• 𝐿𝑒𝑎 𝑆𝑚𝑖𝑡ℎ •

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Canadá:
Casa de prostituição - 18:00PM

Faz exatamente 1 semana que estou em um completo inferno. Acho que se eu tivesse coragem o suficiente, provavelmente eu já teria tirado a minha vida.

Depois que o Simon tampou meu nariz com o pano que estava com clorofórmio, acordei 40 minutos depois em um quarto consideravelmente grande mas sem camas, apenas colchonetes no chão e tinha várias garotas.

Conversei com algumas meninas e algumas foram gentis em explicar o que estava acontecendo, todas fomos enganadas e tudo foi um golpe, são ótimos golpistas. Eles fazem o anúncio de emprego depois de hackear o sistema do computador de diversas pessoas, conseguem as informações necessárias já que aparentemente o lugar é envolvido com pessoas extremamente poderosas e quando vêem o que a garota procura, eles mandam o convite de emprego em base no que a pessoa procura. Após conseguirem, eles nos trazem para uma casa de prostituição, ela aparenta ser bem famosa, já que todas as noites só vejo homens vestidos com ternos sob medidas e esbanjando dinheiro.

Enquanto estive aqui acabei fazendo uma amiga, Abby, é uma garota inocente que achava estar indo realizar seu sonho de fazer intercâmbio de medicina mas na verdade foi enganada, assim como todas nós. Eu só não entendo como pode haver tanta maldade e ganância em pessoas para fazerem isso e conseguirem cada vez mais dinheiro.

Algumas garotas daqui são mais quietas, outras arrumam encrenca e até me olham com um certo olhar de nojo ou desaprovação pro meu corpo, me incomoda bastante já que eu também não tenho uma relação boa comigo mesma. Mas se acontece briga entre as meninas, entra um homem de quase dois metros de altura e não se importa com quem começou, ele bate nas duas e nas envolvidas.

Até cogitei na possibilidade de tentar fugir, mas logo vi que estava fora de questão quando uma das meninas tentou e foi baleada com um tiro na costa, eu nunca me senti com tanto medo como estou a cada dia que se passa. O que eu fiz para isso estar acontecendo comigo? Penso diariamente nos meus pais, pelo menos eles estão bem, ainda bem que não os trouxe comigo, só Deus sabe o que fariam com meus pais caso estivessem comigo.

__Vamos, vamos suas vadias! Levantem e se arrumem, está na hora do trabalho! -uma mulher ruiva e siliconada entra no quarto batendo palmas como se fossemos animais. Ela era arrogante e sempre diminuía quem achava não estar padronizada, e fazia questão de humilhar até ver as lágrimas nos olhos da garota ou ver que realmente a machucou por dentro. A ruiva também recebia a permissão para nos bater se precisasse, já que ela era a nossa "líder".

Me levanto junto com as outras e nos dirigimos ao banheiro pequeno em uma fila única. O banho sempre tinha que ser rápido, a água era gelada e o banheiro não era aquelas coisas de limpo.

Quando todas terminam seus banhos, ficamos lado á lado enquanto a mulher ruiva passava e colocava as peças de roupas que deveríamos usar em cada noite.

Levanto a peça para poder olhar melhor, e sinceramente é mais fácil ficar pelada. O meu era uma lingerie de couro brilhante, extremamente pequena. Aquilo não iria cobrir praticamente nada em mim.

__Lea, você está bem? Esta tão quietinha hoje. -diz Abby enquanto está sentada do meu lado se maquiando. A olho, sua pele com vitiligo se formavam como um mapa, ela era extremamente linda. Uma garota doce e sempre tentava ver o lado bom independente do que estivesse acontecendo.

__Eu estou bem sim. -sorri fechado e visto a lingerie que me foi entregue.

__Vem, deixa eu maquiar você. -se senta em minha frente após finalizar a própria maquiagem, começando a fazer agora em meu rosto.

__Será que vamos conseguir ir embora daqui um dia? -digo suspirando.

__Eu não sei ursinha, vamos torcer para dar tudo certo e irmos embora o quanto antes, talvez alguém nos procure.

__Sim, talvez. -suspiro e me olho no espelho assim que Abby acaba de me maquiar.

__Esta ainda mais linda! -sorri mostrando suas covinhas bem marcadas.

__Andem logo!! Quero uma fila única e todas entrando em ordem, o nosso melhor cliente está aqui essa noite e eu espero que vocês não me envergonhem. Isso vale para você principalmente. -diz ela direcionando o olhar em mim com desgosto, tanto para o meu rosto quanto para o meu corpo.

Respiro fundo, nunca deveria ter saído de casa, sinto tanta falta do aconchego da minha família.

Formamos uma fila uma atrás da outra e entramos todas organizadamente, minhas pernas estavam igual moles como todas as vezes que eu entrava, estou nervosa, morrendo de vergonha e medo. É a primeira vez que ela diz para todas entrarmos no palco juntas.

Assim que entramos no palco ficamos uma ao lado da outra, a única coisa que eu queria era sair correndo e voltar pra minha casa e ver que tudo isso não passou de apenas um pesadelo. Mantenho meu olhar baixo, não estava com coragem de olhar para ninguém dali.

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𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎, 𝑎𝑚𝑜𝑟!Onde histórias criam vida. Descubra agora