Após o meu expediente daquele dia e de me divertir na companhia dos meus pacientes, Matt e Zoe, eu verifico todos e parto para meu carro, indo embora com mais um dia concluído.
Quando chego finalmente em casa, já se passava das 00:00 então entro o mais silenciosamente que consigo.
Encontro meu namorado deitado no sofá da sala dormindo com a cabeça mau apoiada para o lado no encosto do sofá, sinalizando que estava a minha espera. Acabo deixando um sorriso aparecer em meus lábios enquanto caminho até ele.
__Meu bebê -sussurro próxima ao seu ouvido- acorde.
Noel se remexe e suspira abrindo os olhos lentamente, quando seu olhar me encontra um sorriso aparece em seus lábios devagar.
__Você chegou -suspira bocejando e se arruma no sofá beijando meus lábios em um selinho- está com fome? Posso fazer um sanduíche pra você, já que não sou bom na cozinha para mexer no fogão.
Acabo rindo da sua fala e beijo sua testa.
__Estou sem fome, vamos para o quarto e dormir em um lugar adequado? -pergunto brincalhona após me referir ao lugar que ele estava dormindo.
__Vamos -responde ainda sonolento e se levanta junto comigo, seus braços me rodeiam em um abraço e subimos desse jeito.
Quando entramos em nosso quarto, Noel vai para cama e fica sentado me esperando. Vou para o banheiro e tomo um banho rápido, visto o meu pijama após secar o meu corpo e volto indo ao encontro do meu namorado.
__Não precisava me esperar, meu amor. -me deito ao lado dele e o abraço pela cintura.
__Eu não queria dormir sem te ver e sem te dar boa noite. -sussurra em meu ouvido enquanto seus braços me puxam mais para perto em um abraço protetor e carinhoso- eu te amo, boa noite minha linda.
__Eu também te amo, boa noite meu bebê!
Demoro alguns segundos para finalmente conseguir pregar os olhos, mas quando acontece durmo em um sono tranquilo.
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Quando acordo com o barulho do despertador, refaço a mesma rotina de todos os dias. Dessa vez, Noel acabou ficando na cama dormindo, apenas deixei um beijo em sua testa e um bilhetinho ao lado da cama avisando que já havia ido trabalhar e o quando eu o amo.
Hoje Abby finalmente começaria a trabalhar comigo, então assim que desço as escadas já a encontro tomando uma xícara de café.
__Bom dia! -a comprimento sorrindo e deposito um beijo em sua bochecha.
__Bom dia, ursinha! -me devolve o sorriso e o beijo na bochecha.
__Ansiosa para começar a trabalhar no hospital? -a pergunto enquanto caminho até a fruteira do balcão, pegando uma ameixa roxinha.
__Estou sim, quero muito conhecer os pacientes.
__Tenho certeza que todos vão adorar você!
__Eu espero mesmo -sorri cruzando os dois dedos em sinal de sorte.
A ofereço um sorriso reconfortante, assim que ambas acabamos de comer vamos para o meu carro. Abby adentra o lado do passageiro, enquanto eu entro do meu lado do motorista, saio com o veículo da garagem e entro na pista em direção ao hospital.
Dirijo tranquilamente pela pista, porém uma agonia estava instalada em meu peito de uma forma incomoda, eu só não entendia o porque!
Vejo o hospital a algumas ruas e diminuo a velocidade em que estava, estaciono meu carro e desço dele junto com a Abby, tranco o automóvel e entro no local sendo seguida pela minha amiga.
Comprimento a recepcionista e começo a mostrar tudo do lugar para a Abby, assim como eu, de primeira ela já se encanta com tudo. A apresento aos pacientes e como esperado a maioria gostou dela, minha amiga tinha o poder de iluminar qualquer lugar que passasse com sua simpática e sorriso.
Zoe fica extremamente apegada e encantada em conhecer outra pessoa, principalmente quando Abby ficou brincando de casinha com ela por alguns minutos. A levo para conhecer Brandon que a trata com indiferença e Matt que a trata com desconfiança, mas com um certo interesse.
Explico tudo que Abby teria que fazer, ela teria que ter o trabalho apenas como a enfermeira chefe do hospital, o resto em questão de liderança eu cuidaria.
Assim que ela se familiariza com tudo, reúno todos os outros funcionários ao salão dos fundos para a reunião ao qual acabei não conseguindo fazer no dia anterior.
__Bom dia pessoal, primeiramente devo agradecer por todos estarem presentes aqui. Essa reunião se deve ao assunto de alguns de vocês não fazerem seus trabalhos de forma profissional. -cruzo minhas mãos em frente ao meu corpo e respiro fundo- Uma das primeiras coisas que fiz quando tomei posse do hospital, foi rever as gravações das câmeras, uma por uma, eu queria ver quem realmente fazia seu trabalho e quem esquecia seu profissionalismo e tratava os pacientes como uma forma de talvez, uma "abertura" para serem maltratados e tratados como um meio de descontentamento de suas frustrações.
Olho cada um presente ali, vejo expressões um pouco preocupadas e outras neutras apenas escutando.
__Devo confessar que me assustei um pouco com o número de funcionários que esqueciam que estavam lidando com pessoas e não com seres diferentes. -aponto para alguns funcionários- vocês que eu apontei, estão dispensandos, o resto fica.
Os funcionários que eu havia permitido se retirarem fazem reverência em minha direção e se retiram do salão voltando às suas atividades.
__Não irei dar uma lição de moral em nenhum de vocês, creio que nenhum precise já que ninguém aqui entre nós é mais uma criança que precise levar sermões para não repetir seus atos. Apenas direi uma coisa, estão demitidos, passem no RH para pegarem seus pagamentos e apenas isso.
__Você está se achando muito para quem se tornou chefe agora, não pode nos demitir assim! Temos anos de trabalho nesse lugar! -uma das funcionárias presente se altera, aumentando a voz em minha direção, quase como uma ameaça.
__Não só posso despedi-los como já estou o fazendo, trabalhando aqui com diversos anos ou não quem decidi quem permanece sou eu, e não permitirei pessoas de mau caráter, sem respeito ao próximo e com uma podridão dentro de si próprio em meu hospital! -a respondo sem alterar meu tom de voz, mantendo minha postura.
__Irá se arrepender, vadia! -outra grita em minha direção.
__Estarei na espera. -a olho com seriedade, sem me abalar com seus insultos ou promessas de ameaças futuras- peço que se retirem, se não funcionar comigo pedindo educadamente, chamarei os seguranças.
Todos ao qual despedi me olham com raiva no olhar, principalmente o médico que era o chefe dos enfermeiros, mas mesmo assim se retiram.
Solto o ar dos meus pulmões ao qual nem reparei estar segurando, pego o elevador e vou para o andar do meu escritório. Apesar dos laudos médicos dos pacientes estarem todos em dia, as contas do hospital não estavam. E pelas minhas observações nos cálculos, algumas coisas não estavam batendo, eu precisava resolver isso.
Adentro meu escritório e fecho a porta atrás de mim, caminho até minha cadeira e cruzo minha perna pegando os papéis e começando a lê-los novamente. Enquanto me concentrava em tentar entender porque os valores não batiam, um arrepio se faz presente desde o cós da minha espinha até minha nuca.
Me remexo desconfortável em minha cadeira, eu sentia alguém me observando. Olho para o redor da minha sala, podia ser algum paciente que teria escapado de seu quarto, porém não havia ninguém além de mim em meu escritório.
Resolvo deixar esses pensamentos de lado, alegando e tentando convencer a mim mesma de que não passava de paranóias.
Continuo a trabalhar, resolvo as questões do pagamento dos funcionários demitidos. Almoço na companhia da minha amiga, pegando seu relato de como estava sendo seu primeiro dia no hospital.
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𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎, 𝑎𝑚𝑜𝑟!
Lãng mạnLea Smith é uma garota (brasileira) ao qual acaba de finalizar sua faculdade de psicologia depois de muito batalhar. Seu próximo objetivo agora é sair do seu país, ao qual jurou desde pequena, ser a primeira coisa a fazer assim que pudesse mas...não...