Na farmácia, a querida e amada Marli atendia as pessoas com toda a sua simpatia. Ela era realmente uma pessoa incrivelmente doce e cativava todos à sua volta, e estava vivendo uma vida que sempre sonhou, em paz. Além de estar rodeada por tantas pessoas queridas, ela podia finalmente usar seu jaleco com "farmacêutica" escrito nele e chegar em casa cansada, após um longo dia de trabalho em pé. Marli era profundamente grata por tudo que havia acontecido no passado, que a levou até aquele momento.
O lugar estava maior do que quando começaram. A clientela fiel havia crescido tanto que foi preciso reformar e expandir a farmácia, comprando até a casa ao lado. Marli e Micael formavam uma excelente dupla em muitos aspectos, mas se destacavam especialmente na gestão do negócio, eram parceiros organizados e eficientes. De longe, Micael, um senhor de aparência jovem, organizava algumas caixas nas prateleiras enquanto ouvia Marli conversar com uma senhora, um pouco teimosa, como todos os idosos daquela idade.
Micael já havia perdido as contas de quanto tempo fazia que conhecia Marli. Obviamente, era desde a época em que eram adolescentes imaturos e ele era imensamente grato por tê-la reencontrado na vida adulta, agora com ambos formando suas próprias famílias, que, de certa forma, se tornaram uma só. Apesar de não ser uma família tão comum, ele se sentia mais feliz do que jamais imaginou merecer, especialmente depois de tudo que havia enfrentado na vida.
— Pode comprar esse aqui, garanto que esse suplemento é o melhor do mercado. — Marli finalmente passou o suplemento no caixa, enquanto a senhora ainda fazia perguntas.
A idosa ficou convencida após Marli contar que sua mãe também usava o produto.
— Caso não seja bom, posso pegar o dinheiro de volta? — perguntou a idosa.
Marli sorriu, e de longe, Micael deu um sorriso discreto.
— Claro, pode vir aqui. — A farmacêutica entregou a nota e sorriu.
Micael terminou de arrumar as caixas e seguiu para o depósito ao ver que Mali havia mesmo convencido a idosa. Logo, Bruno chegou após fazer algumas entregas, o rapaz trabalhava durante o dia na farmácia e à noite ia para a faculdade junto com sua namorada, mas quando não tinha aula ele trabalhava até a noite. Dani também trabalhava na farmácia, mas havia conseguido um estágio remunerado em uma grande escola, o que a fez dedicar-se mais à sua formação, deixando Bruno sentindo sua falta.
Bruno entrou no depósito, onde Micael anotava mais alguns pedidos pois alguns medicamentos saíam mais rápido do que chegavam. O padrasto notou o rapaz entrando, e Bruno logo apertou seu ombro como cumprimento.
— Tem dias que passo mais tempo nas entregas do que te ajudando aqui no depósito, senhor gerente. — Bruno comentou, sentando-se um pouco.
Micael sorriu, negando com a cabeça.
— Tudo bem, garoto, fazer entregas é cansativo. Quando você machucou a perna e eu tive que assumir suas entregas, orei muito pela sua recuperação, durante o dia é um movimento pesado, graças a Deus!— Micael sorriu, fazendo o rapaz ao seu lado bufar.
Bruno logo pegou uma prancheta para ajuda-lo e o homem pausou sua escrita.
—Planejei levar sua mãe para sair hoje, é uma data importante para nós, mas não se é melhor levar ela para sair ou eu cozinhar e fazer algo romântico em casa. —Micael questionou. —O que acha?
Bruno parou de escrever e pensou por algum tempo, eles tinham uma relação de mão dupla quando o assunto era se ajudarem em seus relacionamentos para que tudo corresse bem.
—Sair para jantar é algo bem legal, mas você cozinhar e montar uma mesa bem bonita é romântico e você sabe que mainha ama romantismo! —Bruno foi sincero conhecendo sua mãe. —Mas teria que sair agora para arrumar tudo, ainda são seis e pouca e só fechamos as dez.
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Mais que suficiente, amor.
RomanceAtenção leitores: Esse é o segundo livro da duologia suficiente, para entender a historia, leia o primeiro livro: Quase suficiente, amor. S2 Distância, no...