28 Capítulo

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Revisado


Pov Camila Cabello

- Não, eu não desejo me aproveitar, não aprecio abusar.

- Eu lhe disse para comprar tudo o que precisasse.

- Não! Eu não necessito de mais nada, absolutamente nada. Mas, peço desculpas. Deixei de adquirir algo para mim a fim de comprar para minha irmã. Se o senhor ficar chateado, eu posso voltar lá e devolver.

- Por favor, Camila, não há problema algum. Muito pelo contrário.

- Está bem - Camila muda de lado as duas sacolas que estava segurando.

- Camila, por que em seu dia de folga você não leva sua irmã até minha casa para que eu possa conhecê-la?

- Ah, a mudinha? Coitada, ela não ouve e nem fala.

- É mesmo? Então vamos para casa! - Eles entram no carro que estava em frente à loja.

Outro dia

- Surpresa!! - Camila adentra em seu quarto na pensão e encontra Ally e Margarida sentadas na cama. Ally corre e abraça Camila.

- Que bom que apareceu! Eu já não sabia mais o que fazer. Não consigo me entender com a mudinha e veja só o estado dela de tristeza. Ontem ela recusou jantar e hoje também não quer tomar café.

- Mas por que você está assim, mudinha? - Camila se afasta - Olha, é preciso ter paciência. Você precisa entender que eu tenho que sair para trabalhar. Hoje me deixaram assim para te ver. Olha, eu trouxe um presente - Ally nega com a cabeça e volta a abraçar Camila - Calma, mudinha, pare com isso. Está dando trabalho para dona Margarida, ela só quer ajudar.

- É verdade, tenho muito carinho pela sua irmã, mas ela não faz o que eu peço.

- Escuta aqui, maninha, olha o presente que trouxe. Veja quanta coisa bonita - Camila começava a tirar as roupas que tinha comprado para Ally, mas ela volta a abraçá-la.

- Viu? Entendeu? Ela não se interessa por mais nada além de ficar com você.

- O que faço, dona Margarida? O que faço?

- E eu é que sei? - Elas tentam fazer Ally comer sem sucesso.

- Ah não, isso eu não vou permitir, mudinha. Não quer comer tendo comida? Não se lembra quando morávamos na cabana e não tínhamos o que comer? Vamos lá, parece uma delícia, igual à comida que a Marta levava - Camila olha para Margarida - A Marta era uma senhora muito boa que nos ajudava na cabana. Vou te contar uma coisa, dona Margarida, foi o próprio dono da casa que me recebeu e era aquela mesma casa, acredita? O patrão é muito bom, aquele chato não estava lá, era o dia de folga dele. Ainda bem, é melhor assim. Você acredita que o patrão me ensinou a limpar tudo, até passar espanador?

- E tem certeza de que é um senhor decente?

- Disso eu não tenho dúvidas, dona Margarida. Ele é muito bom. Saímos juntos de carro para comprar roupas, por isso trouxe uma roupa para mudinha, para deixá-la feliz. Vai ver como ela vai obedecer e vestir a roupa.

- Posso te dar um conselho?

- Claro, pode falar o que quiser. A senhora é muito boa, e vou ouvir tudo o que disser.

- Obrigada, Camila. Fico tranquila, mas recomendo que tenha muito cuidado com esse senhor que você diz ser tão boa pessoa.

- Mas que cuidado devo ter?

- Bem, não são todos, mas alguns senhores podem ser atrevidos. Mesmo sendo mais velhos, gostam de flertar, principalmente com moças jovens.

- Ah, não diga isso. O senhor Alejandro seria incapaz de fazer algo assim comigo.

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