Capítulo 04

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A luz do sol atravessa a minha janela e eu desperto, sento na cama e esfrego os meus olhos sentindo um leve ardor

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A luz do sol atravessa a minha janela e eu desperto, sento na cama e esfrego os meus olhos sentindo um leve ardor.
Olho de relance para o meu travesseiro onde uma poça de lágrimas ainda reside.

O meu despertador marca 8:17.

Puxando as cobertas para trás,me levanto e sinto o chão amadeirado frio em meus pés.
Vou em direção à porta do meu quarto a abrindo.
A casa parece estranhamente silenciosa, meu pai não deve estar.

Descendo as escadas vou em direção à cozinha para encontrar a minha mãe fazendo o café da manhã e novamente nenhum sinal do meu pai.
Não que eu queira o ver ou o ouvir,como é meu último dia, ele não estar presente é estranho.

— Bom dia querida. — Fala minha mãe mal olhando para mim enquanto prepara as torradas.

— Bom dia — Falo chegando perto da mais velha e lhe dando um pequeno beijo na cabeça.
O cheiro do seu champô de framboesa invande as minhas narinas.

Olho para a mesa e encontro frutas variadas dispostas em um prato florido, geleias, queijo e presunto ambos dispostos num prato branco raso.
Uma jarra de água assim como uma de suco de laranja natural e um vaso de flores coloridas disposto no centro da mesa trazendo leveza para a mesma. Três pratos estão dispostos na mesa circular.

Me sento na mesa e logo a minha mãe faz o mesmo colocando um prato com torradas na mesa.
Tomar o café da manhã é dos poucos momentos que podemos compartilhar, só nós as duas.

Pego uma torrada e passo um pouco de geleia de morango e me sirvo suco de laranja.
Me delicio dando uma mordida na torrada.

Olho de relance para o prato vazio do meu pai, ele nunca come conosco na mesa mas sempre pega no prato, coloca a comida e leva para seu escritório, mas hoje nada...

— Onde está o papai? — Pergunto abdicando da paz que rodeia a mesa.

A minha mãe fica tensa e pousa a sua torrada no prato e olha para mim. Hesitação presente no seu olhar.

— Ele saiu.Deve voltar só à noite... — Soltou finalmente as palavras.

Fico surpresa e levemente desapontada, eu sei que meu pai não se importa muito comigo mas eu tinha a esperança que ele estivesse aqui para um último adeus.

Retiro a ideia da cabeça e acabo de comer.
Me levanto e sigo para o meu quarto para me preparar.

Entro no banheiro abro a porta do box e entro completamente ligando a torneira.
A água fria agora quente caindo em milhares do gotas pelo meu corpo relaxa instantaneamente os meus musculos me fazendo entrar num estado de tranquilidade.

Dava de tudo para ficar aqui para sempre.

Me obrigo a sair do box com o espelho
já embaçado pelo vapor da água e o ar abafado pelo calor presente.
Decido abrir a janela e o ar fresco invande os meus pulmões, a minha pele fica arrepiada pela mudança de temperatura.

Ready-Set-Kill | BILL KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora