Sol acordou cedo para arrumar a casa. Ela cantarolava enquanto varria, e Sofia gravava a irmã em seu momento mais aleatório e feliz. A patinadora deixou que a filmasse, e as duas sorriam juntas. Sofia se sentia aliviada ao ver sua irmã tão bem, afinal, sempre foi a presidente do fã-clube daquele casal.
— É uma pena que a Tina não está mais aqui. Foi tudo tão rápido que mal saímos juntas, ela é tão legal! — Sofia sentou-se no sofá, e Sol fez o mesmo ao seu lado.
— Sim, o plano dela era ficar mais tempo, mas o pai foi hospitalizado novamente por causa de problemas renais, então ela teve que voltar para Portugal às pressas — Sol observou o apartamento arrumado e sentiu o cansaço. — Por que você não fica para o feriado das meninas?
Sol havia marcado com Juliana para passarem o feriado juntas e colocarem o papo em dia, e queria que Sofia fosse também, mas a moça tinha outros planos.
— Não posso, combinei de ir a uma boate com a Yuna. — A menina sorriu e dançou.
— Cuidado com a vida, estou de olho em você. — Sol a encarou, mas Sofia fez pouco caso. — O Cris viajou para o jogo mesmo? —Sofia assentiu.
Cristian estava ganhando cada vez mais destaque no futebol, e seu time, embora pequeno, viajava com frequência, o que fazia Charles o acompanhar.
— Sim, e o pai foi junto. — Sofia explicou e arqueou a sobrancelha, lembrando de algo — Estou com uma coisa na cabeça... Você reparou que na sua festa o Júnior e a Tina estavam na mesma mesa durante toda a festa e foram embora juntos?
Sol fez uma expressão surpresa, ela realmente não sabia disso.
— Não sabia... — A patinadora sorriu. — Talvez tenha sido uma carona.
Sofia negou com o dedo indicador.
— Ela postou uma foto tomando café da manhã, e a localização era no hotel Hill. Pouco depois, o Júnior postou uma foto tomando café com a Liz no mesmo lugar. — Sofia explicou, e Sol riu.
— Você é detetive? Eu que indiquei o hotel para ela, e o Júnior toma café da manhã com a Liz lá todos os dias. — Sol explicou. — Você é a rainha dos casais, por que não pensa um pouco em você, gata?
Sofia revirou os olhos e negou.
— Não tenho sorte, você sabe. E... garotos são... — Sofia ficou séria e se calou, sem dar explicações.
Sol segurou a mão da irmã e brincou com seus vários anéis.
— Sabe que pode amar quem quiser, né? — Sol sussurrou. — Quer conversar sobre isso?
A moça de cabelos cacheados negou com a cabeça, e Sol sorriu, entendendo o que estava acontecendo, ela não insistiu.
— Preciso ir agora, mas obrigada pelo almoço. Ah, e não esquece que a vó quer fazer suas roupas de competição como sempre. Mesmo que a memória dela esteja ruim, você anota que eu a ajudo.
Sofia levantou-se do sofá e abraçou Sol, que estava cansada demais para se levantar naquele momento.
— Certo, conversarei com a mãe sobre isso. — Sol acenou quando a menina pegou sua mochila. — Te amo, Sofi.
A menina sorriu de longe e acenou.
—Também te amo irmã. E ah, eu gosto de garotos só para saber, apenas são muito complicados. —Sofia fechou a porta e Sol sorriu ainda jogada no sofá.
Sol sorriu após a saída de Sofia e, de longe, observou uma foto que havia revelado de Vicente e colocado ao lado da televisão. Ela sentia saudades e lamentou por não estar com ele, mas sabia que ele estava trabalhando, mesmo em pleno feriado.
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Mais que suficiente, amor.
RomanceAtenção leitores: Esse é o segundo livro da duologia suficiente, para entender a historia, leia o primeiro livro: Quase suficiente, amor. S2 Distância, no...