Abrir o coração novamente foi a melhor coisa que poderia ter acontecido para Junior, após chegar de surpresa na Inglaterra e se declarar para Tina sem saber se seria correspondido ou não, eles nunca mais se separaram, quer dizer, não sentimentalmente, afinal eles ainda viviam entre o Brasil e a Inglaterra acumulando e gastando milhas aéreas.
Em dois anos muita coisa aconteceu mesmo que suas vida ainda fossem a mesma em uma grande rotina, Liz agora com seus oitos anos, dizia abertamente não ser mais uma criança e por sua esperteza, de fato era não era mais aquela menininha, mas uma moça que não precisava mais de ajuda para amarrar os cadarços e sabia pedir quando sentir vontade de levar flores para sua mãe.
Ela seguia se dividindo entre morar com seu pai, e passar alguns dias na casa dos seus padrinhos, afinal ela e Lucca tinham uma enorme conexão e amavam brincar juntos, ela até sugeriu que Lucca a chamasse de irmã e a criança aprendeu aquilo rapidamente, o que deixava Liz feliz. Ela há sabia ler e escrever, já tinha algumas preferencias como filmes de comedia, música pop e era fluente em inglês graças a Tina e sua escola bilingue. Liz amava comida japonesa como sua mãe, sua época preferida do ano era o Natal, trocou as aulas de patinação por aulas de futebol e as amava.
Liz crescia sendo a personificação da sua mãe, a energia vibrante, as danças engraçadas, o pavio curto e a voz alta quando estava empolgada. O que deixava Sol nostálgica e maravilhada como mesmo sem crescer com a mãe, ela era sua cópia na aparência e na personalidade. Sobre Cecilia ela sabia de tudo que sua idade permitia, talvez fosse muito cedo para contar como de fato aquela doença era grave e dolorosa, mas Liz sabia como tudo aconteceu e mesmo que a saudade não fosse alto pesada sem seu coração, ela conversava com Cecilia em suas orações noturnas e pediu que tudo que seu pai tivesse da sua mãe, fosse guardado em seu quarto.
Ela crescia sob muito amor e cuidado dos seus avós maternos, mesmo que ambos viajassem muito, sempre que estavam por perto, enchiam a única neta de amor e mimo, Liz adorava quando sua avó contava sobre sua mãe, e mostrava suas fotos, crescer amando Cecilia foi a melhor coisas que aquelas pessoas podiam ter feito por Liz, dessa forma ela não tinha dor em seu coração, mesmo que as vezes ao ser seus amigos e até mesmo Lucca, sentia vontade de ter alguém para chamar de mãe...
Junior com certeza era um dos melhores pais que as pessoas ao seu redor conheciam, e todos os dias ainda aprendia uma coisa nova com sua filha, realmente Liz sempre o ensinava alguma coisa nova, principalmente quando o seu tablet dava pane e por algum motivo ou graças a Joaquim, Liz sabia como fazê-lo voltar a vida. Falar que todos tinham se tornado uma grande família não era exagero, Junior era um padrinho babão para Lucca e amava levá-lo para aulas de futebol junto a Liz.
Com base Junior abriu seu coração mais uma vez, foi como se o sol tivesse retornado a uma parte sua que passou muito tempo no escuro. Reencontrar sentimentos como a paixão, o amor, o apego e o cuidado por alguém, trouxe um novo colorido a sua vida de uma forma que nunca imaginou, alguma parte daquele homem crescido sentiu mais vontade de viver a vida. Quando ele mal poderia esperar, aquele medo desapareceu do seu coração, levando embora a dor mesmo que as lembranças seguissem ali, obviamente. Mesmo que Tina deixasse claro não a incomodar, aos poucos ele guardou as milhares de fotos da Cecilia que tinha em seu escritório deixando apenas uma que estavam com Cecilia. Aos poucos ele encheu o lugar com fotos novas que mostravam o crescimento da filha, de momentos bons em família como no casamento da Sol e suas com Tina em momentos românticos.
Ele focou ainda mais em seu trabalho, com isso inaugurou mais um grande mercado da rede da sua família, fazia viagens de negócios de bate e volta para o Rio de Janeiro e até fez um curso de aperfeiçoamento sem sua área. Por conta da vida mais agitada, ele precisou de uma babá fixa para Liz, o que o deixou noites insones pensando se aquilo de alguma forma o deixaria longe da sua filha, mas após uma conversa franca com Liz e lagrimas derramadas por um pai apegado, Liz o falou: "Pai, eu não sou mais bebê, eu gosto muito da Fátima e ficarei bem enquanto viaja."
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Mais que suficiente, amor.
RomanceAtenção leitores: Esse é o segundo livro da duologia suficiente, para entender a historia, leia o primeiro livro: Quase suficiente, amor. S2 Distância, no...