Aviso para meus queridos leitores:
Algumas informações, especialmente relacionadas ao funcionamento da Confederação de Patinação artística, foram adaptadas para atender à narrativa e à construção dos personagens. Embora tenham sido feitas muitas pesquisas e estudos sobre, nem todos os detalhes seguem fielmente as normas e práticas reais da organização. Peço que os leitores compreendam que essa liberdade criativa faz parte da experiência de leitura.
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Em meio a tudo o que estava acontecendo em sua vida, Sol continuava sendo uma grande atleta em sua área. Seus feitos no Brasil e no exterior nunca eram esquecidos, especialmente pelas pessoas ligadas à patinação artística e pelos novatos que a tinham como inspiração. A eterna "menina das fitas coloridas", agora adulta, carregava uma grande bagagem em sua trajetória. Ela colecionava títulos, troféus, destaque nacional e internacional e, claro, um grande e inegável talento, o que a colocava na lista das melhores atletas de sua geração.
Sol tinha todos os pré-requisitos para que a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação a visse como uma promessa para projetos maiores, mas ela preferiu cumprir seus principais objetivos primeiro. Mesmo levando algum tempo, aqueles que admiravam seu talento de longe esperaram pacientemente por seu tão esperado retorno.
Ela estava oficialmente na lista de brasileiras selecionadas para representar o país nos Jogos Pan-Americanos. No entanto, apesar de seu talento indiscutível, Sol ainda precisaria passar por uma espécie de apresentação que a classificaria oficialmente, e essa apresentação estava programada para o final do ano.
Mesmo tentando manter o foco na patinação, Sol estava ansiosa para aquela noite. As famílias se reuniriam na casa de sua avó para discutir o processo de adoção de Lucca. Como em um telefone sem fio, todos já sabiam e estavam em êxtase. Naquela tarde, após uma intensa sessão com seu fisioterapeuta e uma longa sessão de alongamento, ela ainda sentia um leve incômodo no joelho.
Vestida com um traje esportivo preto, seus patins brancos cintilavam sob as luzes da pista de patinação. A cada passo sobre as quatro rodas, Sol deslizava com confiança, tão leve quanto uma pena. Executava giros suaves e saltos com precisão, e ao saltar e girar no ar, parecia desafiar a gravidade, sem qualquer medo de voltar ao chão.
Sol havia escolhido o tema Lago dos Cisnes para sua apresentação nos Jogos Pan-Americanos. Ao som do clássico instrumental de Tchaikovsky, ela se movia em perfeita sintonia com a música que ecoava na academia. A cada nota, ela criava uma série original de movimentos deslumbrantes.
De longe, Nadja sorria, orgulhosa ao vê-la se desenvolver sozinha. Sol já tinha a confiança para escolher os temas de suas apresentações como uma treinadora experiente. As músicas eram sempre selecionadas com cuidado, e ela criava suas coreografias com maestria.
A treinadora aplaudiu quando Sol fez uma pausa para descansar, e a jovem sorriu de volta à distância.
— Ótima escolha para a grande apresentação, e o pessoal da confederação vai aprovar mas cuidado com essa descida, o impacto está muito forte ainda.— disse Nadja, seriamente. — esse joelho ainda me preocupa.
Sol enxugou o suor da testa e sorriu em sua direção, pegando uma garrafinha de água com seu nome.
— Calma, isso é só uma contusão, nada que eu já não tenha tido antes — respondeu Sol, confiante, com um sorriso. — Sei que estou ausente, mas quando tudo se resolver estarei de corpo e alma, me dividindo com a maternidade, claro.
Nadja sorriu realmente feliz por Sol, embora estivesse preocupada se ela conseguiria lidar com tudo ao mesmo tempo, diante de uma oportunidade tão grande.
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Mais que suficiente, amor.
רומנטיקהAtenção leitores: Esse é o segundo livro da duologia suficiente, para entender a historia, leia o primeiro livro: Quase suficiente, amor. S2 Distância, no...