O homem que estava sem revelar sua identidade caminha ao nosso redor nos rodeando, respiro fundo contendo minha vontade de sacar minha arma e mata-lo.
Mas eu não podia agir por impulso, os aliados dele estavam todos com armas em punho, apenas um sinal e éramos baleados.
Não podíamos voltar para dentro do carro, não ia dar tempo, um aperto no gatilho e uma bala certeira em um de nós dois poderia ser fatal, e eu tenho certeza que eles fariam questão de não errar o tiro.
__Por que não tira esse pano da cara? -meu irmão fala encarando o homem assim que o mesmo passa ao seu redor.
__Ah eu tirarei David, no momento certo -a máscara nos permitia ver apenas os olhos e sua boca que não parava de se formar em um sorriso.
__O que você quer em -pergunto o olhando sério.
__Você nunca deixou de ser corajoso em -vem em minha direção me analisando da cabeça aos pés- está tão mudado, tenta não mostrar o que sente mas aqui está uma bagunça não está? -diz colocando a mão no meu peito sinalizando meu coração.
__Você não me conhece, não sabe nada sobre mim -o meço de cima a baixo com desgosto retirando sua mão de mim.
__Pelo contrário, eu sei tudo sobre você -se inclina colocando o rosto ao lado da minha cabeça e sussurra em minha orelha- eu sempre te disse que o amor nos deixa fracos.
Eu paraliso, minhas mãos soam e meu coração dispara. Não pode ser.
David me olha preocupado sem saber o que fazer, ele não sabia o que estava acontecendo. Mas agora, eu sabia quem ele era e eu simplesmente não queria acreditar.
__Tudo o que você sabe hoje é por causa de mim e mesmo que me odeie, você deve gratidão ao seu papai filho -passa a mão em minha nuca em uma carícia horrorosa, ele era meu pior pesadelo reencarnado, eu não entendia, era pra ele estar morto.
__Se afasta dele! -empurra o homem que estava em minha frente para longe de mim- irmão -pega em meu rosto com as duas mãos me olhando nos olhos- o que tá acontecendo Noel, fala comigo.
As palavras não saiam, pareciam travadas em minha garganta.
O homem ri e finalmente retira a máscara de pano da cabeça se revelando ser quem eu suspeitava, John meu progenitor!
Seu rosto estava envelhecido com os anos, havia rugas embaixo dos olhos e na testa, os cabelos brancos caídos sobre a testa, alto e magro mas ainda continha alguns músculos e em seu pescoço um enorme olho de deus cravado em sua pele sinalizando ser um mafioso de longe.
__Era pra você estar morto -digo entre dentes, eu queria cravar uma bala em seu crânio.
__Sim era, mas eu forjei minha morte durante todos esses anos. Sabe eu já tava de saco cheio de comandar aquela merda de máfia, eu queria curtir além de cuidar de uma criança junto, eu era jovem na época ainda. E eu fiz certo, forjei meu falecimento e passei a liderança pra você, e devo dizer filho que fez um ótimo trabalho, sabia que não iria me decepcionar. Tentei te eliminar do meu caminho para conseguir a liderança de volta junto com alguns mafiosos que te procuram, mas quando você foi preso deixou esse seu amiguinho e sua mulherzinha lá.
__Confesso que ela fez um ótimo trabalho liderando, até conseguiu eliminar o capo da Rússia, e ainda te tirar da cadeia, fantástica não?
__Jamais tenha seus pensamentos voltados para a minha namorada, você não é o meu pai, é apenas um lunático por poder e eu realmente queria que você estivesse a dez palmos desse chão.
__Uma pena não é? Você é como sua mãe sabia? Deixa suas emoções atingirem o ápice, eu te treinei tão bem para não sentir nada mas ainda continua sendo como ela -nega com a cabeça colocando as mãos dentro dos bolsos do sobretudo.
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𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎, 𝑎𝑚𝑜𝑟!
RomantizmLea Smith é uma garota (brasileira) ao qual acaba de finalizar sua faculdade de psicologia depois de muito batalhar. Seu próximo objetivo agora é sair do seu país, ao qual jurou desde pequena, ser a primeira coisa a fazer assim que pudesse mas...não...