- Vamos lá, Kimberly. - Falo baixinho.
Hoje é sábado acordei 5 da manhã e não consegui dormir, então levantei, me arrumei e vou para o hospital, a semana passou e meu avô piorou, sinto que a situação dele se agravou muito, ele não come mais nada! Por milagre e pelos remédios não sente dor.
Eu não tinha noção que o câncer era uma doença tão agressiva, a gente escuta falar, mas só entende como é quando vemos de perto.
Olho para Rudolf que ainda dorme, quero o avisar que vou ao hospital, são 6 da manhã e não quero esperar nada. Vou descer, comer algo e sair.
- Rudolf. - Chamo suavemente.
- Humm... - Ele balbucia.
- Rudolf, eu vou ao hospital, não sei que horas volto. - Falo quando vejo ele abrindo os olhos.
- Vai me avisando. Da meu celular, eu vou avisar os seguranças que você vai sair. Você comeu algo? - Ele pergunta sonolento
- Vou descer, comer e sair. - Falo e pego o celular dele na mesinha lateral, entregando em sua mão.
- Tudo bem, se alimente e me mantenha informado. - Ele diz e assinto.
- Tchau. - Falo e saio do quarto.
Desço e entro na cozinha, a Sra. Lara já está de pé, fazendo o que acho ser cookies.
Dou bom dia e falo pra ela não se preocupar que eu me viro. Rapidamente faço um lanche, pego iogurte e uma maçã, me sento e começo a comer.
A Sra. Lara pergunta se quero levar um lanche, ou algo para comer no hospital, pois eu falei que vou ao hospital, a agradeci e disse que não, que como por lá mesmo, afinal tem a lanchonete do hospital.
Quando sai pela porta da sala, Raul e mais dois seguranças da casa já me aguardavam.
Cheguei no hospital e o pessoal da recepção já sabe quem eu sou, só pego um crachá e subo para o quarto do meu avô.
Cheguei no andar que meu avô está internado e uma enfermeira diz para eu aguardar, ela disse que estavam fazendo a higiene do meu avô, no caso meu avô já acordou, mas ele não está se levantando da cama, então está de fralda.
Fico aguardando e só consigo entrar no quarto quase uma hora depois, pois deram banho no meu avô.
- Bom dia. - Falo entrando no quarto.
Meu avô está sentado na cama, o encosto está levantado e ele veste um pijama azul marinho, ele está abatido como ontem e segura o livro que eu dei, ele está no fim.
- Bom dia. Ainda é muito cedo. - Meu avô diz baixo.
- Bobagem, e então? Como vai o livro? - Pergunto colocando minha bolsa no aparador que há no local e passando álcool nas mãos.
- Acho que termino ele hoje. - Meu avô diz e abro um sorriso.
- Bom, o senhor está com dor? Quer comer alguma coisa? - Pergunto me aproximando da cama.
- Não estou com dor e também não sinto vontade de comer nada. - Ele diz e assinto.
Puxo a poltrona para perto da cama e fico ali, fazendo companhia para o meu avô. Ele lê algumas páginas do livro e coloca o livro de lado para descansar um pouco. Um tempo depois ele voltou a pegar o livro e voltou a ler.
- Acabei. Foi um dos melhores livros que li na vida. Obrigado pelo presente, Kimberly, foi um dos melhores que já ganhei. - Meu avô diz e me levanto indo para o lado da cama.
- De nada. Fico feliz pelo senhor ter gostado tanto. Deixa eu colocar esse livro na mesinha. - Falo e pego o livro colocando na mesinha ao lado da cama.
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A Mentira
RomanceKimberly Mendes é uma mulher Plus Size, com autoestima baixa e uma vida solitária. Sem muitas expectativas e por pressão psicológica, Kimberly acaba entrando em uma situação inusitada a levando a viver uma grande mentira. Será, Kimberly capaz de se...