Capítulo 5

9.6K 1.3K 143
                                    

Duas semanas depois...

- Kimberly, embala esses doces bem embalado, não quero nada sendo destruído pelo caminho. - Meu pai diz e assinto.

- As embalagens são bem resistentes, nada vai ser destruído, o senhor está tão ansioso. - Falo negando com a cabeça.

Hoje é sábado e vamos jantar na casa do Rudolf, são 18:20 e preparei um pudim de leite e um bolo de aniversário, fiz um bolo de travessa, comprei uma travessa específica, então assei o bolo, cortei ao meio, coloquei na travessa, molhei o bolo, passei creme belga, coloquei morangos picados, a outra parte do bolo e molhei outra vez, então deixei de ontem pra hoje na geladeira e hoje fiz a decoração, só tive que decorar a parte de cima e fiz um chantilly, com bico de confeiteiro consegui fazer várias rosinhas por cima, então decorei com alguns morangos.

Claro que fiz o bolo com a receita que peguei na internet, não tenho problemas em ver uma receita por vídeo e fazer, então pra mim foi bem tranquilo. Quanto ao pudim eu já sabia fazer, a dica de aquecer a parte de baixo da forma para desenformar salva vidas. O bolo está no refratário que inclusive veio com uma tampa alta, então consegui tapar o refratário sem estragar a decoração, e para o pudim comprei uma embalagem com tampa, o cuidado maior é com o pudim, afinal ele é mais sensível, mas o desenformei e ficou lindo, ele está tampado e só estou colocando em uma sacola de pano.

- Estou ansioso. Quero que tudo dê certo, da maneira que o seu relacionamento está caminhando, em duas semanas você se casa. - Meu pai diz sério.

- Pare de importunar a Kimberly, os doces dela estão bonitos. Basta ter cuidado para colocar no carro. - Meu avô diz e termino de ajeitar os doces nas sacolas.

- Pai, leva o pudim e eu levo o bolo. Não pode virar a embalagem. Eu estou pronta. - Falo olhando ao redor, só tenho que pegar minha bolsa que está na sala.

Meu pai que chegou de viagem hoje, pega a sacola do pudim, eu a do bolo e caminhamos para fora da cozinha.

- Vô, pega minha bolsa, por favor. - Peço para o meu avô que caminha do meu lado.

Fomos para o carro e Richard vai guiar, meu avô vai na frente e eu e meu pai atrás. Todos entramos no carro, colocamos o cinto e Richard sai guiando.

Fico quieta pensando que hoje não vai acontecer nada grandioso. Nas últimas duas semanas não aconteceu e hoje com nossas famílias juntas com certeza nada vai acontecer.

Durante a semana só nos falamos por mensagens, no último fim de semana, no sábado fomos ao museu e no domingo no parque. Até o momento só ganhei beijo na testa e abraço, Rudolf segura minha mão enquanto caminhamos e foi isso, não demos um beijo na boca, eu estou curiosa, queria beijar pra saber se vou gostar, mas como vou pedir um beijo pra ele? Eu tenho muita vergonha, queria que ele me beijasse, mas até o momento nada de beijo pra mim.

Ele fala muito do trabalho, de coisas corriqueiras e eu falo de algo que assisti, ou que li, nessas duas semanas de férias li 4 livros e fiquei no tédio. Não fiz nada de grandioso, o que é chato, estou com Rudolf, mas só o ver nos fins de semana é ruim, queria o ver mais vezes, assim ficaríamos mais próximos e nos beijaríamos. Daqui a pouco o casamento sai e nem uma mão boba aconteceu.

Hoje o tempo está meio frio, então vesti calça preta, sapato preto, uma blusinha bonita e um casaco de linho cor de creme, deixei os cabelos soltos, passei batom e estou simples, vai ser só um jantar casual.

Chegamos na casa do Rudolf e é uma mansão igual ao do meu avô.

- Gostou da casa, Kimberly? Em breve você vai morar aqui. - Meu pai diz e espio pelo vidro do carro.

A MentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora