Dezembro era o mês da nostalgia, onde as pessoas costumavam a recordar do ano que passou, mas na vida da Sol e do Vicente as coisas ainda estavam acontecendo, naquele mês, ou melhor, naquele dia aconteceria o tão esperado casamento dos jovens que venceram todas barreiras para o relacionamento dar certo, eles que se conheceram aos dezoito anos quando moravam um em cada ponta do país e o amor assim nasceu. Eles que provaram para todo mundo que existe o amor da sua vida, o amor para sua vida e o amor que consegue ser as duas coisas ao mesmo tempo, não importa quanto tempo passe e como suas vidas mudem, talvez Bruno tivesse razão sobre a linha vermelha do destino, aquela lenda onde diz que que aqueles que são ligados pelos deuses por essa linha, estão destinados a ficarem juntos, independente da hora, do local ou das circunstâncias.
Sendo real ou não, de fato Sol e Vicente tinham uma conexão além do entendimento, esse fio as vezes se emaranhou, até se esticou do Brasil até a Inglaterra por anos, mas nunca se quebrou. Eles buscaram incansavelmente o tão sonhado final feliz, deixaram o orgulho de lado e nunca mais se afastaram porque no final das contas eles sabiam que não seria possível amar outras pessoas. Eles se reencontraram, namoraram, casaram e se tornaram pais, tudo isso tão rápido como seu coração mandou, afinal eles tinham perdido tanto tempo no passado...
Após muito planejamento, era um desejo em comum do casal poder dar uma festa de casamento agora que Lucca estava em seus braços, em meio a vida agitada de pais, o casal que ainda estava afastado de suas atividades como físico e patinadora, se dividiram em apreciar o crescimento do Lucca agora com quase oito meses e planejar um casamento dos sonhos na igreja, ou melhor, na igreja mais bonita que ambos conheciam.
Um casamento no Nordeste foi uma ideia que pegou as família de surpresa, porém uma surpresa maravilhosa, afinal eram férias coletivas por alguns dias para curtir um dos lugares mais bonitos do Nordeste. O mês foi selecionado a dedo, afinal eram férias escolares, férias universitárias, para os autônomos era um bom momento para descansar após o ano de trabalho e para as pessoas que não poderiam folgar, ah, eles deram um jeitinho.
Miguel abriu as portas da sua nova e grande casa para acomodar parte das pessoas mais próximas como os noivos e a família da noiva, Marli e sua família alugaram um apart-hotel para que pudessem ficar mais à vontade, Joaquim e Juliana estavam hospedados na casa da Mariana e outros convidados ficaram no hotel Hill gratuitamente, podendo assim só se preocupar com as passagens aéreas. Tudo isso havia sido planejado pelo casal que visou o conforto das pessoas que puderam ir, e para a alegria deles, pouquíssimas pessoas não puderam.
O casamento aconteceria naquela tarde, o dia estava ensolarado, o céu azul vibrante contrastando com a majestosa fachada da Catedral Metropolitana de Fortaleza que atraia olhares maravilhados. A imponente estrutura no coração da cidade, com suas torres altas e vitrais coloridos que reluziam a luz do sol, criava um espetáculo de cores.
Diferente do casamento civil feito as pressas mesmo assim ainda magnifico por esforço das mães, o casamento religioso ficou completamente sob responsabilidade dos noivos, bem como a escolha de tudo desde convites, comidas, e cores, havia se tornado um casamento modesto e elegante, fora o casal apenas Sofia fez parte do planejamento porque obviamente desenhou o vestido da sua irmã exatamente como a noiva sonhava.
As orquídeas brancas usadas em casamentos simbolizavam o amor verdadeiro e duradouro, então elas foram usadas na decoração da igreja e do salão de festas. Ao entrar na catedral era possível sentir o cheiro suave das orquídeas frescas, corredor central estava elegantemente decorado de flores em tons de branco, intercalados com folhagens exuberantes, o caminho até o altar o piso era espelhado, e iluminado. A catedral era originalmente um lugar belíssimo, por si só trazia um elegância ao momento com seus vitrais coloridos que eram uma obra de arte, mas eles foram complementados com a iluminação indireta que destacava suas cores vibrantes e desenhos detalhados.
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Mais que suficiente, amor.
RomanceAtenção leitores: Esse é o segundo livro da duologia suficiente, para entender a historia, leia o primeiro livro: Quase suficiente, amor. S2 Distância, no...