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Bônus...

Kate...

Tomo um banho, escolho uma lingerie branca, um conjunto de cropped e mini saia, não tão curta assim pq eu já estou bem velhinha pra tá usando roupa quase mostrando a bunda, mas eu confesso que amo essas roupas de piriguete, me lembra os tempos de juventude que eu era o terror puro não nego.

Passo meu creme hidratante pelas pernas, penteio meu cabelo curtinho, borrifo um pouco de perfume no pescoço e espalho.

Observo atentamente meu rosto no espelho e por incrível que pareça eu me acho bonita hoje, não é todos os dias que eu acordo com esse espírito de autoestima elevada, depois do relacionamento tóxico com o ícaro eu me achava feia, porque realmente eu era feia.

Ele não me deixava arrumar, e nem usar as roupas que gosto aquilo me matava por dentro, mas eu acatava a todas as suas ordens pq sabia que se eu ignorasse era mais um motivo pra ser humilhada.

Tenho várias tatuagens e piercing, as tatuagens que eu fiz quase todas tem significado, casa vez que eu estava em momento ruim da minha vida eu ia lá e fazia uma tatuagem para me sentir bem, e com os piercing não é diferente, gosto desses metais pois me deixa linda e me faz sentir na pele que eu sou gata, linda e maravilhosa, todas essas coisas eu faço para me sentir bem comigo mesmo, é um ato de liberdade poder fazer o que eu quero com meu próprio corpo, uma coisa que antes eu nem sabia o que significava.

Calço uma rasteirinha, pego uma bolsinha coloco meus pertences e saio de casa para ir na boca ver meu filhote preciso ter uma conversa com ele.

No caminho vários moradores falam comigo e eu até paro para responder, eu gosto de ser gentil com as pessoas, só não consigo tolerar essas piranha aí que acha que tenho medo de cara feia.

Chego na boca principal e a primeira pessoa que vejo e o bolinha sub dono do morro, o braço direito do meu filho Gustavo.

Bolinha: solta a voz tia - ele desce da lage e vem até mim. - suave tia, o que tá pegando?

- o Gustavo tá aí, preciso falar com ele.- digo reparando nos rapazes cuidando do perímetro da boca.

Bolinha: pô tia patrão tá no corre, ele vai pra angra ta sabendo não? - ele pergunta cruzando os braços pra trás soltando o fuzil.

Encaro o rapaz moreno na minha frente, sem camisa de bermuda e com um fuzil e uma pistola, tão lindo e nessa vida, a mesma coisa eu penso do Gustavo, podia ter tido uma vida melhor hoje mais preferiu o mundo do tráfico, eu não sou orgulhosa disso mas infelizmente foi a vida que eles escolheram.

- o Gustavo não me falou disso - revelo e o bolinha me olha. - mas não precisa ser só ele não, acho que você também pode me ajudar.

Bolinha: se estiver no meu alcance pode ter certeza, tu sabe que você é nosso amor né.

- eu bem sei mesmo - falo passando a mão pelo pescoço. - então eu tô precisando de um lugar grande  Quero vê se faço um empreendimento por aqui.

Bolinha: e que tamanho tu gostaria pow?

- um espaço que cabe no máximo trinta pessoas, não precisa ser exagerado.

Ele coça o peito pensando

Bolinha: ué tia do jeito que tu disse eu me lembrei de um lugar aí que tá abandonado faz cotas, acho que era o antigo armazenamento das cargas de drogas, tem vários bagulho lá que é do corre só tirar tá ligada?

- ótimo você tem a chave de lá ?

Bolinha: claro que tenho tia, só marca o dia que cê quer ir lá que eu te levo.

︵✰o noѕѕo pra ѕeмpre︵✰ ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora