Capítulo 8

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- Querida? Ei, querida? - Escuto a voz de Rudolf e abro os olhos vendo tudo embaçado.

- Já são mais de 10 horas, eu acordei tem mais de 3 horas, ia te chamar, mas deixei você dormir mais um pouco. O que acha de você levantar? Podemos tomar café na praia. - Rudolf diz e assinto.

- Tá... - Digo na má vontade.

Me levanto um pouco e estico o braço para a mesinha ao lado da cama, pego meus óculos, coloco na cara e consigo enxergar o ambiente. Rudolf me olha com uma cara de idiota e só o ignoro, levanto pouco ligando para os meus cabelos, ou para a minha camisola que subiu, ele me acha um nojo e não vai tocar em mim, então que se dane.

Vou para o banheiro fazer minha higiene e me sento no vaso, ontem depois de chorar fui para a cama já era 3 da manhã, me sinto cansada, triste e queria ficar o dia todo no quarto, mas para não arrumar briga só penso que vou descer para a praia.

Faço minha higiene, coloco minhas lentes e saio do quarto, vou direto para sala, e chegando lá vejo que a minha mala está vazia.

- Coloquei suas roupas no closet. - Rudolf diz e olho pra ele surpresa.

- Você mexeu nas minhas coisas? - Ele mexeu nas minhas calcinhas? Deus!

- Sou seu marido, bobinha. Eu disse que ia com calma, mas não sou uma tartaruga, eu guardei suas roupas todas no closet, suas calcinhas estão na segunda prateleira. - Ele diz divertido e meu rosto parece que entrou em combustão, fico morta de vergonha e vou apressada para o closet.

Pelo que ele disse ainda há esperança! Será que me precipitei e estou agindo errado? Será que estou muito desesperada? Fico confusa, e só pego uma troca de roupas. Peguei um maiô estampado bonito, um shorts branco e uma saída de praia, nos pés vou usar chinelo.

Sai do closet com as minhas roupas, fui para o banheiro e me tranquei lá, a confusão na minha mente é tão grande que começo a pensar que estou agindo feito uma imbecil, talvez Rudolf só esteja indo devagar por perceber que sou imatura.

Me troquei, passei protetor solar, desodorante, perfume, batom e fiz um rabo de cavalo nos cabelos. Voltei para o closet, ajeitei minhas coisas em uma bolsa de praia e fiquei pronta para sair.

Fui para sala e Rudolf me aguardava, ele veste um shorts, uma camisa havaiana e chinelos.

- Coloca minha carteira na sua bolsa. - Ele diz me olhando e vindo até mim, pego a carteira e enfio na minha bolsa.

- Passou protetor solar? Eu já passei, mas vou levar um na minha bolsa. - Falo o fitando.

- Passei. O que tem nessa bolsa? Ela é grande, o que minha esposa enfiou nela? - Ele pergunta cerrando os olhos divertido.

- Nada de mais, só o necessário. - Coloquei carteira, celular, protetor solar, uma bolsinha minha com absorvente, lenço umedecido, lenço de papel, cotonete, grampos, pente, escova de dentes, creme dental, fitinhas de cabelo e itens básicos, também tem outra bolsinha com meus óculos de grau e com um óculos de sol, um par de lentes extra, o produto da lente, espelhinho e também tem batom, enfim, tenho tudo que acho que posso precisar.

- Necessário? Dá pra escondem um animal aí dentro. - Ele diz e dou risada.

- Para de ser exagerado, vamos descer. - Digo e ele da risada.

Saímos do quarto e ele leva o celular dele, ou melhor, ele enfia no bolso do shorts. Os seguranças nos seguem e como está calor reparo que eles usam camisa polo, shorts e tênis. Fomos para o elevador e pergunto sobre o Sr. Scott.

- Liguei lá pra casa de manhã, o vovô cismou com uma árvore do quintal, acredita que ele queria cortar um tronco da árvore? Pediu para os seguranças arrumarem uma serra elétrica! A Sarah foi avisada e interveio na situação, ela ligou para o jardineiro, o homem vai passar lá depois do almoço pra cortar o galho. É só eu virar as costas que meu avô apronta. - Rudolf diz e abro um sorriso, o Sr. Scott é bonzinho.

A MentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora