Capítulo 23

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Eu olho para ele instantaneamente

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Eu olho para ele instantaneamente.

— Como voc-

— Dezanove anos, filha de Alistor Morbin e Ellenora Cortez Morbin, vendida pelo seu pai para Lucian Kaulitz por cerca de 120 mil euros e dada de presente para seus filhos, os gémeos Bill e Tom Kaulitz. — Ele me olha cerrado, observando a minha reação.

— Aulas em casa, nenhum amigo próximo...toma a pílula todos os dias secretamente, esta informação foi cortesia do médico. — Sorri.

Meus olhos se arregalam.

A minha garganta em um nó que nem um resquício de saliva consegue passar, meu coração está batendo tão rápido e forte que sinto que vai saltar do meu peito.
O meu corpo imóvel e tenso e minha cabeça em branco.

Ele sempre soube?
Desde o início ele sabia quem eu era?

Por isso a pressa para me puxar para um lugar privado depois de uma conversa tão curta.
Uma armadilha desde o início...

— E o que pretende fazer?Me matar?Torturar? — Gaguejo mas tento não mostrar o quanto me afetou.

— Não, gatinha.Eu gostei de você, sua aparência no caso, personalidade ainda não tive o prazer de conhecer. — Ele fala humoradamente.

— E com sorte nem terá. — Respondo afiadamente.

— Bem, estou começando a apreciar. — Sorri colocando uma mão no queixo me avaliando de cima a baixo.

— Você não me respondeu.O que você quer de mim?

— Você.Eu te observei naquela festa, você se libertou aos poucos, dançou, cantou e isso com um copo ou dois.

— Você estava na festa?Mas... — Eu coloco a mão na cabeça e olho para o chão tentando entender como eu não o encontrei.

— O Mark falou que eu não estava presente? — Ele ri.

Eu olho para ele desacreditada.

— O Mark...ele? — Gaguejo.

— Oh, sim. — Sorri. — Ele estava comigo desde início.

Ele me olha enquanto acende um cigarro e eu fecho a minha boca, incapaz de falar algo mais.

— Lilith...vem comigo, para longe dos Kaulitz.Eles nunca te darão algo que eu estou disposto a te dar.

— E o que é? — Pergunto enquanto levanto o queixo evitando que minhas lágrimas tinjam a minha cara.

— Reconhecimento, poder e... — Ele se levanta e vem na minha direção.

A cada passo que ele dá para a frente eu dou para trás até as minhas costas estarem pressionadas contra a parede.
Sebastian se inclina contra o meu pescoço e seu ar quente faz o seu caminho até à minha orelha.

— Liberdade... — Sussurra.

Eu arregalo os olhos.

Ele bateu no ponto certo.

Eles só me tiram daquela casa quando eu imploro ou por causa do plano.
Eles não confiam em mim ao ponto de me deixar sair e me mantêm trancafiada na porra daquela casa todos dias.

Eu olho para Sebastian, um sorriso em seu rosto, ele sabe que tem razão.

Eu sei que ele tem razão, mas...e se for outra armadilha?
Eu não posso aceitar, não agora pelo menos.

Eu posso confiar em Bill e Tom para me manter segura mas em Sebastian...não tenho certeza.

— Eu não posso... — Suspiro.

— Eu não estou falando de agora.Toma o seu tempo. — Ele pega um bloco de notas e uma caneta do bolso de seu casaco e rabisca algo.

— Meu número.Me ligue se mudar de ideia ou se precisar de algo. — Ele estende a mão e eu pego o cartão.

Olho para os números escritos em linhas perfeitas e suaves quase em transe.

— Você não tem ideia, Lilith...Você chamou a minha atenção de uma maneira incrível.Estou disposto a te amar se você me deixar. — Ele coloca o meu cabelo atrás da orelha.

Eu baixo a cabeça me desvencilhando do seu toque.
Ele nunca conviveu comigo, como ele pode me dizer que consegue me amar...

Ele se distancia de mim, dando o espaço necessário para eu sair correndo pelo corredor, descer as escadas e entrar no banheiro.

Está vazio.

Eu me apoio na pia e olho no espelho.
Os meus olhos estão aguados e minha pele mais pálida.

Eu passo um pouco de água fria no meu pescoço e respiro profundamente.

É melhor eu voltar para os garotos antes que dêem pela minha falta.

Eu saio da porta e olho para a mesa dos meninos.
Vazia...

Decido sair porta fora do club, a música se tornou irritante e o ar abafado insuportável.
Sinto um par de mãos me puxar, o seu aperto mais cauteloso, para um beco escuro.
Os garotos estão lá em pé, preocupados, todos preocupados, até mesmo Bill.

Eu encaro Tom enquanto o seu aperto se mantém em meus braços.

— Você está bem? — Seus olhos preocupados caem sobre os meus. — Você desapareceu do nada...

Eu me mantenho calada.
Como eu vou explicar o que aconteceu?

— Ele fez algo com você? — Bill pergunta, seu peito subindo e descendo.

— Não...podemos falar em casa?Por favor? — Suspiro.

Bill acena com a cabeça indicando para eu seguir em frente.
Eu assim o faço, ando na direção do carro, ainda tremendo e meu coração no meu peito ainda martelando.

Ao chegar no local isolado em que deixamos o carro, os meninos se juntam a mim.
Bill abre a porta para mim logo se sentando ao meu lado, o seu calor irrandiando e batendo com o meu corpo frio e tenso.
Ele pega a minha cabeça e a encosta em seu ombro, nunca olhando para mim, sempre em frente, mas não posso deixar de sentir que ele pode observar o pequeno sorriso que se forma no meu rosto.
Ele pega uma garrafa de água e uma barra de cereais e entrega para mim enquanto que Georg observa toda a cena.

— O quê? — Bill grunhe na direção de Georg.

— Nada. — Georg desvia o olhar de volta para a janela.

Eu observo as pequenas gosta de suor na testa de Bill e seu peito ainda subindo e descendo.
Ele ainda não olha para mim e sinto que não o fará, mas eu estou confortável desse jeito.

Passo o resto da viagem assim, aproveitando sempre que posso estes pequenos momentos dele.
Mesmo que meu coração se quebre depois...

Ready-Set-Kill | BILL KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora