Capítulo 13

7.9K 1.3K 372
                                    

- Graças a Deus. - Falo pegando meu celular e vendo que são 7:30 da manhã, Rudolf ainda está dormindo ao meu lado e hoje não hibernei.

Me levanto, vou ao banheiro e faço minha higiene, coloco minhas lentes e volto para a cama, me deito devagar, me cubro e não sinto mais sono, fico olhando para Rudolf que dorme parecendo tranquilo.

- Sarah... - Ele balbucia baixo e franzo o cenho.

Ele está sonhando com a Sarah? Também convive com a prima o dia todo. Fico olhando pra ele que não diz mais nada, em dado momento Rudolf se move e acorda.

- Bom dia. - Falo baixo.

- Bom dia. Acordou faz tempo? - Ele pergunta se espreguiçando.

- Não, só tem uns minutos. - Falo e ele assente.

Rudolf está olhando para o teto e não sei o que me da na cabeça, mas coloco minha mão no tórax dele, na hora vejo Rudolf descendo um olhar sem graça, ele coloca sua mão sobre a minha, da dois tapinhas de leve e diz que vai se levantar.

Rudolf escorrega para o lado, sai da cama e só pra variar me sinto um lixo. Não deveria ter tocado a mão nele, mas sou uma idiota, que não consegue fazer nada certo.

Deprimida me levanto e vou para o closet, pego um conjunto de moletom preto e me visto rápido, quando Rudolf sai do banheiro já estou vestida.

Ele ficou no closet e fui para o quarto, decidi arrumar a cama e assim o fiz.

- Você sabe que temos funcionários para fazer isso. - Escuto ele falar mais ignoro.

Vou arrumando e ele se senta na poltrona do quarto. É irritante, mas só arrumo a cama e vou para o closet, estou de meias nos pés, pego um par de tênis e enfio nos pés, vou rapidamente para o banheiro, penteio meus cabelos e fico pronta para descer, volto para o quarto e Rudolf continua sentado com sua cara de idiota.

- Nem meu avô, nem a Sarah arrumam a cama deles! - Rudolf diz parecendo irritado.

- É só uma cama... - Falo dando os ombros.

- Você é muito simples, digo, muito fora da realidade do mundo que você agora faz parte. - Ele diz e o olho por alguns segundos.

- De que mundo faço parte? - Pergunto erguendo as sobrancelhas.

- Você é rica! É minha esposa. Você pode ter tudo que quiser! Roupas de grife, carros caros, você não se da conta de que não precisa arrumar a cama? Nem cozinhar você precisa, podemos contratar uma cozinheira brasileira! Você não precisa ir ao mercado, a sua realidade é outra, Kimberly. - Ele fala e não me sinto assim.

- Eu nunca vivi assim! E não entendo o motivo da sua irritação. O que muda na sua vida, se eu arrumar a cama? O que muda na sua vida se cozinho, ou se vou ao mercado? Você trabalha muito, pelo que eu entendi sai de casa só para trabalhar, então por qual motivo está tão preocupado com coisas bobas que faço? Até onde sei, arrumar uma cama, fazer uma comida e ir ao mercado não é errado. - Digo me irritando.

- Muda que você é minha esposa! Daqui há pouco te fotografam no mercado e a manchete do jornal vai "Esposa do bilionário, Rudolf Ward é vista comprando mantimentos.", isso pode gerar especulação, vão achar que tem algo de errado na nossa casa! Bilionários não fazem compras em um mercado popular. - Rudolf fala exasperado.

- Eu não posso ir ao mercado e pelo visto nem na padaria, não posso arrumar a cama e nem cozinhar! O que vou fazer aqui, Rudolf? Eu não sou um objeto da casa! Não sou uma coisa que vai ficar parada o dia todo, ou que vai se enfiar em uma droga de loja de grife para comprar coisas que não me servem, ou que nunca vou usar! - Não sou uma múmia.

A MentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora