Capítulo 10

134 13 0
                                    

O capítulo seguinte contém descrições gráficas, violência e morte

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


O capítulo seguinte contém descrições gráficas, violência e morte.

Eu não sei há quanto tempo eu estou no carro.
Só sei que o dia ensolarado se tornou numa noite negra.
Não há qualquer estrela no céu e a pequena lua crescente pouco ilumina.

A escuridão é quebrada apenas pelas luzes do carro.
Pela pequena luminosidade presente consigo ver que estamos numa estrada contínua com duas densas florestas de ambos os lados.

A viagem está silenciosa, nem mesmo Georg quebrou esse silêncio com alguma graça dele, o assunto deve ser mesmo sério...

Eu não me lembrei de pegar praticamente nada, nem celular, nem comida, apenas uma pequena garrafa de água que acabou faz algum tempo.

O ar está abafado aqui.
Não sei quanto tempo eu vou aguentar sem respirar algum ar puro.
Gotas de suor percorrem o meu corpo ajudando na desidratação.

Para ajudar na miséria, eu realmente preciso ir ao banheiro, os meninos conseguiram fazer uma paragem, mas eu não podia me dar ao luxo de ser descoberta então me mantive dentro da mala.

O tédio está me corroendo e o motor do carro se tornou irritante.

Ouço o sinal de pisca, o carro vira para a direita e os arredores se tornam diferentes.
Vejo uma pequena placa de venda riscada e um muro degradado de cimento.

Me viro de frente para os bancos e espio pela pequena fresta.

Uma fábrica abandonada.
As suas janelas estão quebradas, as suas paredes cobertas de grafittis e há uma imensa escuridão dentro dela.

Sinto o carro parar, o travão de mão é puxado e o motor do carro é silenciado.

Ouço as quatro portas baterem e os garotos logo se dirigem para o interior da fábrica fechando a grande porta de metal, não totalmente, atrás de si.

Aguardo uns segundos para me assegurar que ninguém me vê ou ouve e aproveito a chance para sair do carro.

Respiro fundo e aproveito o vento que bate na minha cara para me refrescar.
Tento encontrar um canto escuro e, engolindo a vergonha e a minha dignidade, uso o pequeno espaço para fazer as minhas necessidades.

Rapidamente me aproximo da porta de metal e espreito pela fresta.

Três homem, sendo o do meio o mais alto, estão de frente para os Tom, Bill, Gustav e Georg.

O homem do meio tem um cabelo longo e um lenço atado na sua cabeça, um longo bigode e uma barba volumosa.
A sua cara é coberta por tatuagens.
Ele usa botas desgastadas, uma calça azul tingida de branco em algumas partes, uma camisa vermelha e um colete de couro por cima que dão uma visão completa dos seus enormes braços também tatuados.

Os dois homens a seu lado são ligeiramente mais baixos, seus estilos semelhantes ao homem do meio, tirando as suas cabeças raspadas.

No seu centro, um homem se encontra de joelhos, seu tronco curvado para a frente fazendo com que a sua testa esteja contra o chão.
O homem está amordaçado,uma venda cobrindo os seus olhos, as suas pernas estão atadas bem como as suas mãos atrás das costas.

Ready-Set-Kill | BILL KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora