𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎, 𝑎𝑚𝑜𝑟!

• 𝐿𝑒𝑎 𝑆𝑚𝑖𝑡ℎ •

Canadá
𝚑𝚘𝚜𝚙𝚒𝚝𝚊𝚕-𝟷𝟼:𝟶𝟶𝙿𝙼

Desde que eu havia chego no hospital, me afundei completamente no trabalho.

Tive alguns problemas em relação há alguns pacientes, porém com Brandon foi um pouco mais complicado. Durante três vezes no meu dia precisei sair correndo para o quarto dele pois o mesmo estava com alucinações.

As alucinações do Brandon estavam mais frequentes e suas crises de desistabilidade de realidade cada vez maiores. Era um processo complicado acalma-lo e por diversas vezes precisei seda-lo.

Parecia que cada mínima coisa estava entrando de acordo com a bagunça que estava minha vida!

Abby vem me ajudando muito, principalmente com Matt que aceitou a presença dela consideravelmente bem. Praticamente todos gostam muito da minha amiga e aquilo me deixa extremamente feliz.

Suspiro fundo finalmente me sentando em minha cadeira, o cansaço estava se apossando do meu corpo e o incômodo na minha cabeça se fazendo presente.

Algo que me deixava um pouco mais relaxada era o fato dos meus pais estarem hospedados em um dos melhores hotéis do Canadá, o Le Mount Stephen. Por insistência minha eles foram nesse hotel para saírem um pouco da rotina e passaram um tempo juntos, eu queria eles longe dos problemas que estávamos enfrentando. Já bastava o fato de eles terem sido sequestrados.

Apoio meus cotovelos sobre a minha mesa e massageio minhas têmporas, muitas coisas estavam em minha mente. Meus pacientes, quem estava por trás da tentativa de tentar me atingir, Noel. E o pior, aquele pressentimento novamente, um desconforto no meu peito.

Respiro fundo massageando levemente o vale entre os meus seios por cima da minha vestimenta. Peço mentalmente ao meu Deus para cuidar de Noel de onde ele estivesse.

Escuto batidas na porta e levanto meu olhar em direção ao objeto de vidro preto.

__Pode entrar! -permito a entrada.

Vejo a recepcionista do meu hospital entrar segurando uma caixa de papelão média, parecia alguma encomenda.

__Chefe, chegou essa encomenda e estava com um papelzinho escrito seu nome grudado aqui encima. -ela explica enquanto se aproxima segurando a caixa nos braços.

__Pode colocar aqui encima, mas eu não encomendei nada, quem a deixou? -me levanto e a olho.

__Um entregador de produtos comum, chefe. -diz enquanto coloca a caixa encima da mesa de vidro transparente.

__Tudo bem, muito obrigada! -sorrio para ela que retribui e se retira após pedir licença.

Assim que a porta se fecha direciono meu olhar para a caixa com desconfiança, à aquela altura do campeonato era difícil manter confiança em qualquer coisa estranha que acontecesse.

Pego a tesoura que sempre deixo em um pequeno suportezinho encima da mesa junto com lápis e canetas, coloco uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e corto a fita transparente que lacrava a abertura.

Respiro fundo um pouco nervosa e deposito a tesoura encima da mesa, seguro ambos os lados da abertura da caixa e a abro e me assusto com o que vejo arregalando meus olhos.

__Deus amado...

Ofego olhando para dentro da caixa, dentro havia diversos algodões e encima um urso de pelúcia deitado com uma faca cravada na barriga do objeto inanimado, envolta estava manchado de sangue aparentemente humano mas estava seco.

Paraliso por alguns segundos e engulo seco, estendo minha mão para um pequeno papel depositado em "pé" no canto e o pego o erguendo até meus olhos lendo o que havia ali.