I [don't] care

68 10 4
                                    


O acontecimento a seguir faz parte da primeira temporada.

O acontecimento a seguir faz parte da primeira temporada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Semanas depois...

O meu corpo está coberto de sangue, como se eu tivesse participado de um enorme massacre. Ouço um tssschhh atrás de mim e Georg aparece com uma vara de metal recém passada nas chamas. A vara chega a estar vermelha de tão quente. A temperatura perfeita.

Pego na vara, minha mão totalmente protegida, e encosto no homem pendurado à minha frente. Seus braços e pernas, suspensos por cordas amarradas dolorosamente nos seus pulsos agora roxos e cortados, balançam furiosamente. O corpo do infeliz está coberto de poeira e cortes encarnados percorrem todo o seu corpo.

Tom decidiu se divertir com a faca.

No momento em que o metal encontra a sua pele bronzeada, sua cabeça levanta e um grito sofrido escapa da sua garganta. O suor escorre sua testa e corpo, o cheiro misturando-se com o de carne carbonizada que chega ao meu nariz.
Desencosto o metal e vejo varias camadas de pele estragadas e a carne avermelhada e preta faz parte de seu machucado. Nenhum sangue escorre da mesma, uma maneira de não matar mas de o fazer sofrer para caralho.

Quando a onda de dor passa de seu corpo, a sua cabeça desmorona para baixo sem força para se manter. O cabelo cacheado molhado balança com o movimento.

-- A sua morte podia ter sido mais rápida, apenas uma bala na sua cabeça e você já estaria pronto para ser enterrado, mas você decidiu atirar em Gustav e causaruma enorme bagunça na sua camisa branca. - Jogo um sorriso na sua direção.

Tom se aproxima do homem e lhe dá um soco em seu estômago.

- Olhe para nós enquanto estamos falando com você. - Estala.

Um pequeno jato de sangue é jogado da sua boca diretamente para o sapato do meu irmão. O homem puxa o ar e tosse logo de seguida.

- Filho da puta... - Murmura. - Ele sujou o meu sapato.

Vejo Tom pegar a sua faca e cortar as cordas que prendem as suas pernas e de seguida as dos braços fazendo com que o homem desmorone a meus pés.

- Limpa. - Tom aproxima o seu pé do rosto do homem.

O homem estremece e treme tentando se agarrar nas gotas de força que lhe sobram. Mas sem efeito.

Tom bufa e ri.
Em um momento brusco, ele chuta a cara do homem. O som da sua mandíbula quebrando preenche o ar e dois dentes saltam da sua boca juntamente com sangue.

- Mata esse filho da puta. Ele está dar-me nojo. - Estala afastando-se de mim.

Viro para o homem de novo com um novo sorriso.

- Você o ouviu.

Sem aviso prévio, retiro a minha arma e disparo na sua cabeça. O homem morre instantaneamente não sobrando mais nada a não ser os seus miolos espalhados pelo chão e em mim.

Ah...preciso de um banho.

Pego o homem disfigurado e jogo-o por cima do meu ombro, mais sangue escorre e suja a minha jaqueta.

Eu paro ao pensar o quão idiota eu fui de pagá-lo.
Eu adoro esta jaqueta.

Vou em direção da pilha de corpos no canto da fábrica e jogo o homem por cima juntando-o à coleção.

- É só queimar e podemos ir embora. - Digo em um suspiro.

- Bem...foi divertido. - Georg fala enquanto se levanta indo direto buscar a gasolina.

- Há alguma maneira de pararmos num lugar para tomar um banho? - Tom pergunta enquanto olha para o seu estado.

- Podemos tomar banho em casa. - Respondo não dando grande importância.

- Não.

Ergo a sobrancelha.

- E porque não?

- Não posso deixar que Lilith me veja neste estado. - Resmunga enquanto tira a sua camisa.

Desde quando ele se importa com o que as outras pessoas vêem?
Elas não podem fazer nada. Nem a porra dos policiais podem fazer algo. Eles sabem que não têm poder sobre nós.
Então porque ele está preocupado com Lilith? Quão próximos eles estão?

E porque é que isso me irrita tanto?

Aperto a minha mandíbula com o pensamento e deixo os meus punhos fecharem-se.

Eu não ligo.

- Tudo bem. Vamos passar em algum lugar. - Falo com os dentes cerrados.

Repita Bill... eu não ligo.

●●●

Paramos o carro na frente da porta de casa e saimos do carro limpos e com roupas novas. Nenhum resquício de sangue pode ser encontrado. Cheiramos a flores como se acabassemos de sair da porra de uma máquina de lavar.
Quando entramos, somos recebidos com Lilith correndo escada a baixo e se jogando nos braços de Tom.

Eu congelo no meu lugar quando vejo seus braços no pescoço dele e as suas pernas ao redor da cintura.

Isso é irritante.

Coloco o meu casaco no cabide e vou para a sala. Sirvo-me de um copo de uísque e o bebo em um único gole.
Olho para Tom e Lilith rindo e falando mas nada chega aos meus ouvidos como se eles tivessem tapados e tudo o que ouço é o barulho do meu coração batendo.
Vou andando até à escadaria e, infelizmente, tenho que passar pela explosão de arco-iris que emana dos dois pombinhos.

- Festa? - A voz soave de Lilith soa fazendo-me esquecer quase por completo a minha raiva.

- Sim. Vamos fazer um festa na piscina. - Meu irmão explica.

Eu tinha esquecido por um momento dessa festa. Muitas pessoas, muitos garotos...

- Eu poss-

- Você não vai. - Interrompo.

Nem fudendo que vou deixar ela sozinha numa piscina com garotos por todo o lado.
Bem...sozinha ela não ficaria.
Tem o Tom...

ISSO É AINDA PIOR.

Fora de questão.
Não.
De forma alguma.

- Ninguém estava falando com você.

Paraliso nesse instante.
Eu achava essa reação dela divertida mas agora acho-a extremamente irritante.
Quem ela acha que é?

- Qual é Bill. Deixa ela ir. Sempre é melhor, podemos manter os olhos nela caso ela faça algo. - Tom fala.

Que porra.
Não quero saber.
Não é problema meu o que ela faz ou não, é problema do meu irmão.

- Você pode manter os olhos nela,eu to pouco me fodendo para essa vadia.

Eu posso sentir o olhar dela a queimar-me.

Eu não ligo.
Eu não ligo.
Eu não ligo...

Não conseguindo me conter, dou uma última olhada nela e amaldiçoou-me por ser tão fraco.
Observo as suas sobrencelhas franzirem mas suas bochechas rosarem quando mantenho o meu olhar nela. A sua boca rosada selada, o seu peito subindo e descendo e os seus olhos...

Eu não...
Eu não...ligo...

Ready-Set-Kill | BILL KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora