Quatorze

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– Por que vocês jogam um isqueiro em cada corpo? – Gizelly perguntou confusa. – Já ouviu a palavra fósforo ou é só porque não tem com o que gastar dinheiro mesmo? – Rafaella a olhou e negou com a cabeça.

– No isqueiro tem gás. Ajuda a pegar mais fogo do que um fósforo. – Rafaella respondeu e Gizelly expressou um "oh."

– Estão fazendo um ótimo trabalho pelas redondezas. – Gizelly disse, checando o traseiro de Rafaella enquanto ela se inclinava sobre a bancada velha para ver se não tinha mais nenhum corpo atrás dela. – Bela visão. – Gizelly disse e Rafaella a olhou de olhos franzidos. – Eu me referia ao pôr do sol que tem daqui.

– Ahan, se... Ah! – Ela gritou ao sentir a madeira podre quebrar e seu corpo afundar na mesma, tendo escombros de madeira caindo sobre todo seu corpo juntamente com vidros que estava sobre o lugar.

– Droga! – Gizelly resmungou, correndo para onde a garota estava e a ajudando a se livrar das coisas que estavam em cima dela.

– Estou presa. – Rafaella reclamou, vendo que um tronco de madeira prendia seu pé contra a parede. – O que um tronco de madeira fazia em cima de um balcão?

– A maioria das pessoas que moravam por aqui viviam cortando lenha. –  Gizelly avisou, fazendo uma força extra para levantar aquilo. – Vem...

– Pode me fazer um favor? – Rafaella indagou, respirando com dificuldade devido ao cheiro do fogo consumindo o corpo há alguns metros dela. – Chama as meninas para mim? Meu tornozelo está doendo, não sei se vou conseguir pisar.

– Não vou te deixar aqui respirando isso. – Gizelly disse, se abaixando e erguendo Rafaella no colo.

– Hey, o que está fazendo? – Rafaella perguntou, sentindo o cheiro de seu próprio sabonete impregnado no pescoço de Gizelly. – Isso aqui não é filme, não é tão simples carregar outra pessoa no colo.

– Olha que interessante, eu estou fazendo isso. – Gizelly disse sorrindo, caminhando até a saída do local.

– Você vai ficar cansada, não precisa. – Rafaella disse, inalando novamente o ar fresco do lado de fora e Gizelly voltou a sorrir, olhando para Rafaella de uma forma doce.

– Eu estou acostumada a me pendurar nos galhos das árvores, se sustento meu próprio corpo com os braços, consigo te carregar. – Gizelly disse, vendo a visão de Rafaella presa aos seus lábios enquanto ela falava.

– Bem, então obrigada. – Rafaella disse, enlaçando seus braços no pescoço de Gizelly para ficar mais fácil para a garota lhe carregar.

– Poderia me agradecer cedendo a cama hoje. – Gizelly disse rindo, causando um sorriso instantâneo no rosto de Rafaella.

– Nem pensar, Supergirl, eu ganhei o direito dela em uma corrida honesta e justa. – Rafaella disse rindo, vendo Gizelly assentir enquanto caminhava para o trailer.

– Tem toda a razão, mas uma garota pode sonhar. – Gizelly disse, andando devagar para não machucar mais o tornozelo de Rafaella conforme o alto matagal esbarrava nas duas.

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Talvez eu volte com mais um...

O último pênis - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora