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Gv...

Só quero saber quem é o filho da puta que resolveu invadir meu morro hoje, logo hj que eu tava de planos de curtir de boa.

Mas seja lá quem for, eu vou mostrar como é que o bagulho funciona comigo.

Quatro: chefe o bagulho tá tenso lá pra baixo, tu vai botar a cara?

- o cú que não é né porra, não faz pergunta idiota - me estresso muito com esses mané.

Quatro: pô patrão foi mal. - ele coça a cabeça.

- tira a Luana daqui - falo atravessando a bandoleira do fuzil nas costas, destravo e fico em posição.

Bolinha:  porra...- ele resmunga passando a mão no rosto olhando preocupado para a madu.

Ret: aí Gv noix tamo junto nessa porra, nos ajuda tu em qualquer parada só tu falar o que a gente precisa fazer. - Ret fala colocando a mão na cintura certeza ele tem uma arma.

- porra mano não quero enfiar você nesse meio não Jaé? Esse b.o é meu - dou um tapinha nas costas dele.

Grego: olha papo tá emocionante e pá, mas noix precisa tomar uma decisão rápida.  - encaro e concordo.

Quatro: os moleque tá aqui tiw passando a visão de que eles tão cercando as bocas principais. - ele fala segurando o radinho nas mão com os dedos cheios de anéis.

- qual é a desses filho da puta? - passo a mão no rosto ficando puto já.

Seguro Luana pelo braço colo ela em mim pra não ter perigo dela se machucar, os moleque monta uma contenção pra noix, e outra pro Ret mais a Ana, bolinha e quatro vem mais atrás protegendo o grego mais a Luana, a Bruna e a maduh.

- acha o Marcelo Souza, agora. - ordeno e ele assente e sai com a Luiza.

Luiza: cuidado Gv pelo amor de Deus.

- vai logo pretinha. - ela joga beijo pedindo a Deus para mim proteger, vejo só ela sumindo correndo com o Souza protegendo ela.

Aqui a visão já tá dada, se tá comigo tem que fazer a merma coisa que eu faço, eu entro na frente da bala pra proteger minha família e meus soldados fazem a mesma coisa, não é certo eles morrem para salvar minha família ou até mesmo minha pele, mas eles são tão fiéis que fazem isso, e nem é tanto por eu pedi e sim um bagulho deles mesmo por respeito a minha pessoa.

Tô ligado que o mano Ret e grego tá de boa vontade e que eles tem sangue nos olhos igual eu e não tem medo de pular na frente da bala pra proteger os irmãos, mas pô, b.o meu é b.o meu! não posso colocar meus manos em perigo, eles tem a família deles, não quero ser responsável por nada, então é melhor tirar eles daqui em segurança enquanto é tempo.

Bolinha: caralho porra cuidado - ele grita e eu desvio de um tiro.

Luana me olha assustada e eu respiro fundo.

Caço o doente que tentou me acertar, acho ele atrás do muro recarregando a arma, faço sinal pra galera ir e me posiciono para meter bala nesse otário.

Não deu outra, acertei mão dele fazendo ele deixar a arma cair, aproveitei que ele está ferido e só dei uma na cabeça dele.

Luana: Gustavo... - sua voz baixa e falha entra pelos meus ouvidos me fazendo voltar os olhos pra ela e tentar me manter calmo.

Ret: acho bom nos meter o pé pra um lugar seguro. - ele fala e eu lembro de um barraco meu que tem um esconderijo, antes do meu pai passar o comando pra mim, quando tinha invasões ele levava eu e minha mãe pra lá pra gente se esconder até a invasão acabar.

- tem um esconderijo num dos meus barraco pow, bora pra lá.- digo levando todo mundo comigo.

Ret e grego tava na ação metendo bala e todos que aparecia, por sou muito grato por esses manos, são poucos que estão para somar, tem vários aí ó que é só um bando de papagaio.

Luana entra mais as outras meninas, e a Madu, Bruna abraça Maduh e senta no canto.

Olho para Luana e seguro o rosto dela.

- se cuida aí minha pequena valente - digo me lembrando do filme valente onde tem a Merida.

Lua: se cuida Gv por favor, não vai morrer pq se não eu mato você.

- que lombra é essa maluca, onde já se viu matar quem já morreu.

Ela me olha nos olhos, sorrio tentando deixar ela tranquila.

Lua: você promete que vai voltar? - ela pergunta me abraçando pela cintura.

- eu sempre volto ruivinha- beijo a cabeça dela sentindo o cheiro do seu shampoo.

Encaro Ret do outro lado da sala conversando com a Muié dele.

- te amo.

Lua: eu também te amo meu velhinho - dou uma risada e chamo o bolinha mais o quatro.

Ret: mano deixa eu ir com você porra.

Encaro ele nos olhos e nego.

- fica aí pra tu cuidar delas, não vou dá um vacilo de deixar só as meninas sozinha.

Ret: o Grego fica com elas Gv .

- vocês que sabe caralho, só quero saber que um fica!

Ret: então tu fica Grego

Grego: tá de sacanagem pq eu?

- se tu falar mais alguma coisa eu quebro tua cara

Rosno sem paciência, porra alguém fala pra esses cuzão que tá rolando invasão, porra parece criança disputando quem vai quem fica.

Ret bate a porta do esconderijo, a gente arrasta os móveis colocando na frente, só se a pessoa tiver pacto com o diabo para descobrir essa porra, em todos esses anos ninguém descobriu, fé que vai dá certo.

Vou botando a cara junto com minha tropa, eu e Ret do lado, porra é noix.

Retiro o radinho da cintura e passo a visão pra todos.

- seja lá quem for que estiver invadindo meu morro eu quero a cabeça desse filho da puta, da o salve que eu tô colando na minha pior versão, não mandei ninguém mexer comigo, agora aguenta essa porra, teve cú de fazer vai ter que ter pra assumir - levanto o fuzil pra cima com o dedo no gatilho - BEM-VINDO AO INFERNO CARALHO - atiro várias vezes pra cima, guardo o radinho na cintura e vou descendo bala em quem eu visse que não era dos meus.

Eu só tô louco pra uma coisa.

Bater de frente com o doido que invadiu meu morro.

Tô maluco para fazer uma cobrança da hora, será a pior de todas para servir de exemplo.

Sou mó gente boa, mas não mexe comigo ou com quem eu amo, viro o demônio, o capeta, seja o que for.

O que é meu ninguém toca!

︵✰o noѕѕo pra ѕeмpre︵✰ ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora