♥️ VALENTINA ♥️
Ignora, ignora, ela não vale a pena.
Tiro a touca e olho em direção à escada. Sigo e começo a subir os degraus.
— Ei, sua puta! Estou falando com você, não me ignore. — Aos gritos, ela puxa meu cabelo e meu corpo se inclina para trás.
Merda! Eu vou cair…
Fecho os olhos e espero o choque contra o chão, mas alguém me segura. Ao abrir olhos, vejo o rapaz loiro.
— Obrigada…
— Valentina? O que aconteceu? Você está bem? — Ouço a voz de Marcelo e sou tirada dos braços do rapaz.
— Graças ao segurança, Marcelo. — Aproveito a situação para me aproximar dele.
— Mas é muito descarada! Se afasta dele sua vadia!
Assim que ela termina a frase, Marcelo a agarra pelo pescoço e me surpreende.
— Nunca mais ouse chamá-la assim. A vadia aqui é você, que eu uso quando quero. Ela é a minha esposa, se coloque no seu lugar. — O tom de Marcelo é cheio de fúria e ela pede para a soltá-la com a voz amassada.
— Chega, solte-a. — Falo e ele continua a apertar o pescoço da mulher. — Marcelo, pare…
Toco em seu rosto e o faço olhar para mim.
— Marcelo, por favor… não faz isso. Estou cansada. Pode me levar pro meu quarto? — Peço e levo a minha mão sobre a mão que a estrangulava. Consigo fazer ele afrouxar. Ela se afasta assustada.
Me viro para o segurança:
— Qual o seu nome mesmo?
— Luke.
— Luke, por favor, acompanhe a moça até a saída.
— Eu não vou sair! Hoje é o meu dia de ficar com o Marcelo. — Ela fala com certa dificuldade.
Marcelo faz um sinal para Luke que leva a mulher para fora. Ao subir as escadas, Marcelo me segura pela cintura.
Erik fica surpreso ao nos ver.
— Peça a Arlete para trazer o café da manhã ao quarto de Valentina, iremos comer aqui.
Entramos e Marcelo fecha a porta.
— Onde estava tão cedo?
— Eu acordei com o canto do passarinho e fui fazer uma caminhada. Luke me acompanhou. Espero que não brigue por isso também.
— Não vou brigar desta vez, você está toda gelada. Vou ligar a lareira para aquecer o quarto. Vá colocar um vestido de lã que tem no seu closet. — Fico surpresa com sua atitude. Ele pega algumas lenhas e me afasto para se trocar.
— Logo vai estar mais quente. – Ele continua. — Vamos mudar você de quarto, vou pedir a Arlete para levar suas coisas para o meu, lá ficará mais confortável.
Um calafrio sobre minha espinha. Coloco o vestido e volto. Revide! Argumente!
— Não mesmo, acha mesmo que vou ficar no quarto onde suas putas todas estiveram? Nunca vou dormir naquela cama imunda que usou com elas! — Hesito por um momento, mas continuo. — Não aceito ter meu espaço dividido. Meu quarto é só meu e rapariga nenhuma vai entrar nele! Quer dividir o quarto comigo? Então faça uma reforma, e eu decido como será.
Em silêncio, me encara. De repente, um sorriso brota em seus lábios, me fazendo sentir outro arrepio.
— Ficou linda de vestido, deveria usar mais vezes. Não pensei que minha linda esposa fosse ciumenta e se importasse com detalhes. — Ele se aproxima e fica a centímetros, segura meu queixo e me faz encará-lo.
— Sou sua esposa, certo?
— Certo.
— Então, como sua esposa, exijo que me respeite, e elas também. Não quero que se dirijam a mim, tampouco tenham acesso à "minha casa". Se você, mesmo casado, quer continuar com elas, que seja. Mas não quero que faça isso aqui. Vá a um motel ou abra um bordel e vá foder fora de casa. — Articulei sem desviar os olhos dele.
— Nada mal, querida, colocando regras na nossa casa. Vou mandar chamar o arquiteto e você pode fazer como quiser a reforma, não vou me opor a isso. Se é para ter uma convivência com a minha esposa, que seja. — Ele avança para levar sua boca à minha, num beijo rápido e estalado.
Meu peito sobe e desce com a respiração pesada. Controle-se, fique firme. Ele me dá mais um beijo, um pouco mais demorado dessa vez. Consigo ouvir o gemido subir grave pela garganta dele, e sinto sua mão livre descendo pela lateral da minha cintura.
A porta do quarto se abre e Arlete e mais uma empregada estão segurando a bandeja. Me afasto dele, que fica sorrindo. Elas se aproximam.
— Não precisa ficar nervosa ou tímida, Valentina, você é minha esposa e é natural um casal ter intimidades. Nos deixem a sós.
♣️♥️♠️♦️ Continua no próximo capítulo. ♣️♥️♠️♦️
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Sem Escolha
Romance"Aos dezessete anos, Valentina nunca imaginou que a roleta do destino giraria de forma tão cruel contra sua vida. Quando o próprio pai a oferece como pagamento de uma aposta perdida, Marcelo Clark, um sanguinário mafioso, bate à sua porta para busca...