• 𝐿𝑒𝑎 𝑆𝑚𝑖𝑡ℎ •

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Após verificar que Brandon caiu no sono solto a mão dele devagar a colocando apoiada na cama, me levanto colocando a cadeira que havia pego no lugar.

Faço tudo minuciosamente pra não correr o risco do mais novo acabar acordando, me retiro do quarto e fecho a porta.

Continuo a verificação do hospital, vejo todos os pacientes e converso com quase todos com o decorrer do dia. Fico no meu local de trabalho até às 18:00, depois desse horário seria a hora do jantar dos pacientes.

Quando vou observar o que seria servido de alimentação na ala da cozinha meu estômago revira, parecia comida vinda direto do presídio da mais baixa qualidade, enquanto em outro canto havia alimentos totalmente diferente que alguns funcionários já estavam jantando.

Eu os mandei parar suas ações e de colocarem os objetos nas bandejas que seriam servidas, acho que nunca realmente tiveram uma refeição adequada.

Peguei meu celular e liguei para um restaurante reservando uma enorme variedade de marmitas.

Assim que faço os pedidos deixo meu celular no bolso do blazer, tranquilizo os funcionários que começaram a questionar o que fariam com a comida que havia sido feita, dou a ordem para levarem à um lugar mais afastado que no dia seguinte pessoas que eu mandaria vir iriam buscar e levar para serem transformados a adubo orgânico.

Os pedidos que fiz chegam após uma hora e meia, não é para menos pela quantidade que pedi. Com a ajuda de alguns funcionários começamos a distribuir as marmitas em todos os quartos, estava quentinha e cheirosa acompanhada com garrafinhas de sucos.

Alguns pacientes agradecem sem parar, outros ficam emocionados, alguns apenas aceitam acenando com a cabeça e poucos ficam desconfiados.

Quando todos haviam sido servidos eu passei a observar suas reações, estavam satisfeitos e comiam devagar parecendo querer apreciar o sabor.

Eu sentia meus olhos arderem com a vontade de chorar, não conseguia acreditar que estavam tão satisfeitos com "tão pouco", não conseguia acreditar que desde que estavam internados aqui não tiveram sequer um dia com uma alimentação decente.

Respiro fundo e além dos pacientes também havia encomendado comida para todos os funcionários.

Fico por mais algumas horas e quando finalmente me retiro de dentro do hospital se passava das 22:00. Estava prestes a pedir um táxi mas vejo o carro do meu namorado estacionado com ele escorado no mesmo.

Sorrio indo até ele e beijo seus lábios.

__Que saudade de você minha princesa -seus braços me apertam em um abraço.

__Eu também senti a sua, muito mesmo -faço carinho em suas bochechas.

__Vamos pra casa -deposita um beijo em minha testa e abre a porta do passageiro para mim.

Agradeço com um selinho e entro com ele fechando a porta em seguida e dando a volta no carro entrando do seu lado. A noite iluminada do Canadá fazia frio, estávamos perto do inverno e creio que seria uma época de frio tensa.

Noel começa a dirigir então pego sua mão entrelaçando nossos dedos, deito minha cabeça no banco e passo a observar aquele homem que me faz ama-lo cada dia mais.

Ele era tão lindo, eu o admirava não só fisicamente mas pela sua história e pelo o que ele é. Seus cabelos levemente cacheados escondiam sua testa caindo sutilmente sobre os olhos escuros, seu nariz reto continha um piercing preto e seu maxilar extremamente marcado o deixava com um charme surreal. Os lábios cheios com um rosado natural, aquele homem conseguia me fazer estar apaixonada cada dia mais por ele.

𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎, 𝑎𝑚𝑜𝑟!Onde histórias criam vida. Descubra agora