedora para qual tinha contado uma pequena mentirinha.

– Não sei nada sobre isso. – Gizelly disse rapidamente e Rafaella a olhou na mesma hora.

– O que diabos você aprontou, Gizelly? – Rafaella perguntou e Gizelly sorriu culpada.

– Só me certifiquei de que ela não nos ofereça mais calças apertadas. – Gizelly disse e Rafaella negou com a cabeça.

– Não mostrou o pau para ela ameaçando infectá-la com vírus, não é?

– Rafa, não! – Gizelly disse e Rafaella suspirou aliviada. – Como pode pensar isso de mim?

– Desculpe. – Rafaella disse rindo antes de beijar Gizelly.

– Desculpada, mas só porque eu disse que você é uma assassina de vendedoras você não tem o direito de pensar que sou desparafusada.

– Você o quê? – Rafaella perguntou incrédula.

– Tchau. – Gizelly disse, correndo e desaparecendo entre as sessões de roupa. – Esqueci o beijo. – Disse quando apareceu de novo, selando seus lábios nos de Rafaella. – Tchau de novo.

Rafaella riu, Gizelly escapara de um sermão e ao invés de Rafaella ficar brava ela riu. Estava realmente encantada por Gizelly, não havia outra explicação.

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Tá rendida faz tempo 😂

O último pênis - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora