• 𝐿𝑒𝑎 𝑆𝑚𝑖𝑡ℎ •

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Me encaminho primeiro ao quarto de Brandon, a porta estava fechada o que já era contra uma das regras que eu havia posto.

Abro a porta e entro vendo o garoto preso na camisa de força sentado em uma cadeira em frente a cama.

__Meu Deus -coloco as duas embalagens que estavam dentro da sacola encima da escrivaninha e vou até ele- Brandon?

O mais novo que permanecia de cabeça baixa a levanta devagar e seus olhos esmeraldas me encontram.

__Doutora -sussurra baixo.

__O que aconteceu pra colocarem você na camisa de força?

__Me descontrolei um pouco -inclina a cabeça para o lado- por que veio aqui de novo?

__Visitarei todos os pacientes dia após dia, as vezes que eu não vier estou realmente ocupada -puxo uma cadeira a colocando de frente para o mesmo e me sento- quer conversar?

__Não doutora eu não quero, mas sei que fará perguntas sútis da mesma forma -sua voz era extremamente rouca e de tom baixo mas que permitia ser ouvida claramente.

__Tem razão sobre isso -sorrio levemente- quer me dizer o que as vozes te falaram ontem quando me conheceu?

__Rum -um sorriso ladino aparece no canto de seus lábios sem realmente me responder.

Cruzo minhas pernas apoiando meu cotovelo em minha coxa o observando.

__Você as intriga, elas se sentem ameaçadas de certa forma por você doutora.

__E sabe me dizer o porque?

__Por que dá pra ver de longe que gosta de ajudar e que faria o impossível para ver os outros bem. Eu estou em sã consciência agora, e posso afirmar que nem você e nem ninguém é capaz de fazer um esquizofrênico como eu melhorar doutora.

__Eu não acredito nas suas afirmações sabia? Passarei a continuar acreditando que de alguma forma poderei te ajudar e focarei nisso.

__Como quiser minha doutora.

Seus olhos continuam me analisando, aquele calafrio novamente se faz presente subindo da minha espinha até a nuca.

__Tem medo de mim?

__Não Brandon, eu não tenho - forço-me a fazer a melhor mentira que já disse parecer verdade.

__Você é péssima em mentir, sabia disso?

__Eu trouxe uma coisa pra você -mudo o rumo da conversa e me levanto indo até a escrivaninha e pego de dentro da sacola uma das embalagens, volto a me sentar e a abro mostrando a ele os doces de dentro.

Seus olhos se desviam de mim indo diretamente para a embalagem ao qual eu segurava.

__Uau, que atenciosa -ele diz de forma calma e diria que até um pouco sarcástica.

__Não gostou?

__Eu gostei sim doutora, obrigado!

Sorrio fechado e coloco a tampa na embalagem novamente.

__Deixarei ao lado da cama para quando estiver sem a camisa de força e quiser comer.

Ele assente com a cabeça encostando-se na cadeira melhor.

__E eu espero que quando me tirarem dessa camisa de força, você já não esteja mais aqui.

__Por que diz isso?

__Não tem ideia do que elas estão me dizendo para fazer com a senhorita.

__Gostaria de compartilhar? -arrumo minha postura, era estranho e de certa forma amendrontador. Apesar de ter ideia com o que eu lidaria quando estudei psicologia psiquiatra, colocar em prática é totalmente diferente.

𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎, 𝑎𝑚𝑜𝑟!Onde histórias criam vida. Descubra agora