__Você é um pouco intrometida não é senhorita? -Jeremy fala derrepente cruzando os braços enquanto caminhavamos ainda no andar da ala das crianças.
__O que? Perdão, não entendi -o olho tentando entender se realmente escutei aquilo.
__Eu tenho a minha forma de trabalho aqui, você ainda não é a dona e já está querendo modificar tudo -para de andar e se vira completamente para mim então faço o mesmo.
__Bom, me desculpe se a forma que você trabalha não ajuda nenhum dos que estão internados aqui e muito menos agrega em algo, sua forma de trabalhar é horrível essa é a verdade. Você disse uma coisa certa, ainda não sou a dona mas vou ser ainda hoje e eu espero não ter problemas na hora que eu for assinar o contrato -o olho séria levantando um pouco meu queixo sem abaixar ou diminuir minha postura.
__Se eu não quiser dar aqueles papéis para a senhorita assinar eu não darei -me olha de cima a baixo.
__Bom isso é verdade, mas não desistirei desse lugar e se tivermos problemas em relação a isso poderemos resolver de dois jeitos, primeira opção, na justiça porque a forma que você trata as pessoas aqui é totalmente ao contrário de alguém que quer que seus pacientes se recuperem. Ou com a segunda opção, eu compro esse lugar em menos de 24 horas com ou sem contrato e ainda consigo te fazer nunca mais conseguir emprego em lugar nenhum nesse país. O que prefere senhor Riley?
O homem permanece quieto enquanto uma veia de seu pescoço salta pela raiva contida, eu não ia deixar esse lugar continuar da forma que está, no tratamento que está! Eu ia mudar a forma de trabalho de todos, ia rever as filmagens antigas das câmeras para ver se algum funcionário trata os pacientes de forma errada que prejudique e machuque pois não deixarei permanecer pessoas desse nível aqui.
Assim que o mesmo continua em silêncio me viro e continuo andando pelo corredor olhando as portas fechadas, elas iam continuar assim apenas hoje, a partir de amanhã estarão abertas e uma nova forma de rotina irá acontecer.
Depois de olhar todas as crianças pelas pequenas janelinhas circulares nas portas eu volto para o elevador com Riley, o mesmo aperta o botão para o segundo andar e quando as portas se abrem me retiro, estava me irritando permanecer perto desse homem.
O corredor era maior nessa ala e fazia uma curva, era do mesmo modo que a ala das crianças, a diferença é que aqui haviam adultos.
Mas assim que ponho meus pés para fora do elevador vejo uma cena que me magoa e me irrita!
Um enfermeiro agredindo verbalmente uma garota que aparentava ter 17 anos, trajava um vestido rosa bebê rodado, segurava um urso de pelúcia com força nos braços, uma chupeta transparente estava em seus lábios e a mesma permanecia abaixada contra a parede de cabeça baixa chorando.
__Tem noção que você não deveria nem sequer existir garota?! É óbvio que você está em um hospital psiquiátrico, que seus pais te abandonaram quem ia querer criar ou morar com uma pessoa que age como uma criança? Isso é uma vergonha pra família, uma aberração!
__Zoe naum é uma aberração -suas mãozinhas vão de encontro as orelhas as tampando com força enquanto soluçava.
Me aproximo rápido após ver que o homem segurava agora no braço da menina com certa força, empurro ele com força o afastando rapidamente.
__Você é doente!? Nunca mais encoste a mão nela me ouviu? Nela e nem em ninguém desse lugar!
__E você quem é? Outra puta que o chefe trás pra comer? -se aproxima de mim encostando o corpo ao meu.
__Se afasta ou juro que não respondo por mim -fecho minhas mãos em punhos com força.
__Ou o que gracinha? Você até que é bonitinha de rosto, mas poderia perder alguns quilinhos pra ficar melhor né?
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𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎, 𝑎𝑚𝑜𝑟!
RomanceLea Smith é uma garota (brasileira) ao qual acaba de finalizar sua faculdade de psicologia depois de muito batalhar. Seu próximo objetivo agora é sair do seu país, ao qual jurou desde pequena, ser a primeira coisa a fazer assim que pudesse mas...não...