Filha do Sol e do Mar__FANFIC: Link x Leitora (BOTW)

52 - EXTINGUIR A ESCURIDÃO

POV: LINK

Tinha que funcionar!

Não falharíamos!

A mão da Zelda estava gelada em contato com a minha e ela apertava o passo para me acompanhar. Sua respiração estava descompassada, mas os olhos focados, e era isso que nos salvaria.

Mais uma vez havia deixado a (s/n) para trás.

Quando a tinha visto saltando das costas do dragão esmeralda, que deveria ter levado ela para um local seguro, e se jogando contra o Ganon, meu coração quase parou. E o modo como o dragão a havia aparado e arremessado seu corpo novamente, fez meu estomago revirar, e avancei pelas linhas de defesa antes que tivesse percebido. E minha imprudência havia destruído a Master Sword, mas que se dane. O Ganon tinha se afastado dela, e era tudo o que importava.

Distração saindo. Fechei os olhos com força, lembrando de suas palavras. Ela iria me matar qualquer dia desses, se não se matasse antes.

— Link! — Zelda deu um breve puxão em minha mão e eu vi o que a preocupou, hordas e mais hordas de monstros marchavam pelos terrenos adjacentes ao Castelo.

— Não é nossa prioridade. — Dei um solavanco e ela quase caiu no chão, mas firmou o corpo novamente e continuou correndo.

— Isso não vai funcionar. — Ela disse, pessimista. — A Master Sword era a única arma que poderia selar a escuridão.

— Não. — Diminui o passo e abaixei um instante e esperei que ela fizesse o mesmo. — O poder que corre em suas veias é o que sela a escuridão. Você fez isso por cem anos. — Ela ia retrucar, mas a impedi. — Mas ao invés de selar, você precisa extinguir a escuridão, Zelda.

— Parece um plano com você falando desse jeito.

Ela tocou as costas da mão direita e seu olhar inquieto se prendia no pandemônio que acontecia na praça do Castelo de Hyrule. Também olhei. Tentei diferenciar a pele beijada pelo sol de (s/n), seus cabelos turquesas, ou ainda o dragão que ela montava, mas era impossível diferenciar alguma coisa, quando massas brutas de escamas, espinhos e chifres realizavam uma dança nauseante no ar e em solo firme.

— Me dê a sua mão, princesa. — Ela esticou a mão e entreguei o tridente que havia pegado emprestado com a (s/n). — Concentre seu poder nele. Não muito, apenas o suficiente para criar uma fissura.

— Eu consigo. — Ela sussurrou mais para si mesma do que para mim.

E como eu havia suspeitado, o metal do Reino dos Dragões era superior ao nosso, ele era embebido por magia e o poder da Zelda penetrou nas ranhuras do cabo até os três dentes cerrados que se projetavam.

Pude sentir a mesma sensação da Master Sword naquele tridente. Sorri para a Zelda, que estava radiante com o seu feito.

— Hora de voltar.