Capítulo 33

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Baque

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Baque...Eu me mexo.

Baque...Eu me remexo.

Baque...

Eu levanto-me, empurrando as cobertas para trás.
O movimento repentino provoca-me uma tontura passageira.
Pisco algumas vezes enquanto encaro a parede, minhas sobrancelhas franzidas em irritação.

Se tem algo que eu mais odeio é que me acordem.

Baque...

Respiro fundo e salto para fora da calma, coloco as minhas pantufas e vou rapidamente para o andar debaixo como um tornado.

Que porra de barulho infernal logo de manhã...

Eu olho para o relógio dourado do corredor, duas e meia da tarde.

Bem, não é logo de manhã mas mesmo assim.
Estou exausta.

Quando chego à sala de tv, lugar onde provêm os barulhos, obtenho a imagem de Tom andando com os móveis de um lugar para o outro.
Neste momento, acabou de mudar o sofá e está parado encarando o mesmo não muito convencido.

–— Precisa de ajuda? — Falo deixando a raiva dissipar-se.

— Ah, Lilith, dormiu bem? — Tom pergunta enquanto limpa o suor da testa.

— Uhum.Que você está fazendo? — Pergunto.

— Lembra daquela garota da festa da piscina?

— A loira no biquíni rosa? — Eu arqueio a sobrancelha.

— Essa mesmo.Acontece que ela vem aqui, assistir um filme e tudo mais. — O moreno explica enquanto olha ao redor do espaço.

— E precisa mudar os móveis para ver um filme?

— Eu queria criar um espaço legal, tipo uma tenda com vários travesseiros, mas não consigo arranjar espaço para isso. — Fala angustiado.

Suspiro.

— Eu ajudo com isso, vai buscar os lençóis e os travesseiros para fazer a tenda. — Falo em aborrecimento.

Eu não entendo o porquê de tamanha preocupação, mas eu acho que Tom realmente gosta dela e a quer impressionar, e como uma boa amiga eu tenho o dever de ajudá-lo.

Amiga...como eu consigo sentir-me desse jeito.
Quanto mais tempo passo aqui menos eu lembro da minha vida passada, faz alguns meses e tudo mudou tanto.

Pareci esquecer o motivo que me levou aqui, encontrei-me com eles e de certa forma a minha vida mudou para melhor.
Eles não me obrigaram a fazer nada que eu não quisesse fazer, apenas obrigaram a seguir algumas regras.
Regras que me fazem estar viva neste momento e estou até que...grata.
Grata por ter sido com eles que fiquei porque tenho certeza que meu pai arranjaria outra forma de largar-me ,como um fardo, e acabar nas mãos de outra pessoa.

Ready-Set-Kill | BILL KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora