• 𝐿𝑒𝑎 𝑆𝑚𝑖𝑡ℎ •

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Fazia 3 dias desde aquele dia maravilhoso que tive com Noel em um piquenique, apesar de ser a primeira vez dele fazendo esses tipos de momentos em casal ele se saiu muito bem, se esforçou até demais pra sempre estar tentando me agradar.

Desde aquele dia pra cá foquei bastante em pesquisar sobre diversos hospitais de reabilitação e psiquiátricos que estivessem precisando de novos donos.

Confesso que pesquisei cada vez mais afundo até um me chamar a atenção, o hospital de reabilitação psiquiátrico era enorme. O dono estava cansado da posição em que estava e queria passar adiante, vi fotos por dentro do local e era bem limpo e o lugar era bem elegante mas de forma simples, nada extravagante.

Eu esperava que os pacientes fossem tão bem tratadas quanto aquele lugar era, então me candidatei e não demorou nem um dia para o dono aceitar, entrei em contato e ele não pediu entrevista e disse que apenas uma visita para conhecer o local e se eu estivesse de acordo passaria o lugar para mim.

Sinceramente, eu não entendia exatamente o porque do desespero de querer sair do cargo, talvez os pacientes? O cansaço pelo tempo que administra? Só saberei quando pisar lá!

Falei com Noel e ele ficou feliz, me apoiou. Disse que me levaria no dia e que me esperaria acabar, entendia ele e não o julgo, meu namorado ainda estava com um certo receio de ser mais um golpe e me levarem de novo contra a minha vontade.

Falando nele, Noel conseguia ser pior que uma criança quando queria. O médico havia indicado ele a não fazer esforço, ficar deitado e levantar apenas quando necessário, mas ele faz totalmente ao contrário!

Deixei ele sair pra passear apenas aquele dia que tivemos nosso momento no piquenique, mas depois disso ele começou a abusar um pouco e andar de lá pra cá e até para a organização já queria voltar. Isso continuou até ferimento começar a ter início de infecção.

Ele conseguia me deixar cada dia mais nervosa, não sabia o que era pior, ele estar no início de uma infecção ou no meio disso tudo o mesmo continuar achando que estava certo.

__Obrigada doutor -sorrio fechado para o médico que veio examinar a coxa dele, trocou os curativos e receitou um líquido que ajudaria a diminuir o inchaço e impedir de infeccionar mais.

Acompanho o médico a porta me despedindo e respiro fundo indo até a escrivania arrumando tudo que tinha deixado ali, esparadrapos, gases, soros etc. Eu estava zangada, Noel não me escutava e mesmo eu avisando ele não parava, aquilo estava me irritando e por isso fico quieta apenas arrumando tudo.

__Minha vida -o escuto me chamar sentado com a costa apoiada na cabeceira da cama me olhando.

__Hum?

__Fala direito comigo Lea, por que você tá assim?

__Eu estou brava com você Noel -o olho seria e jogo as coisas usadas e sujas no lixo.

__Por que você tá brava comigo?

__Porque você não me escuta, acha que está certo, escondeu de mim que estava infeccionando apenas pra mim não brigar com você, tentou voltar a trabalhar escondido de mim. Quer mais um pouco meu amor?

O mesmo permanece quieto e cruza os braços sobre o peitoral.

Suspiro fundo e depois de tudo estar limpo de novo me deito ao seu lado e me viro de costa para ele, puxo o cobertor pra cima de mim e fecho meus olhos.

Tento dormir mas era um pouco difícil, eu estava mal acostumada, toda noite eu dormia abraçada nele, de conchinha ou de qualquer outro jeito, mas era com ele junto a mim e aquilo sempre me acalmava e me permitia sonhar com coisas boas.

𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎, 𝑎𝑚𝑜𝑟!Onde histórias criam vida. Descubra agora