Quando a gente pensa em um determinado tempo passando, normalmente imaginamos que muita coisa mudou drasticamente e algumas coisas até podem mudar mesmo, afinal cinco anos são basicamente 1.826 dias completos na vida das pessoas.
Pensar em como tudo começou trazia muita nostalgia, afinal eram adolescentes imaturos descobrindo sobre a vida e sobre o amor, eles estavam se tornando adultos e em meio a vidas caóticas se encontraram como se tivesse tudo escrito para acontecer, em uma noite após uma solicitação de amizade enviada em um aplicativo novo no mercado, eles se conheceram e dali por diante muitas pessoas também se conheceram. Sorrisos, lagrimas, ganhos, perdas, nascimentos, mortes, encontros e desencontros, beijos, abraços, nascimento de paixões, casamentos, separação e superação, todos passaram por isso em algum momento ou passariam, essa era a vida em seus dias mais normais.
Cinco anos se passaram, os adultos estavam mais adultos , os adolescentes agora eram adultos e as crianças estavam crescendo a todo vapor, aqueles jovens adultos já estavam na casa dos trinta anos, Sofia já era uma estilista adulta e namorava há anos com Caio, Cristian já estava de maior, jogava em um time de futebol em Portugal na categoria sub-20 e era a saudade diária da sua família, Liz uma pré-adolescente com treze anos que amava dançar na frente do espelho e era louca por sua família, ela seguia em uma luta intensa para que Tina e Junior a darem um irmão, afinal eles já eram casados e a escolinha de futebol de Tina deu muito certo em São Paulo, e Lucca agora com sete anos já não gostava de ser chamado de bebê por seus pais, ele era bom em matemática e sonhava em ser físico como seu pai um dia.
Muitas coisas aconteceram naquele tempo além das pessoas ficarem mais velhas, coisas boas e algumas nem tanto, mas eles ainda eram uma grande família.
Sol seguia sendo uma das melhores patinadoras do país, além dos jogos panamericanos participou das olimpíadas anos depois e trouxe outro para o Brasil, o que a fez chorar em rede nacional e até Lucca apareceu na televisão e gritou que sua mãe era a melhor patinadora do mundo. Agora aos trinta e poucos anos havia se aposentado das pistas e estava se dedicando a ser uma treinadora de renome, afinal sua academia já havia se estendido para o Rio De Janeiro e em mais dois lugares do estado de São Paulo, afinal ser treinado por Sol Seifer era ouro na certa. Também tiveram momentos difíceis e que assustou sua família, como quando a patinadora sofreu um leve acidente de carro por imprudência de outro motorista e quebrou o braço, mesmo sem precisar de cirurgia por ser uma fratura simples ela ficou um bom tempo usando gesso e recebendo ajuda das pessoas ao seu redor.
Vicente agora era um mestre em astrofísica e uma das pessoas mais inteligentes em sua área, sua vida não havia mudado tanto assim, afinal ele cultivava suas paixões sem modificá-las, o rapaz seguia trabalhando no observatório como tanto amava, mas agora em uma patente maior claro, além de pesquisador, ele havia se tornado o coordenador de pesquisas e supervisionava as atividades de pesquisa, colaborações e projetos científicos de muitas pessoas. Seus artigos eram constantemente discutidos mundo a fora, o que o fazia viajar bastante e até aprender o básico de francês para algumas aulas que ministrou em uma universidade em Paris, poucos anos atrás havia começado seu tão sonhado doutorado.
Eles seguiam sendo um casal grudado e inseparável não importava o quanto poderiam discutir ou se Vicente dormia algumas noites no quarto do seu filho, eles logo se resolviam. A família se mudou do apartamento para uma casa mediana e confortável, com um gramado grande e um ótimo ponto para Vicente observar as estrelas na varanda do seu quarto, a casa tinha um quarto exclusivo para brinquedos, uma cozinha grande que era perfeita para aquela família e uma piscina. Lucca com sete anos tinha parte da personalidade da sua mãe, ele crescia falante, curioso e energético o que o deu cinco pontos no joelho anos atrás e seus pais testaram a força dos seus corações, ele tinha cabelos cacheados como seu pai e escuros como o da sua mãe, havia perdido quase todos os dentes de leite e os arrancava em casa, afinal odiava ir ao dentista. Ele era um ótimo aluno, dizia querer ser um físico como seu pai e em matemática ele era o melhor da turma, a única reclamação vinda da sua professora era que o garotinho conversava demais.
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Mais que suficiente, amor.
RomanceAtenção leitores: Esse é o segundo livro da duologia suficiente, para entender a historia, leia o primeiro livro: Quase suficiente, amor. S2 Distância, no...