Capítulo 12

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Acordo entre os meus lençóis brancos, sinto a minha cara inchada e meus olhos ardendo

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Acordo entre os meus lençóis brancos, sinto a minha cara inchada e meus
olhos ardendo.
Me levanto no automático e me dirijo ao banheiro.

Me olho no espelho e me deparo com o meu cabelo desgrenhado, meus olhos vermelhos e a minha cara igualmente rosada.

Ótimo...

Revirando os olhos eu penteio o meu cabelo, escovo os meus dentes e coloco creme na minha cara para acalmar a minha pele.

Coloco as minhas pantufas e desço.
Uma visão da sala de jantar mostra os garotos a tomarem o café da manhã mesmo sendo quatro da tarde.
Eu tenho que começar a acordar mais cedo e eles também.

Eu me sento sem dizer uma palavra.
Eu não dormi muito e o pouco que dormi foi péssimo.

— Bom dia Lili. — Georg é o primeiro a quebrar o silêncio.

— Bom dia. — Respondo secamente.

Lili...?

— Uou, a florzinha não dormiu bem? — Tom me zoa.

— Vai se foder Tom. — Retruco enquanto pego uma xícara e a encho de café puro.

Qualquer cafeína é bem-vinda neste momento.
Enquanto me delicio com o meu café sinto o olhar de todos pesar sobre mim.

— O que...? — Suspiro.

— Lilith...precisamos falar sobre ont-

— Eu não quero falar sobre isso. — Eu interrompo Tom.

O último olhar do homem ainda assombra os meus pesadelos, aquele olhar gélido, a sua cor azul quase branca, o sangue escorrendo pela sua boca como pela sua garganta.
Essa cena passa repetidamente na minha cabeça enviando calafrios por toda a minha espinha.

— Você pode não querer falar sobre isso mas a gente precisa falar sobre. — O tom áspero de Tom me faz congelar mas relaxo quando vejo que ele está apenas preocupado.

Eu solto um som de aprovação para que continue.

— Aquele homem...ele trabalhava para a gente fazia um bom tempo e nesse tempo ele deve ter recolhido inúmeras informações, entende?

Eu murmuro um simples 'uh-uh' em resposta.

— E nós descobrimos quando o interrogamos-

— Torturaram. — O meu olhar pesado caí sobre todos.

— EI...eu fiquei atrás de uma mala o tempo todo.Eu não fiz nada. — Gustav levanta as mão em sinal de inocência.

Ele de fato não colocou uma mão sequer no homem, estava demasiado entretido com aquela mala castanha e seu conteúdo.
Mas isso não o faz inocente, ele não fez nada para impedir.

— Lilith, entenda, Sebastian quer acabar com Lucian. — Continua Tom.

Suspiro e volto a olhar para ele.

— Significa que quer o matar e acabar com tudo o que ele criou.

— E isso significa? — Pergunto.

— Significa que vai acabar com tudo, matando os seus homens e destruindo os seus meios de trabalho, fazendo com que perca dinheiro, poder e território.

Eu olho para Tom.

Que tipo de trabalho ele tem?
Vender drogas?
Pessoas?
Lavagens de dinheiro talvez?

Normalmente é sempre vender drogas ou armas, então vou assumir que é isso mesmo.

— E vocês? — Falo dividindo olhares entre os gémeos, eles foram uma criação dele, não?

— Toda a família será morta.Duh.Isso inclui eu, Tom e você. — Bill toma a vez de fala.

Bill faz me parecer tão idiota, como se isso fosse algo óbvio.
Desculpa diminuir suas expetativas, meu pai é um mafioso, eu não.

— Eu não sou da família. — Respondo na mesma intensidade.

— Ainda. — Responde o mais novo friamente.

— E você está bem com isso? — Acuso Bill.

Ele estava tão bem ontem, eu sabia que ele iria voltar ao seu feitio de merda e ao seu jeito frio e fechado.
Ele não é assim com Georg, Gustav e com o seu irmão.
Tom não é assim comigo e Tom me conhece á tanto tempo quanto ele.

Então, qual é o seu problema?

— Não é essa a questão Lilith, o meu pai faz o que acha melhor para mim e se ficar com você é o que ele propõe, assim farei. — Bill toma o último gole do seu café e sai da mesa,deixando para trás um clima pesado.

— Até você Tom? — A minha voz agora pequena e suave soa.

Perdi totalmente a confiança com as palavras de Bill.

— Desculpa Lili- — Ele é interrompido pela minha saída repentina da mesa.

Subo o mais rápido possível em direção ao meu quarto e fecho a porta ainda mais rápido quando ouço um par de passos subindo a escada.

Claro que não dá para trancar a porta...

Suspiro e me sento na cama de frente para a porta, sabendo que alguém irá entrar em qualquer momento.

E ouço três batidas.

Ready-Set-Kill | BILL KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora