Capítulo 38

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–— ...os dois. Os dois foderam com ela e nenhum foi capaz de colocar a porra de um pirralho dentro dela. — Lucian grita.

O silêncio presiste depois, nenhuma resposta de Bill ou Tom, apenas puro silêncio. Estou quieta também, demasiado aterrorizada para mexer ou mesmo respirar acreditando que eles possam ouvir-me e achar-me.

— Mas relaxem meus garotos... — Sua voz suaviza. — Eu sei o porquê de não conseguirem.

Um estrondo soa quebrando a monotonia. E o silêncio instala-se novamente.

Eu não sei o que esperar...o que ele descobriu?

— A vadia está tomando pílulas nas nossas costas. — O tom cortante da voz de Lucian soa em milhares de adegas.

Eu petrifico-me de novo. Minha respiração cessa completamente e meus olhos arregalam-se e enchendo-se de água. Meu coração bate tão forte em meu peito que eu sinto que poderia morrer aqui mesmo.

Como ele descobriu? Benjamin?

Não, impossível. Eu sou como uma filha para ele, Benjamin disse-me isso, ele não me traíria assim. Certo? Outra empregada deve ter encontrado.
Não Benjamin. Nenhuma das opções é boa, mas pensar que uma pessoa tão próxima e portadora da minha confiança fez isso comigo, alguém que eu considerava um pai e um protetor, quebra-me mais um pouco.

Eu tremo violentamente contra a superfície branca, e um milagre é necessário para que eles não ouçam.

— Resta apenas uma coisa a fazer para tudo pertencer a vocês. — Lucian fala friamente.

— O que seria, pai? — O som da voz de Tom soa, pequena e intimidada, como se estivesse pisado em gelo fino e estivesse com medo que quebrasse em baixo dele.

— Isso é fácil, meu garotinho. Uma única coisa, algo rápido que não exige nenhum esforço. — Lucian faz uma pausa agonizante.

A tortura do prolongamento da sua fala está a matar-me. Eu preciso de ar. Eu preciso de conseguir respirar novamente. Mas é impossível com o clima sufocante que ronda o pequeno espaço, expandindo-se e indo direto para meus pulmões.

— Vocês ainda não descobriram? A solução para terminar com a limpeza? — Lucian pergunta em tom de zombação, como se fosse a coisa mais óbvia no mundo e, Bill e Tom, os idiotas que não conseguem chegar a algo tão visível.

— Vocês precisam matá-la.

Minha mão vai direta à minha boca para abafar meu choro sofrido. Minha visão fica turva quando um mar de lágrimas  amontoa-se em meus olhos e cai livremente. Eu quero fugir e esconder-me para que ninguém me descubra mas não consigo me mover. Minhas pernas não me obedecem e meus pés parecem estar coloados ao chão impossibilitando o meu movimento.

Matar-me? Porque não gerei um filho?

— Vocês entenderam? — Grita Lucian autoritário face à hesitação de seus filhos.

— Sim, pai. — Tom e Bill falam em um único som desprovido de qualquer emoção.

Isso foi a gota final para mim e, como mágica, meus pés estão livres e prontos para correrem. Movo-me para o meu quarto em puro desespero. Soluços saem da minha garganta incansávelmente. Fecho a porta apressadamente com minhas mãos trémulas mas algo faz-me tropeçar para trás em um estrondo. Peço a qualquer deus que me ouça e faça com que eles não tenham ouvido nada. Abro os olhos analisando a sala e espero uns segundos para caso a porta se abra.

Mas nada acontece.

Olho em meu redor com mais clareza e vejo meu cabide derrubado no chão junto com a minha bolsa e todos os conteúdos derramados de dentro dela para fora. Um papel branco chama a minha atenção e faço o melhor que posso para levantar e pegá-lo, ignorando a minha tremidão e desespero. Pego meu celular rapidamente da minha cômoda e tento andar o mais silenciosamente, mas o mais rápido que posso, para o andar inferior. Digito o número marcado no papel branco, encharcado agora com minhas lágrimas, e junto o celular ao meu ouvido. É necessário apenas um segundo para que minha chamada seja recebida e aceite.

— Ajuda-me... — Imploro com minha voz tremida e abafada pelo meu choro.

Olho de relance para o topo das escadas onde a porta que dá para o escritório fica, amedrontada que ela se abra e eles me encontrem aqui.

— Qual o problema...? Lilith, qual é a porra do problema? — A voz parece frustrada e irritada mas tem preocupação nela.

— Eu preciso sair daqui. — Fungo.

-----"Está com a localização ligada?

Assinto o melhor que posso.

— Estou a caminho. Aguente Lilith...estou indo.

E a chamada termina.

Limpo minhas lágrimas e respiro fundo algumas vezes. Mas meu corpo volta a ficar tenso e fraco. Tornando as chances de eles me pegarem menores, saio pela porta de frente tentando não fazer nem um único barulho enquanto corro na direção do portão.

Estou muito lenta. Eu nunca vou conseguir sair. Eles vão perceber a minha falta. Eles vão me procurar. Eles vão me achar. Eles vão me pegar. Eles vão me matar. Eu vou morrer. Eu vou deixar de existir e nem vou poder ver as pessoas que eu amo uma última vez.

Meu choro volta mais forte que nunca.

Tom e Bill são mesmo capazes de fazer isso comigo? Busquei um amigo em Tom, e encontrei, mas talvez não passasse de um truque. Bill dormiu comigo só para a gerar a droga de um filho em mim, um novo fantoche para o seu pai?

Um barulho de carro aproxima-se de mim interrompendo meus pensamentos bagunçados. Um carro vermelho desportivo para abruptamente e eu esforço-me para aumentar a velocidade e correr na sua direção.

Meu peito sobe e desce freneticamente, minhas lágrimas escorrem livremente e meu peito arde. Arde por estar correndo mas não supera o aperto e a dor em meu peito pela perda. Sem hesitar abro a porta quando chego ao veículo vermelho e entro no carro fechando a mesma atrás de mim com um estrondo. Ele está sentado encarando-me calmamente. Procurando respostas ou talvez admirando e aproveitando o meu estado degradado. Eu encaro-o .

— Lilith...

Sebastian...

Fim da primeira temporada

Ready-Set-Kill | BILL KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora