Capítulo 01

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Consigo ouvir os gritos do meu pai no andar inferior

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Consigo ouvir os gritos do meu pai no andar inferior.
Ele tem estado impossível estes últimos dias falando por ai e enchendo o saco de todos sobre uma super proposta e bla bla bla.

Suspiro e volto o meu olhar para o espelho.

Termino de escovar meu cabelo escuro e passo meu batom vermelho sangue nos meus lábios finalizando o meu look.

— LILITH.AQUI.JÁ. — Meu pai grita.

Eu bufo.

Pego meu celular e meu casaco de couro preto e desço as escadas rapidamente vestindo por baixo apenas uma camisa justa decotada e umas calças de couro pretas.

Nada extravagante mas nada simples.
Eu tenho que estar apresentável, palavras do meu pai, mas não posso estar igual a uma vagabunda.
Ao que parece tenho que impressionar...

Agora, quem?Eu não faço a menor ideia.

— Até que enfim,porra. — Meu pai resmunga quando me sente chegando.

Eu tenho o vislumbre dele estendido no sofá de couro castanho com um charuto numa mão e um copo de Jack Daniel's, sua bebida preferida, na outra.
Seu terno azul escuro perfeitamente engomado junto com sua gravata vermelha em um perfeito nó.

Quando seus olhos pousam em mim Alistor se levanta e vem em minha direção.

— Que porra, Lilith?Você sabe o quanto eu quero essa proposta, não preciso de você para a arruínar. — Ele grita pegando em meu braço severamente.

— Se você está tão atrasado...porque não pega sua bunda preguiçosa e vai? — Eu afronto imprudentemente.

Sua cara se contorce em raiva, suas sobrancelhas grossas franzidas e sua boca caída.
Seus olhos azuis quase brancos arregalados em descrença.

Não sinto mais o seu toque no meu braço mas numa surpresa, sua mão vai contra a minha cara.

Eu arregalo os olhos, o lugar onde sua palma estava, ardia como se estivesse pegando fogo.
Podia sentir a sua marca se formar e minha postura se desfazer um pouco.

Bem...eu mereci isso.

Engolindo a raiva que se forma dentro de mim e ignorando o batimento do meu coração, eu volto o meu olhar para ele.

Vejo sua cara se contorcer como se o tivesse desobedecendo de novo e seu corpo se move em minha direção prestes a me bater mais uma vez.

— São 8:50 Alistor. — Minha mãe fala suavemente, amedrontada o suficente com a reação que possa surgir do meu pai.

Alistor se recompõe ajeitando seu terno e sua gravata, move seu cabelo preto com alguns fios brancos para trás e a raiva em seu rosto desaparece como um passo de mágica.

— Que não se repita. — Ele sussurra assustadoramente.

Ele olha para seu relógio dourado como se tivesse que ver pelos seus próprios olhos e sai disparado na direção da porta.
Quando a mesma se abre somos recebidos por uma limusine preta fosca que grita ostentação.

Meu pai não tem condições de ter algo tão caro, eu consegui ouvir o quanto desesperado ele estava para arranjar dinheiro para manter a casa, então...como ele vai pagar por isto?

Meu pai se dirige para a viatura e um homem corpulento abre a porta para que ele possa entrar, eu e minha mãe seguimos logo atrás.

Eu lanço um sorriso à loira agradecendo por me salvar mesmo à pouco e a mesma retribui com um aceno de cabeça para que eu continue o meu caminho até ao carro.

Eu não sei o que me espera mas não posso deixar de sentir que algo de ruim vai acontecer.

Ready-Set-Kill | BILL KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora