Manu se sentia de mãos completamente atadas naquele momento, o pavor lhe dominava, porém não consegui impedir Rafaella de realizar o que tinha em sua mente.
– Cabeçuda, você tem certeza? – Perguntou aflita.
– Esse barulho está me incomodando, Manu. Preciso ver o que é isso.
– Deve ser algum animal, pare de frescura. – Manu pediu.
– Vá para seu trailer com sua namorada e se divirta, tudo bem? Eu só vou dar uma olhada pelo perímetro.
– Já está escuro, Rafa. – Manu insistiu.
– Eu sei, não é como se eu corresse algum perigo, não acha? Todos os homens estão mortos.
– Acho. Não são só homens que proporcionam perigo. – Rafaella suspirou e lhe fitou.
– Estou armada. – Disse convicta. – Só tenho essa impressão há uma semana, desde que chegamos aqui, de que estou sendo observada. Não gosto disso. – Informou. – Seja lá o que for isso, está roubando nossa comida.
– Por que não vai para o seu trailer? Transe bastante com a Bianca e amanhã estará calma como nunca.
Rafaella suspirou.
– Não tenho relações com ela há três semanas. – Informou – Não me sinto cômoda perto dela, ela é muito... – Rafaella tentou encontrar alguma palavra para descrever o que pensava, porém não achou. – Ela não é para mim.
– Mas o sexo não é bom? – Manu indagou.
– Sinto mais prazer me masturbando, se for para ser sincera. – Rafaella disse, olhando em volta. – Ela é uma garota bacana, só não é para mim.
– Rafaella, não temos muitas opções hoje em dia. – Manu afirmou. – Todo mundo foi pareado. Só não ficou junto as que realmente são heterossexuais, igual a Marcella.
– Ou as que não deram certo. – Rafaella completou. – E eu não dou certo com ela.
– Está disposta a passar o resto de seus dias se masturbando? – Manu perguntou e Rafaella assentiu.
– Já pensei nisso. É um risco que correrei. Talvez eu encontre outra que não quis ficar com seu par. – Rafaella disse, abrindo a porta do trailer científico, que é onde realizavam seus experimentos.
– Boa sorte, então. – Manu disse, dando-se por vencida. – Por sorte Ana e eu nos apaixonamos.
– É, por sorte. – Rafaella disse, feliz por suas amigas. – Nos vemos amanhã. – Finalizou, começando a caminhar, entrando na mata alguns segundos depois. O mais engraçado era que onde seus trailers estavam era uma área seca, cheia de rachaduras, porém, ao redor era repleto de matos compridos, que alcançavam quase dois metros de altura.
Ela não levou lanterna, sentia que isso despistaria qualquer coisa que a estivesse seguindo, contudo, seus olhos e ouvidos estavam bem atentos a qualquer ruído.
Foi exatamente por isso que viu o mato começar a fazer barulho, como se algo corresse por ele para longe dela. Rafaella começou a correr atrás do ruído, percebendo que não era algo, senão alguém.
– Heey, pare! – Gritou, correndo na direção da garota. A única coisa que conseguia ver era os longos cabelos ondulados e pretos ou castanhos escuros, não sabia distinguir diante da escuridão. – Estou armada, pare agora ou eu atiro. – Berrou, vendo o corpo parar e erguer as mãos ao alto.
– Por favor, não atire. – Ouviu a voz suplicar e a garota se virar para ela. Ela pôde ver que era uma garota, dona de uma voz grave e rouca.
A única coisa que pensava enquanto se aproximava era: O que alguém fazia ali, no meio do nada?
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Acho que volto com mais um.
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O último pênis - Girafa
FanfictionQuando, por algum motivo misterioso, todos os homens são infectados por um vírus fatal, só restam mulheres no mundo. Os poucos homens que sobreviveram ficaram definhando, o que levou as mulheres a matarem cada um deles para evitar o sofrimento. Cont...